Capitulo 28

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Pergunto a ela se tem companhia, diz que talvez, respondo o mesmo, já que a misteriosa não deu sinal nenhum em meu celular. Perguntei se poderia ocupar a cadeira enquanto aguardamos as nossas companhia.

-claro anjo, fique avontade... Gosto de ficar com você. Ela é uma amiga sua?

-quem? A pessoa que espero almoçar comigo? Não tenho ideia de como ela é.

-sério. Como assim não sabe? Já se viram antes pelo menos.

-troquei de número, e comecei a receber mensagens, perguntei o nome dela mas não me passou. Acho que já rolou algo... Sabe.

-Como eu sei... Ela quer que você procure. Investiga ela, pode estar aqui dentro, pertinho.

-já pensei, nessa possibilidade, cheguei atrasado aqui.

-relaxa talvez ela não ligue para o atraso, 120 segundos é tolerável. Concorda?

Balanço a cabeça afirmando sua hipótese, fico de olho na porta de vidro, no corredor, nos quatros cantos, tem mesas espalhadas por toda parte, muitas mulheres acompanhadas nesse lugar, olho fixamente a cada mesa procurando algo de diferente, um sinal, a pessoa que brinca, não sabe o perigo que corre, nada de estranho até o presente, e ainda quero ver a moça que tanto quer um pedaço de mim, situação agoniante, Mônica fixa os olhos nos meus achando graça do meu nervosismo impaciente, o otimismo que havia quando entrei pela porta de vidro está me deixando levar por outro tipo de pensamento, evito pensar que ela teve o imprevisto no caminho ou situações urgentes.


Escutamos risadas, soa familiar, esta vindo da mesa na minha frente próximo a parede do estabelcimeto. Vejo um rapaz negro almoçando e sorrindo para uma moça em sua frente. A maníaca do avião está aqui? Será possível ela ser meu ponto de interrogação. Não posso está certo disto. Tenho que tirar a dúvida cruel, primeiro penso antes de tomar qualquer decisão.

Levanto da cadeira de modo agressivo, Mônica parece não entender minha reação de imediato, apenas arregala os olhos com medo, observando, procurando saber por que da minha raiva. Aproximo do casal sorridente na mesa, está confirmado a minha dúvida é mesmo a minha Ex, parece que ficou surpresa em me ver, busca apoio no seu acompanhante, que me olha indiferente, existe raiva dentro de mim e não consigo conter, logo digo em tom de acusação, " por que ela me trocou por um homem como ele". Foi com ele a tal traição, o rapaz negro me olha de lado como se tivesse batido em sua cara.

Ela levanta da cadeira, percebo que mesmo não tendo altura para lutar com ele, ignoro a estatura e aponto o dedo para ele, consegue me empurra jogando encima de outro casal que também estava almoçando, ainda no chão do restaurante olhando para cima, ele volta agredir com chutes em meu estômago, sinto a dor na região do abdômen como se tivesse levado uma bolada forte, por final me dar um soco na cara, fazendo sair sangue da minha boca, colo meu rosto no chão ainda com secreções da agressão dele, as pessoas dentro do ambiente começam a sair pela porta com medo de serem atingidas por algum objeto, antes que eu possa levantar sentindo ainda um lado do rosto dormente pela bancada, chuta minhas costelas, Mônica grita para alguém me ajudar, afim de alguem fazer o para com os lutes e socos, mais gritos dela, fica vazio todo ambiente, até os dois seguranças segurar o rapaz e levar para fora, Renata me olha como tivesse sentindo nojo de mim, pela minha barbaridade de palavras que disse ao casal antes de cair com dores no chão. Encaminha para porta de vidro buscando ficar do lado do agressor, que defendeu sua honra aqui dentro. Mônica se ajoelha querendo me consola e faz perguntas, porque da idiotisse, ela me ajuda a levantar e busco apoio na cadeira, digo que estou bem, não deixo ela chamar a emergência.

Com as mãos nas costelas tentando suportar a dor, repenso na minha atitude idiota, estragando almoço de todos que estavam no restaurante, cadeira sujas de sangue o chão vermelho cheio de manchas. Ainda cuspo no chão para limpa a boca.

Gaveta de John (Sem Correções )Onde histórias criam vida. Descubra agora