Estou no banco do carona, olhando a menina de voz doce, sua boca é pintada, ela sorrir, mesmo não sabendo real motivo, gostaria de entrar em sua mente para descobrir no que pensa, deve ser pensamentos agradáveis, quero fazer parte.Não tem como saber apenas vejo seu rosto contente, sua atenção e voltada para o portão de saída no local, poucos minutos estamos nas ruas pouco movimentada por conta do horário, hoje ela abusou da calça jeans colada e salto alto.
está tirando sua jaqueta, tem um blusa por baixo, não estaciona para pode tirar sua roupa, ainda bem que as ruas estão vazias, ficamos no ziguezague pela rua até ela jogar sua jaqueta no meu rosto, fiz cara feia na intenção de mostrar indignação, e também curioso, ela consegue fazer esse tipo de coisa dirigindo ignorando perigo de perde a direção, porém não acelera o veículo como fez no dia que ficou irritada com a moça que roubou o Ex namorado, estamos numa situação bem mais tranquila, sem altas velocidades e com o som baixo.
Numa distração, quando estava olhando pela janela, e Cíntia observa as mensagens que acabava de chegar, sentíamos algo bater de baixo do veículo, ela pisou no freio com força deixando as marcas dos pneus no asfalto. Olhamos para o vidro traseiro e vejo algo no asfalto.
-o que foi isso? Parece que passamos por cima de alguma coisa peluda.
-droga, gatos miseráveis, será que matamos o coitado.
Retiramos os cintos que nos prende, ela desliga o veículo olha como se tivesse atropelado uma criança, descemos do carro, andamos alguns metros até encontramos o cachorro com sangue pela boca, nos seus últimos suspiros, ela me olha como quem não sabe o que fazer.
Estamos enfrente uma casa que não possui muros apenas grade, a porta se abre, aponta uma mulher de pijama no portão que deve ter escutado às cantadas de pneus e os latidos sofridos do cachorro sobre o chão.
Começa a grita, caminha em nossa direção, com um pedaço de madeira nas mãos, vem com raiva, o único medo que tenho é da velha bate as botas junto com o cachorro peludo, Cíntia ainda persistir em ficar para conversar com a senhora raivosa que a cada segundos se aproxima de nós.-vamos, não podemos ficar aqui... Ainda acha que ela vai querer conversar, acabamos de atropelar o animal dela, vamos entra no carro.
Entramos após correr até o carro, olhamos novamente para trás, a senhora chora próximo ao animal que parou de se mexer, volta gritar e nos chama de desgraçados e filhos de uma puta.
Ainda recuperando o fôlego da curta corrida, Cíntia acelera o carro sem remorso com um pouco de medo, poderia ver nos olhos da senhora raiva e o lamento, talvez o cachorro fosse sua única companhia, talvez uma idosa viúva aposentada, que mau tem as visitas dos filhos, não posso afirmar que tenha filhos, o pensamento pessimista não me ajuda aliviar o sentimento de culpa por estarmos distraídos.
No momento da batida fatal, enquanto minha cabeça e cheia de suposição, Cíntia insiste em voltar e falar com aquela senhora.
-não podemos! Ela pode ficar nervosa e sofre um ataque, naquela idade com certeza tem pressao alta, e problemas cardiocos, não queremos deixá numa situação pior, evitar fala com ela parece ser a melhor coisa... Vimos como ela estava nervosa.
-quase caí, esse salto atrapalhou muito, ainda bem que não houve nada de ruim com a dona.
-foi engraçado, estranho ver alguém correr de salto alto, ainda mais do jeito que você fez... Com as mãos para cima.
-usa um para saber como é, nunca mais vai falar mal de quem usa, não é nada fácil ficar... às vezes dói, mulher sofre nem queira saber.
Consigo ver da cadeira que estou sentado às manchas de sangue no Para-choque na space da sua tia. A dona da voz doce foi escolher a pizza, está voltando sem jaqueta, pois deixou dentro do carro, parece não sentir frio nessa noite, ela senta em minha frente, curiosa pergunta no que estava perdido durante a ligação que fez mais cedo, com um pouco de resistência digo que o acidente de forma indireta me trouxe a sua city,cidade!, e completei dizendo que poderia ser minha última noite na cidade.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Gaveta de John (Sem Correções )
General FictionMinha irmã é louca por um cantor de Rock, acredita que ela nomeou minha gaveta, já estou com saudades dela! Foi para casa da tia Mel há duas semanas, a minha mudança foi uma bagunça. Estou contente de ter saído da casa de meus pais. Não reparem a b...