Capitulo 24

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 Em poucos minutos ouso o abrir do portão, novamente minha guia turística aponta com seus largos sorrisos, porém se desfaz assim que ver a bolsa e meu aparelho de som nada moderno que tocar fita, mesmo só sendo a música ‘’Eduardo e Mônica’’ que minha mãe canta na gravação, vem ao meu encontro com cara de decepcionada como se não soubesse que iria acontecer essa hora de despedida, o veículo ainda tem a roda de estepe, está estacionado próximo ao meio fio, hoje ela cortou o cabelo, um dos estilos mais simples, vestido florido, engraçado que também usa tênis com cadarços soltos, meu medo no momento é uma queda ao tropeçar. 

-ei, achei que estivesse brincando ontem, quando me disseste que era sua última noite... Mas é chato em... 

-oi, você quis marca mesmo a noite né, tinha que ser no meu peito ‘’senhorita’’.  

-vamos, meu celular está lá encima, minha tia não te convidou para entrar, relaxa... Às vezes ela não quer ser encomodada, deve ser a idade sabe como é, fica chata a cada ano, precisa de alguém para distrair durante a noite. 

Pisca para mim de forma sutil dando complementando a sua sujestão, estamos caminhando ao portão de ferro vedado sem visão privilegiada da residência, do lado de dentro no quintal, onde têm apenas cerâmica, dessa ve, uma casa sem plantas naturais, me faz querer a creditar que sua tia não tem muita paciência para cuidar cultiva plantas. Antes que possa abrir a boca na suspeita, ela me adianta que aqui não tem cachorros apenas gatas.

 Concordo apenas com um piscar de olhos e sorriso, espero que esteja entendendo as gatas que estou referindo, notei que negou minha pouca discrição e sorriu com sinal de gentileza, uma porta em nossa frente, toda preta, consigo ver meu reflexo e vejo que meu cabelo estava bagunçado, com um das mãos procuro jogar de lado disfarçando os fios espetados para o alto, também vejo seu sorriso. Até que a porta abre, logo identifico o sofá de canto vermelho na sala, uma TV tão grande, parecida com a de Joice que tem em sua casa, ela desvia minha atenção pedindo para seguir ela.

Agora vamos subir escadas, Os passos dela em minha frente me deixam bem vulnerável o desejo, seu vestido devia ser mais comprido, mas os cadarços que chicoteia sua canela me tira da situação propícia aos pensamentos quentes, de forma circular, damos uma volta e meia até outro piso que dar acesso a porta vermelha. Paramos e logo corta o silêncio de forma acusadora. 

- espero que não tenha tentado olhar nada quando estavamos subindo as escadas, não tem nadinha por baixo desse vestido, se você vê minha tia pela casa feche os olhos, somos e ficamos bem à vontade, mais do que o normal.

-foi ela quem buscou você? Onde ficou o carro dela? A história da delegacia foi conversa fiada? 

-você faz muitas perguntas... Espere aqui vou pegar meu celular lá dentro, aguarde aqui fora, ficamos avontade e não sem privacidade. Entende. 

- esta bem. Não. Vou sair daqui.  

Quando me viro para ver o que tem aqui encima, escuto a porta fechar e os ruídos das trincas, uma, duas volta, fico surpreso por ver plantas no canto do cômodo, duas cadeiras na varanda que tem a vista para rua, alguns quadros nas paredes, também um instrumento grande e conservado e nada suave.

- ela que faz esses... Não sei como consegue ver artes nisso, muita mistura.  

-Os quadros dela são originais, prevalece quase em todos às cores azuis.

Ela me pega destraido e falar sobre o estilo dos quadros.

-E as plantas.

-não são de verdade, todas cem por cento sintetica, a mulher das pinturas nunca gostou de flores nem plantas. 

Gaveta de John (Sem Correções )Onde histórias criam vida. Descubra agora