Capítulo 11 - Eu te odeio garoto!

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Alice.

  Vejo ele caminhando em minha direção com um casaco fino meu nos braços. Senta atrás de mim e coloca o casaco pendurado em meus ombros. Me encosto em seu peito e ele me abraça. 

Eu - Diego. - chamo.

Diego - O que? - pergunta.

Eu - Quem você vai desafiar?

Diego - Não sei ainda, por que? 

Eu - Nada. Tava pensando.

Diego - Eu pensei em desafiar o Gui à ficar com a Bia.

Eu - Não! - respondo rápido e convicta.

Diego - Por que não? - pergunta sem entender.

Eu - Porque vai ser tipo, como se ele não gostasse dela, precisasse ser desafiado pra ficar com ela e esse não é o caso. Ela ia se sentir mal se descobrisse, talvez fosse até ficar triste. Sei lá, não acho certo. Isso nunca acaba bem.

Diego - É, pode ser. - ficamos por um momento em silencio - Com quem você tava conversando?

Eu - Quando? - finjo não entender.

Diego - Hoje. Não adianta fingir que não entende, eu te conheço, melhor do que ninguém e você pode confiar em mim, sabe disso.

Eu - Com... - penso - Felipe. 

Diego - Quem? - pergunta calmo.

Eu - Felipe Torres. - ele respira e fica quieto por um tempo, mas depois me surpreende falando calmamente.

Diego - Por que você tava falando com o inimigo do seu pai Alice? - ele parece estar se aguentando para não brigar comigo, bravo no fundo, mas não demonstra. 

Eu - Eu não tava falando - dou enfase em "falando" - com ele. 

Diego - Não?!

Eu - Quer dizer... - penso mas me complico - ai Diego. Sei lá, ele me mandou uma mensagem e eu respondi, só isso.

Diego - Não, não foi só isso Alice. - parece estar começando a perder sua pouca pacienci aainda existente.

Eu - Diego, se eu disse que foi só isso, foi só isso! - digo ríspida.

Diego - Ele não pode falar com você, você não pode falar com ele. - diz para mim, mas parece estar falando mais pra ele do que pra mim.

Eu - Por que? Não tem perigo, ele não pode me matar pelo telefone. - digo como se fosse o óbvio.

Diego - Matar não. - pausa - Mas ele pode te machucar, muito e se ele fizer isso eu vou matar aquele filho de uma puta, por ter machucado a minha mina. 

Eu - Me machucar? Ta louco Diego? E perai, "sua mina"? - pergunto as rapidamente várias coisas e me viro ficando de frente para ele.

Diego - É! Te machucar, não to louco e sim, MINHA mina. - diz dando enfase em minha e me surpreendo, não estou compreendendo nada - Você não entende!

Eu - Não mesmo! - digo um tanto alto. 

Diego - Você vai gostar dele. Mas ele não vai gostar de verdade de você. Ele quer te atingir.

Eu - EU NÃO SOU ASSIM! EU NÃO VOU GOSTAR DELE! - digo bastante alto - EU NÃO VOU SER ATINGIDA, NÃO VOU SAIR MACHUCADA DESSA HISTÓRIA!

Diego - ENTÃO NÃO FALA COM ELE PORRA! - diz alto e me assusta, Diego nunca falou assim comigo, ele se levanta com muita raiva e chuta alguma coisa de vidro, que se quebra fazendo barulho e meus olhos marejam por vê-lo assim, ele anda de um lado pro outro passando as mãos no rosto e no cabelo, enquanto eu lhe acompanho com os olhos - Você é como uma irmã pra mim Alice. - diz e uma primeira lágrima cai - E nenhum vagabundo vai te machucar. - diz e vejo a raiva em seus olhos transbordando.

  Ele sai bravo e bate a porta. Apoio meus braços em minhas coxas e abaixo minha cabeça afundando em minhas mãos, deixo as lágrimas cairem e sinto a raiva dauquele garoto. Me levanto com o celular na mão, visto meu casaco e caminho passando pela lateral da casa, já na frente da mesma, abro o portão e saio fechando ele. Caminho pela rua praticamente deserta, com muitas plantas por perto mas poucas casas. Com a raiva mando sem pensar:

Sms On

Eu - MESMO SEM ESTAR PERTO, VOCÊ CONSEGUE PREJUDICAR MINHA VIDA, EU TE ODEIO GAROTO!

SMS Off

  Percebo que ele visualisa e me arrependo instantaneamente, paro e abaixo a cabeça chorando alto já. Volto a andar e vejo meu celular tocando, com os olhos embaçados pelas lágrimas não consigo ler o nome de quem é a ligação. Silencio o celular e continuo a andar. Caminho por bastante tempo e meu celular vibra descontroladamente, sem parar de tocar. Paro em uma praça já bem longe da casa. Caminho por dentro da mesma que é muito mais iluminada do que a rua por onde vim. Me sento em um banco e abaixo minha cabeça. Me celular volta a tocar e dessa vez resolvo atender mesmo sem saber quem é:

Ligação ON

Eu - Oi... - digo soluçando.

Xx - Desculpa... 

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  Gente! Eu acabei de fazer um capítulo e olha, posso garantir pra vocês que se vocês sào sensíveis como eu e amam tanto os livros quanto os personagens como eu, vão deixar algumas lágrimas escapar, assim como eu quando escrevi. Só capítulo top. Tô louca pra postar. Posso postar? Comentem por favor! 

Bjú!

Patricinha do Morro  ( Vol.2 )Onde histórias criam vida. Descubra agora