Capitulo 15

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-não, coloque o seu cinto de segurança, por favor, e se segura aí...

Ela deixa bem claro sua intenção, ajusta o banco e prende o cabelo de forma sexy, agora ela aumentou o som e conectou o bluetooth em seu celular, escolheu um rock pesado, ela pirou de vez, antes de sairmos acelerar o veículo e freia ao mesmo tempo fazendo derrapar os pneus traseiros até subir as fumaças ... E solta o acelerador e joga o volante todo para esquerda buscando a pista depois da saída muito bem intencionada, então  grito para ela reduzir a velocidade, mas seu movimento é de balançar a cabeça sentindo a música alta, muito alta. Ela evita as ruas de que possua faixa e o tráfego de veículos, tudo para pode pisar fundo com força no acelerador.

Muito distante do local onde ela se negou a comer, o veículo começa a puxar a direção para o lado esquerdo, quebro a sua privacidade, desligo o som do carro, no mesmo instante ela pisa no freio bruscamente, isso me joga para frente no movimento inesperado. Assim que sinto ardência do cinto no peito, procuro falar para ela que existe algo de errado com a roda traseira no lado do carona, talvez ela não queira conversar no momento. Está com raiva para uma conversa paralela, retiro as chaves da ignição do veículo para ela não fazer mais besteira na via, tento acalma-la ... Abro a porta e baixo os vidros dianteiros do veículo, vou checar o que realmente aconteceu lá trás.

Uma notícia nada boa se ela não trouxe as chaves de roda, volto para parte interna do veículo onde vejo ela que está sobre a buzina chorando, motivo pelo qual não posso definir. Não pode ser apenas irritaçao da moça do estabelecimento! O barulho da buzina é chato e agudo, ela está debruçada, chamo a sua atenção dizendo que vai passar, seja lá o que está passando pela cabeça da dona da voz doce.

-Cíntia você tem as chaves do estepe ali atrás?

-sim, acho que minha tia nunca mecheu nisso.

Ela fala com a voz em meio aos soluços, concerteza ela conhece bem a menor do estabelecimento, está com raiva e frágil.

Abro então o porta malas do carro, retiro o tapete do assoalho do carro, pego às chaves e o macaco, por nossa sorte o pneu reserva está calibrado para instalar no carro, ela não desceu, apenas trocou a música de seu celular, agora escuta num tom mais baixo. Meus ouvidos estavam gritando em zumbidos alto por causa do rock pesado, não pela música, mas por esta no volume máximo, ainda bem que o prego parou esse carro, em pouco tempo faço a substituição, voltamos para via, procurando caminho de casa com a moça que chora no volante.

Digo para ela parar o carro, abro a porta do motorista ela num rápido movimento me abraça forte quer e precisa de cólo, não tem condições de falar nem de dirigir um veiculo, ainda mais pela noite, minha voz saí como consolo bem serena.

-vamos para casa... deixe que eu fique na direção agora.

Sinto a confirmação no balançar da sua cabeça em meu ombro, ainda soluça um pouco agora com menos frequência, assim que se acomoda no banco do carona fica vidrada apenas no que passa lá fora, ligo novamente a rádio local FM 93.9, antes de engrenar marchas travo seu cinto de segurança. Mas ela ainda continua olhando pela janela, nem se quer se mecheu, a não ser para pular as músicas em seu celular, colocou um dos seus fones de ouvidos, a teimosa não comeu, tem cara de sono, frágil e irritada. Tudo gerado por aquela atendente?

Vou para a resisdência de sua tia, estaciono de frente para garagem, antes de sair do carro, beijo o seu rosto, fico surpreso que ela tentar rir. Seu ânimo foi por água abaixo, mesmo sabendo que afirmação final é que não tivemos uma noite boa.

-tenho que ir meu bem... Amanhã nos falamos, apesar de tudo sua teimosa, a comida estava boa deveria ter comido algo lá...

- deveria sim, não sei de mais nada. 

Gaveta de John (Sem Correções )Onde histórias criam vida. Descubra agora