Capitulo 23

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-nossa...  Difícil passar por isso, mesmo sendo apenas um pesadelo, também não ficaria tranquilo durante a noite. 

Para ela não é apenas um pesadelo comum, estava perdendo sua irmã pela segunda vez, e um sobrinho estava perdendo sua família em meio ao fogo, posso imaginar sua agonia durante a terrível sensação da perda, mais um copo de àgua, agora cheio de uma só vez bebo e deixo sobre a mesa, mantemos o silêncio que antes tinha volta com força. Não tem como saber como ela esta se sentindo, pelo que posso ver está desolada, inquieta, retraida, diria que não é um melhor momento para aprofundar as questões que ainda nos deixa de certa forma sozinho, ela aceita meu abraço.

    Meu celular recebe uma notificação de mensagem, últimamente recebo mensagem de uma pessoa que não sei nem o nome, porém vai acabar esse sigilo depois que eu  estiver na minha cidade, vou procurar tal pessoa oculta. 

Quando estou saindo da humilde casa, Simone me abraça com força novamente como se a próxima visita fosse daqui a 22 anos, tempo em que demorei para conhecer ela, peço para tia fechar os olhos por alguns segundos, até que consiga alcançar na bolsa o presente fora de hora que comprei quando fomos ao shopping, após estender suas mãos coloco uma caixa quadrada pequena em sua mão, posso ver a surpresa dela ao ver o que segura, claro que resistiu aceitar tal objeto,comentou que não sabe como mexer, não me convence, pois a coisa é simples. 

-quero que aceite, esse vai ser o modo de está perto da senhora, único modo de saber se está bem.

Correspondencia hoje em dia apenas serve  para receber contas e algum tipo  de promoção local de alguma empresa privada sem deixa de esquecer o cartao de feliz aniversário enviado em nome do prefeito.  

-obrigada, por ter vindo até aqui, foi um prazer conhecer você, tem mais...  Desculpa por abrir a porta do banheiro ontem, você já é homem eu não tinha o direito de fazer aquilo.  

-não se preocupe tia, obrigado por deixar conhecer a senhora e principalmente os meus pais biológicos. 

-filho eu quero que tu seja muito feliz e que tenha uma família, o destino roubou a nossa...  Sofremos até hoje com isso. Evite as drogas pelo amor de Deus. 

-Pode ficar tranquila com isso, desculpas hoje de madrugada, nunca tinha bebido daquele jeito, Cíntia quis uma despedida bacana.

-conseguiu pelo jeito. Manda lembranças a seus pais e Bianca. 

-vou esta esperando sua ligação agora que tenho um aparelho.  

Passo pelo portão encostado, ela nunca deixou aberto, sua fortaleza nada concreta, ando pela rua asfaltada na procura de um táxi para ir até casa da tia da Cíntia.

   Bem que entrei antes do choro do grande céu formado por nuvens carregadas e negras, vejo pelos vidros do táxi escorrer gostas e mais gotas,  na frente o movimento dos limpadores do para-brisa, no movimento de vai e vem, deixando a nossa visão clara em uma pequena parte, já que os céu insistiu em chora como cachoeira. Mal consigo ouvir outra locução no aparelho de som do veículo, é um homem de novo falando por trás do rádio. Quem dirige o veículo não parece de bom humor, talvez o estresse de sua rotina no trânsito da cidade faz ele se tornar menos amigável pela sua expressão séria e de insatisfeito, fez apenas a pergunta de local onde eu ficaria, passo a observa tentando ignorar que seje um coroa antipático, procuro manter uma conversa até o final da corrida.

-então o senhor mora só agora, deve ser estranho acorda em outro lugar, nada tão famíliar como a antiga casa. 

-na verdade a casa ficou com ela, fiquei com este carro e toda noite passo aqui dentro... Estou procurando uma casa para ficar, ela não deixou pegar nem meus trapos, a mulher pirou de vez.  

-o senhor deve ter aprontando alguma coisa para deixá sua mulher revoltada.

-estava tendo um caso pela internet, minha Ex mulher descobriu e achou que já tinha traído ela de forma... Já sábe, aquela pegação toda. Mas não sabe que foi apenas por mensagens, a outra não é daqui da cidade.  

-que merda, você perdeu a mulher por conta de um caso de Internet,  e nunca pegou a mulher que estava trocando  mensagens contigo. Uma hora casa caí. 

-já caiu jovem, ela não quer explicações, acabei com uma relação de 10 anos. 

- é foda, vocês têm filhos juntos?Qual idade? 

-ela não pode ter filho meu, sou estéril tive dois antes de conhecer ela, sempre achei que não conseguiria forma uma família, se sabe como é complicado.

-quanto é a corrida? A sua suposta traição foi comparado aos 10 dez anos que esteve ao lado dela?

- vinte conto, nem se compara, agora preciso conhecer a mulher que me fez sair da linha.

-boa sorte... Pelo menos procure saber se a outra vai querer você de verdade.

Enfim chego ao meu destino é onde Cíntia está, não liguei  para confirma se estava em casa mesmo, toco a campainha em busca de alguém para me entender. Vejo uma senhora de cabelos preto liso com brilho, parece que vai ao salão toda semana, apesa de sua aparência, dever esconder alguns fios brancos atrás da cor preta.  

- Conseguiu chegar inteiro nessa madrugada menino.

-Gostaria de falar com Cintia, por favor, sou um amigo dela, pelo visto a senhora já sabe.  

-espere aqui... Vou Avisar de sua visita. 

     O céu já parou de chorar, foi pouco antes de sair do táxi, que me deixou aqui na calçada, ainda esperando Cíntia, talvez ela pense que sou o cara que ela viu na madrugada de hoje, nem sei como eu sou após beber além da conta, por que acabo me esquecendo de boa parte como fiz dessa vez, a brincadeira de desafio rolou pelo jeito, quero saber o que Cíntia fez na madrugada louca.

Gaveta de John (Sem Correções )Onde histórias criam vida. Descubra agora