Capitulo 18

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Laura entra na sala, pela porta nos chama e diz que nossa visita ilustre terminou, diz em alto e bom som para os jovens idosos que os novatos vão embora, José acena com a mão agradecendo o jogo de história, então voltamos ao corredor vazio e agora limpo,  apenas vemos o brilho no chão e o domínio do sol da tarde, que entra pela janela no corredor, em minha mão trago meu aparelho que tocar fita ,onde vou tocar a gravação da minha mãe.

- então era isso que estava procurando nem lembrava mais dessa tal fita.

-você também se distraiu lá dentro e o que você estava fazendo com as coroas?

-elas estavam me ensinando fazer pontos, fiz uma coisa para usar.

- onde está sua obra de arte?

Cíntia não esconde a peça, coloca em minha cabeça sua obra de duas cores, azul e branco, ela aprende rápido, conseguiu fazer no tempo de um partida de xadrez, seu boné ficou maneiro.

- obrigado, poderia ser de apenas uma cor. Asssim teria menos trabalho.

-não sei se vou conseguir fazer outro sem ajuda delas. Nem vem, foi meu primeiro não vem me cobrar perfeição.

Antes de entrar no carro outra mensagem da pessoa atrevida, chega ao meu celular.

"Quero morde você"

Novamente me acomodo no banco do carona, já que minha acompanhante não me deixa pegar o volante, a situação anterior foi uma exceção, sua mente estava conturbada e sem o controle emocional, ainda tenho que insistir em saber por que a moça do estabelicimento provocou nela tal agonia, estamos sobre o asfalto de novo, a rota que ela faz não é mesma que nos trouxe ao lar de idosos, estamos subindo cada vez mais, Cíntia atende o celular com carro em movimento fico tranquilo por ela não tirar as mãos do volante usa fones de ouvido para falar.

- a senhora já saiu do salão? ... Não vou pode buscá-la nesse momento, não sei que horas vou chega, em casa.

Com fone de ouvido não consigo ouvir a voz da sua tia, se questionou ou concordou com o que ela disse, não tenho ideia, evito pensar que eu seja o motivo dela não pode passar no salão para busca sua tia, o que ela pretende subindo desse jeito? Ficar isolada da correria da sua cidade.

A ligação encerra. Volto perguntar sobre a moça da discórdia, Cíntia só responde que estamos chegando e que vamos parar e conversar sobre tudo que quiser. Mantenho meu silêncio e minha curiosidade sobre a gravação da minha mãe, e ainda quero saber onde encontrar a louca que matou meus pais, minha tia não entrou em detalhes sobre ela, chegamos onde deve ser o ponto mais alto da cidade pela janela do carona vejo às luzes pequenas variantes e as cores amarelas e vermelhas do céu nas torres todas lá embaixo na falsa impressão de que são estrelas.

Apesar de não ter estrelas, tem a famosa lua cheia no céu negro, ela estacionou o carro de frente a uma casa velha de madeira parece não morar ninguém há anos, a luz que ainda prevalece são as luzes fortes do farol do carro que ainda está ligado, retiramos os cintos e saímos do carro, já não temos luzes a não ser a do visor dos nossos celulares, andamos em meio às folhas secas no chão que cairam das árvores altas próximas a casa pequena que talvez tenha pertencido a um pescador de vida simples, ou esconderijo de uma menina sem chão ás vezes.

Apenas escutamos a bagunça em que nossos pés faz sobre as folhas secas quando andamos em direção às luzes da cidade que aponta ao longe. Cíntia interrompe o silêncio assim que paramos.

- não conheço bem a fulana de ontem, foi alguns anos atrás quando fui numa festa, sabe essa vida de jovem, bagunça bebida tudo que uma festa de 18 anos tem direito, tinha começado a namorar o privilegiado da festa fazia três meses ou mais, gostei da festa àquela noite, até ela aparecer e começa um inferno em nossas vidas, meu ex- namorado era bem na dele, mas também não dava um chega pra lá nela, no fim da festa topei eles dançando juntos, sabia que foi ele quem a convidou para ir em seu aniversário, mas isso não dava o direito dela ficar encima de meu homem.

Gaveta de John (Sem Correções )Onde histórias criam vida. Descubra agora