Capitulo 8

34 0 0
                                    

O barulho agudo me tira da doce loucura, os interruptores de luzes não funciona, quero negar a possibilidade que haja sinais sobre naturais aqui dentro.

A escuridão já me abraçou contudo, escuto uma voz rouca aumentando a cada minuto é de um palhaço com gargalhada irônica o som vem de debaixo da cama, não t6em como saber de nada no momento, de repente a pausa ocorre, estou ficando com receio, a corretora me disse que os moradores antigo foi assassinados pela filha de oito anos, e que os corpos foram encontrados pendurados no quarto sem as cabeças. Isso explica a mancha vermelha escura no chão, preferir colocar o tapete sobre os sinais do crime.

Alcanço a vassoura que consigo achar próximo a porta, retiro o cabo que vai me ajudar em algo pelo menos me deixa seguro, levo um susto no baque que a porta faz ao fechar, tento abrir-la cegamente na falta da luz, porém esta emperrada, como se não bastasse sentir algo passar nos meus pés próximo a panturrilha, tem um cheiro forte pela casa, o palhaço volta a sorrir, de passo em passo ando colado na parede desviando dos móveis chego, a cozinha.

Meu tato de cego procura as facas sobre a mesa na cozinha, mas não tem, sumiram não estão em lugar nenhum, nem sobre a mesa, a torneira da pia segundos em segundos pinga de forma estranha num som diferente, se for realmente um espírito não saberei lidar se aparecer, acho o isqueiro sobre a tábua de corta carne, tem um ordo podre, coloco a mão no nariz evitando o incomodo.

Risco uma vez , não consigo enxergar nada, na segunda tentativa vejo os olhos iluminados na sala, desviando novamente de móveis tentado não chamar atenção do que esta aqui, procuro o quadro de distribuição de energia pelas paredes ainda negras, risco novamente o isqueiro dessa vez até queimar o dedo, percebo quase nada de movimento além do balançar da cortina azul próxima aos dois sofá, assim que o fogo apaga algo pula sobre mim, ainda não tenho idéia do que seja meu isqueiro não funciona, sem gás, apenas pisca no escuro a cada movimento do meu dedo ardente por conta da queimadura, mas vultos dessa vez frequentes.

-barba branca é você?

Talvez seja meu avô tentando me assustar.

-Vô ?

Será que o velho esta de gozação? Ultimamente tenho pesadelos durante a noite, na maioria das vezes preciso beber água no meio da noite, ele me aparece todas as vezes sempre estava lá, com roupas brancas em outras vezes de preto com chapéu sinistro, passando a mão sobre o anel e dando risada, no mesmo lugar.

Um copo quebra na cozinha onde acabei de sair, consigo achar o quadro, estou sem as chaves devem ter caído na cozinha, minha negação em voltar é grande... Minha única chance é testar os interruptores do quadro, então abaixo e volto de 4 passando as mãos na cerâmica fria, buscando cegamente as chaves nos pisca do imprestável isqueiro, após cinco minutos de gotas de pia ainda estou no chão frio acho as chaves em baixo da mesa.

Em um movimento rápido me levanto, porém acerto a cabeça. Agora só me resta correr ao quadro. Com as mãos tremendo na frequência dos batimentos cárdicos, procuro lugar onde enfiar a chave, tento pisca o isqueiro com a mão esquerda, mas pouco sucesso, até que abro o quadro e mexo uns instantes nos interruptores. A luz volta em sequência a cada cômodo, sala, cozinha, banheiro, e finalmente o quarto.

Agora tudo faz sentido, criei ilusões na ausência da luz, pego o brinquedo de Bia debaixo da cama em meios as teias de aranha, ele veio junto na mudança e mesmo um palhaçinho, lhe dei quando ela tinha sete anos.

Fico decepcionado ao ver que sobrou apenas estilhaço do vidro da colônia de Naty, acabei esquecendo de colocar na gaveta antes de sair. Foi pela pressa que eu tinha para não perde o horário combinado com Maria, deixei sobre a cômoda... Maldito gato.

Gaveta de John (Sem Correções )Onde histórias criam vida. Descubra agora