Capitulo 16

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Acabamos de almoçar um garçom, vem retiraros pratos, nós agradecemos e saímos do estabelecimento, minha tia saiu de casa vaidosa, no dia que nos encontramos pela primeira vez, ela não tinha batom na boca, estava sem brincos, nem lápis nos olhos, estava nua de maquiagem e hoje foi diferente. Será que ela veio de propósito nesse lugar?

Talvez quisesse encontrar alguém ou relembra os momentos alegres que passaram com minha mãe biológica, ela mencionou que faziam muita graça e que não importava o lugar, aqui talvez foi uns dos palcos favoritos, pegamos um táxi para voltarmos o lar temporário.

Durante a corrida o taxista muito falastrão deu a entende que minha tia não está longe de se relacionar, ainda é uma coroa bonita apesar de ter 35 anos, precisa de um tapa no visual para arrumar logo um pretendente sujeito a marido quem sabe o amor da sua vida, ela deve pensar que está velha para novas esperiência.

Mal sabe ela que os homens tem olhado para ela, o taxista tem papo na língua, mas o garçom da restaurante em que acabamos de sair pode combinar com ela em vista desse motorista falastrão. Noto sua timidez pois sentou no banco trassiro como eu fiz. Estará então evitando relacionamento?

Minhas perguntas que giram na cabeça é voltada para ela agora, após a perda de seus pais e sua única irmã, fez com que ela abrisse um cova esperando alguém a jogar, aquele pensamento que talvez possa ter envolvido com drogas não é descartado.

Estou novamente na minha insistência para tentar montar os lados com cores certas do cubo mágico no meu celular, chegamos na casa pequena de madeira sem portas apenas aqueles lençois que balança conforme o vento que o ventilador conduz.

-Nick você não tem namorada?

-nem me lembre desse problema tia, uma complicação, relação é algo muito complexo.

-você é ciumento como seu pai era? Ou pavio curto como sua mãe foi?

-igual a ele infelizmente, mas sabe... Ela aproveitou a situação, ela não me deu antenção depois que viajou, já fa um tempo.

-você ainda pensa em sua ex.. Sente saudade?

Antes de responder à senhora especuladora me vem aquela sensação de quando estava dentro da nave, preso a cama amarrado os pés e as mãos pelado dentro do quarto numa situação ridícula e desafiadora.

-às vezes observo costumes que me faz lembra ela, música, objetos, palavras. Coisas que nós compartilhamos.

Depois de tentar cantar o refão da musica ''esquecimento''do Skank, ela elogiando seu sobrinho.

-arrisco cantar apenas debaixo do chuveiro, caso eu fosse viver da música passaria fome.

-entendo, você quer esquecer ela então, retirar do pensamento.

- é o nome da música, esquecimento. Mas acho que ainda existe algum sentimento sensível.

-a saudade faz isso... Com todos, queria muito minha irmã e meus pais na mesa novamente, todo juntos sorrindo na rotina cansada e passageira.

Conforme as voltas do disco preto e a música, conversamos e conseguirmos rir um pouco para descontrair o clima de hoje de manhã que foi pesado e silêncioso, em partes porque agora sei como foi a vida de meus pais até o fato em que mudou tudo.

Cíntia está chegando para irmos junto à casa de idosos onde ela propocionou que vou encontrar uma senhora para namorar.

* Boa tarde meu querido, tenho vontade de beijar sua boca.

Outra mensagem do meu ponto duvidoso, a pessoa quer brinca um pouco mais, não posso dizer o que me vem na cabeça, tenho o receio que seja alguém que possa sentir vergonha, essa situação me deixa preso e impotente como minha ex fez no quarto naquele delírio.

Ela é atrevida em seus comentários, isso me deixa cada vez mais na curiosidade em saber e bater em sua bunda, ou esconder a meu rosto dependendo da pessoa, essa forma de troca de mensagem não me deixa opções, sem fotos ou qualquer identificação, nem áudio, apenas mensagem de texto.

-boa tarde senhor ...

-tarde! então vamos aproveita-la.

Cíntia hoje está simples de vestido, linda como sempre, usa brincos pequenos, lápis preto básico nos olhos.

-fiquei preocupada com você ontem... Saiu pela rua vazia e escura, sabe que correu perigo.

-andei umas... Quadras e peguei um táxi para chegar até aqui.

-hoje a ''senhorita'' acordou disposta, oposto de ontem.

-não quero falar sobre ontem, vamos logo visitar suas coroas.

-falar em senhora... Sua tia comentou alguma sobre nós ter trocado estepe do carro dela.

-ela só perguntou por que uma das rodas era diferente, não entende muito de veiculo, às vezes esquece de abastecer. Acredita!

-nossa... Então vamos logo, nesse lugar.

-porfavor não colocar Rock pesado, você me deixou surdo ontem.

- E que... Precisava tirar a raiva de dentro.

Aquela atendente tem algo dela ou teve, a música que saí do som é suave deve ser de sua lista favorita, sua velocidade hoje é considerável  permitida pela via que estamos andando, não evita os semáforos, ela deixou o cabelo solto, mas ontem eles parecia maior, fiquei em dúvidas porque usava coque, não tenho a certeza e a minha pergunta que penso  fazer não saí pela boca, fica guardada para depois, ela deve esta se perguntando por que vou a uma casa de idosos, pois não conheço a cidade. Sua colônia não parece algo novo para mim, lembro que o gato desgraçado quebrou o frasco de Naty, minha consciência não pesa pelo motivo que ela também quebrou meu celular no meio da rua aquele dia.

Hoje fiquei em silêncio a maior parte do tempo, apenas refletindo na relação de meu pais.

-o que houve com você? Desculpa por ontem não achei que ficaria chateado por me ver daquele jeito.

-não, tem nada a ver, é que fui visitar meus pais... Hoje de manhã.

-e como eles te recepcionaram? Bem, gostaram da surpresa?

-eles moram em Francisco de Paula, está fazendo 22 anos...

-nossa por que não me contou isso antes? Sinto muito... Desculpa tocar no assunto...

-não guardei sentimentos afetivos, não os conhecia bem, sem recordações nem manias, costumes  suas personalidades, minha mãe era pavio curto, comentou minha tia e ele  bastante ciumento.

-ele? Quer dizer seu pai. Tentou esconder porque? o que você soube sobre ele...

- comento sobre... Se você contar quem era a moça de ontem à noite, que deixou você perdida e nervosa.

-pronto chegamos onde você queria tanto.

-sério eu consegui...?

-sim... Basta entrarmos na casa ou lar de idosos como você quiser chamar.

Ela entendeu a minha sugestão, porém resolveu fazer a difícil, ainda não contei qual motivo de estarmos aqui, deve esta curiosa pelo que vim fazer.

Endereço: Rua Desembargador Antônio de Paula, 680, Boqueirão, Curitiba.

Cemitério e lar de idosos o que mais e de Paula? Caminhamos pela calçada de pedra, em alguns minutos entrámos, não muito diferente de outros lares harmoniosos, esse é cercado por um muro alto e a grama verde extensa por todo terreno igual de Francisco de Paula, com árvores e espaços muito aberto. Uma mulher que tem grande chance de ser cuidadora ou ajudante vem-nos receber próximo uma área que parece ser a recepção do lar, nos comprimenta com simpatia, querendo já fazer a pergunta, saber o motivo que nós trouxe aqui neste lugar de pessoas de terceira idade.

Gaveta de John (Sem Correções )Onde histórias criam vida. Descubra agora