-desculpa não quis deduzir nada mana, é porque sabe... fiquei preocupado com você. Esses meninos são má companhia.
-fecha porcaria da porta, quer que a mãe escute nossa conversa. Quero uma caixa de bombom.
-vou esperar você terminar de ler este livro, é um romance interessante!
-seu chato. Deixa pra lá, vou pedir a mamãe, você sabe que eu consigo.
-poise, lembra na páscoa, seu ovo era maior, o triplo do meu.
Sua risada finalmente saiu condenando seu humor de menina sem bombom, mas com uma lembrança doce, conheço ela bem para dizer que não tem nenhum interesse no livro aberto em suas mãos, que está de cabeça para baixo.
Ela desistiu, fechou o livro e pegou o celular, agora está blindada e nada que eu possa dizer vai mudar sua atenção, não tenho chance, apenas sento ao seu lado sobre a cama, folheando as páginas, recordo de alguns capítulos que me aproximou de Naty, minha irmã não vai ler apenas por uma caixa de chocolate, tanto que sua desistência foi mais rápida que eu podia imaginar. Deve está respondendo suas mensagens, talvez seu namoradinho virtual, lendo algumas coisas que as meninas gostam de ouvir.
l Love you, palavras que ajuda associada no sentimento juvenil, uma pessoa adulta esperiente não usa o termo apaixonado e sim direto, não perde tempo.
Ela deixa difícil às coisas, coloca os fones de ouvido, deixo seu quarto levando meu livro, antes de fechar a porta espero algum movimento dela em minha direção, outro sorriso, porém fica imóvel, tem sua mente ocupada esta com uma música no ouvido, está cantando baixo, pode esta apreendendo uma nova canção, acho estranho que não seja seu John lennon, talvez queira outro ídolo.
Após fechar a porta, estou na sala onde minha mãe estava assistindo o programa, não vejo ninguém no cômodo, tenho a oportunidade de trocar de canal, assistir não é tão bom quanto comer as delícias que vejo na tela, claro que tudo isso também aumenta minha fome, o corpo sente depois do sexo. Aquele som irritante soa de novo abafado no bolso jeans. Uma mensagem de texto que vem de Cíntia, no movimento automático visualiso a mensagem.
# você fez uma falta, às coisas estavam ficando boa, daí tu vai embora, uma pena, acho que volto antes do previsto.
-porque tirou do meu canal, estava pegando receitas.
-mãe... Esse negócio passa toda hora, nem tem intervalos, queria que pai estivesse aqui.
-para ele colocar no futebol, não... Prefiro minha novela.
Quem vai fazer minha mãe mudar de ideia. Meu pai não está em casa para me ajudar vence a jogada, seria dois votos contra o dela, não sou de assistir futebol, mas pelo menos trocaria de canal, pois já está me dando fome, talvez eu fique para o jantar. O quarto de bia permanece fechado, estou jogado no sofá como antes costumava fazer quando não tinha nada melhor.
Quase contei sobre minha viagem curta e voluntária, mas preciso guardar algo comigo, começamendo pelo meu passado, afinal minha mãe só sabe o que a tia Simone contou quando me deixo sob a guarda dela, não quero que tenha preocupações sem ser as suas receitas de doces e bolos, se tivesse aqueles 17anos, ela faria todas as perguntas possíveis sobre o tempo que passei fora, no mesmo instante que abrisse a porta. Sei que bia ainda é escrava das perguntas dela, vai ter muito mais até seus 18 anos, podendo dobrar os questionamentos depois de saber que bia tem um namoradinho, daí vão surgir às perguntas referentes ao sexo e a segurança.
Comigo teve indiretas como essas use preservativo, cuidado com essas meninas sujas. Referia-se nas doenças que podia pegar no ato. Contrário de pai que apenas dizia não pare enquanto ela não gozar, disse que é comparado a ganhar na loteria e não receber o prêmio.
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Gaveta de John (Sem Correções )
Ficção GeralMinha irmã é louca por um cantor de Rock, acredita que ela nomeou minha gaveta, já estou com saudades dela! Foi para casa da tia Mel há duas semanas, a minha mudança foi uma bagunça. Estou contente de ter saído da casa de meus pais. Não reparem a b...