Meu unico mestre.

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Guto(Obi);

Em meio a tantos problemas havia me esquecido de Austin, no qual se encontrava em estado de choque. Peguei-o pelo braço e o levei junto a mim dentro a floresta, eu estava decidido a buscar Bestia. Corremos em direção as pegadas deixadas por Bestia, enquanto corríamos Austin olhava para as imensas pegadas como se estivessem vendo um monstro, porém ele não se lembrava que, aquela menina na qual ele chamava de Maluca, na qual me cobri-o na primeira vez que dormimos no mesmo quarto (sim eu estava acordado), naquela menina que se remexia durante a noite por pesadelos, eram a mesma que a tão temida raposa de 3 caudas.

-Guto! Isso é suicídio, tu viu o tamanho daquela coisa? Se ela nos pegar  vamos ficar que nem o café da manhã de Lua!-falou Austin ofegante por corrermos, poderia ser verdade Bestia não nos reconhecer, porém acreditava que ela podia  me reconhecer, seu mestre.

-Ela vai nos reconhecer! Afinal-virei-me para trás- Eu sou seu mestre.

Bestia;

Sentia-me calma de certo modo, poderia não estar em um lugar localizado por mim, mas aquele âmbito, aquele cheiro, me deixavam à-vontade.
Meus olhos formigavam e a única vontade que eu sentia era de chorar, eu não sabia oque estava acontecendo, estava sendo uma marionete defeituosa, oque eu deveria fazer naquele momento?

-Dormir-uma voz soou no local, uma voz doce e gentil que indicava para onde eu deveria ir. Poderia ser meu subconsciente dizendo-me oque eu desejava fazer neste tempo todo, ou apenas um fruto de minha imaginação.

  Aos poucos meus olhos perderam as forças nas quais me deixavam acordada, aos poucos as correntes pareceram mais pesadas oque subitamente fazia meu corpo afundar naquele lago abandonado pelo meu ser, aos poucos podia ver a luz esvaziar-se de meus olhos como um passe de magica, as ultimas bolhas de ar foram soltas por meu pulmão fazendo-me cair em um mar de chamas.

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-Queime.-uma voz soou no local, as folhas das arvores eram levadas pelo ar no qual permanecia úmido, uma mulher ruiva com belos olhos negros olhava para mim pacificamente sorrindo, ao seu lado encontrava-se uma belo homem moreno com olhos azuis no qual segurava uma ave branca quase sem vida, suas roupas rusticas traziam a ideia de ser a muito tempo atrás.
  Meu corpo aleatoriamente caminhou até o passado no qual se debatia dolorosamente, ergui uma de minhas mãos e pude ver que aquelas não poderiam ser minhas mãos, pelo reflexo dos olhos do pássaro vi um garotinho ruivo com os cabelos bagunçados sem nenhuma emoção no rosto prestes a matar um pássaro .
  Aquele menino não poderia ser eu, seus traços, seu cabelo... Levavam consigo o modo de Guto no qual levava consigo a mesma expressão, seus pais porém, continham consigo sorrisos nos rostos, estavam felizes, contentes.
  Em segundos o pássaro já não existia, todos sorriam enquanto as cinzas do pássaro caiam rapidamente pelo ar, em segundos senti meu corpo ser abraçado por algo quente, sim, um abraço maternal.

-Fiz certo mamãe?-uma voz fofa saiu de meus lábios, sentia-me feliz.

-Claro meu amado Guto, fez certinho...-ela sussurrou em meu ouvido amavelmente, seus braços envolviam meu corpo gentilmente enquanto meu pai sorria para nós.-Meu amado príncipe.

 Cor Perdida/ Chamada Das Entidades.Onde histórias criam vida. Descubra agora