Começam os movimentos nas ruas da cidade, em meio ao trânsito no horário de pico, onde quem esta dentro começar sair, seja de casa, mercado, trabalho, ou escola. Contínuo dirigindo ao som de músicas, algo me incomoda a minha perna direita, apenas vejo a luz vermelha no alto, após levanta minha cabeça.
Mas é tarde tudo é branco por alguns segundo, sinto a maçaneta da porta dianteira direita no meu ante braço pouco antes da escuridão e o som agudo.
Estou preso ao cinto de cabeça para baixo, meu cérebro parece solto e balançar dentro do crânio, posso sentir a bolha de ar na minha cara, cheiro de tecido novo, o pára-brisa já não existe, consigo ver as pessoas em volta aglomerando o local, parecendo que é a morte da bezerra, retiro cinto que aperta meu peito, destravo com dificuldade... Percebo que minha mão pinga sangue, descendo do braço formando uma linha longe de ser parecida com a linha do Equador, toda cheia de curvas sem rumo, caio sobre os estilhaços do que restou da janela do carona.
Tal música parou de tocar e na minha mente nada tem, me arrasto passando onde estava o largo e comprido vidro frontal do carro, muitas pessoas ao redor, me viro para ver a parte interna do carro onde eu estava, vejo a bolsa de ar do air-bag, cheia e com manchas vermelhas, estou de joelhos sobre a linha branca no asfalto.
Me levanto sentindo dores na perna direita por conta do impacto, ainda posso mancar, andar um ou dois quilômetros sem ajuda, todos me olha surpresos e falam, mas não consigo ouvir, pois o som agudo no ouvido prevalece, se eu pelo menos soubesse leitura labial ajudava em algo.
Mas recordo que a casa de Maria não esta longe só faltava dois minutos de carro, agora 10 dez como um manco, a multidão abre um espaço e caminho colado a calçada afim de chegar a duas quadra a frente, próximo o bastante do portão dela, a cada cinco passos que dou minha audição volta aos poucos, já posso ouvir sirenes e os carros na pista, ando alguns metros e já posso identificar a esquina que devo virar, busco apoio na parede, sentindo ainda ardência do cinto de segurança no peito, continuo agora em passos lentos arrastando a perna, finalmente da esquina noto a cor desbotada do portão de Maria, apenas resta alguns metros finais.
-Maria, Maria...
Toques nada forte no botão, sem forças para chamar tanta atenção, a linha torta no braço já secou perdeu a cor vermelha, minha cabeça ainda é úmida, e também minha audição continua fraca.
-nossa, o que aconteceu com você Nick?
-qual é o resultado?
-você precisa de um médico!
-fala o caralho do resu...
-Nick me fala.
Minha voz começa a corta, mas ela não responde a porcaria da pergunta que faço.
-é negativo Nick, fique tranquilo.
-liga para o Tony ele vai saber.
-sabe o que?
Ela além de tira a estaca do meu peito, cura o buraco que estava incomodando, tudo para, voz, audição, tato, e minha visão escurece tento buscar o apoio com a minha mão em seu ombro, porém a escuridão vem primeiro e me leva.
Escuto o som do abrir e fechar de gavetas, ainda no escuro percebo passos curtos próximo ao meu corpo, é pura verdade aquilo que dizem sobre as pessoas portadores de deficiência visual, o sentido da minha audição ganhou força, agora entendo aquele dizer que os cegos ver com os ouvidos, onde estou não parece aberto, tem pouca ventilação, mas sinto frio. Amenizado com aproximação de um pessoa, já tenho um sexo sua colonia suave discreta deixa pistas.
Provavelmente uma mulher, não dá para saber a idade, minha curiosidade abre, menos meus olhos, percebo a luz vermelha em minhas pálpebras direcionado com foco nos dois olhos, sua pele não sentir a luva fina não deixa saber os detalhes, séra que é uma dessas enfermeiras jovem de cabelos preso, que usa óculos deixando sexy sua boca com batom vermelho menos vulgar.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Gaveta de John (Sem Correções )
General FictionMinha irmã é louca por um cantor de Rock, acredita que ela nomeou minha gaveta, já estou com saudades dela! Foi para casa da tia Mel há duas semanas, a minha mudança foi uma bagunça. Estou contente de ter saído da casa de meus pais. Não reparem a b...