Patricinha do Morro ( Vol.2 )

Capítulo 22 - Única

Alice.

  Arregalo meus olhos.

Eu - Amor?

Felipe - Não pode?

  Penso. Penso. Penso. Penso muito. Não pode? Ou pode? Eu não sei. Tenho que responder essa pergunta para mim primeiro. Para depois responder para ele. Felipe pode ou não me chamar de amor? Será que eu quero isso? Ou não?

  São dúvidas e mais dúvidas cercando uma simples pergunta. Pouco Felipe suspirar.

Eu - Pode.

Felipe - Alice eu te... - ele dispara mas pausa e me olha com as sobrancelhas arqueadas - você disse pode?

Eu - Disse. - digo baixo admitindo.

  Ele sorri. De forma inocente.

Felipe - Eu amo você. - diz.

  Sorrio. Felipe me abraça forte e eu volto a fechar os olhos quando ele começa a falar, o que quero é apenas ouvirsua voz e prestar atenção em cada detalhe.

Felipe - Sei lá, você não acha estranho? 

Eu - O que? - pergunto mais resmungando com os olhos fechados.

Felipe - Com tanta gente por aí eu fui me apaixonar logo por você. Sendo que eu não me apaixono por ninguém. Eu não amava ninguém antes de você e quando eu olhei nos teus olhos aquela noite tudo mudou...era diferente, como se eu me resumisse em um antes e depois de você. Porque eu te amo mesmo sabendo que o certo seria te odiar.

Eu - Como você sabe que é amor? - abro os olhos e pergunto me virando para olhá-lo.

Felipe - Porque eu penso em você o tempo todo. Me preocupo com você o dia todo. Fico pensando no que você tá fazendo, se tá com outra pessoa, se alguém pode te fazer mal, se tá bem, se chorou, se tá feliz, se tá doente, eu tento o tempo todo adivinhar o que se passa com você. Eu sonho com você quase toda noite. Eu desbloqueio mil vezes por dia a tela do meu celular pra ver se você mandou alguma coisa, se me ligou, sei lá, se tenho notícias de você. Eu quero ter você comigo toda hora. Eu não consigo ficar com outra garota e, eu tentei, mas te vejo sempre do meu lado e procuro um pouco de você em todas elas sempre, mas não muda nada, porque eu não acho, ninguém tem nada do que você tem pra mim. Você é única e eu não conseguiria te fazer mal nem que minha vida dependesse disso. Eu te daria minha vida... - ele suspira e me lembro do sonho, me assusto com a imagem em minha cabeça e levo a mão ao peito - porque ela não tem mais sentido sem você.

  Ele para de falar e pega em minha mão me puxando. Me sento em seu colo e ele encosta a cabeça em meu ombro. Começo a pensar em tudo o que ele disse e...ele me ama. 

Eu - Me promete uma coisa?

Felipe - O que amor? - estremeço com a palavra e me arrepio.

Eu - Nunca vai morrer por mim. - ele ri - É serio Felipe. - digo.

Felipe - Ta bom amor. - ele continua rindo - Agora vamo parar de falar de morte né. 

Eu - Ta. - digo.

  Empurro Felipe um pouco e saio de seu colo, me sentando ao seu lado na areia.

Felipe - Me dá um beijo? - pergunta com cara de "gato-de-botas."

Eu - Humm... - finjo pensar - você quer um beijo? - pergunto e ele assente - Então vem pegar! - digo e saio correndo. 

  Ele gargalha e depois corre atrás de mim. corremos á beira mar e ele me alcança. Me puxa e caímos no chão. Eu rio gargalhando descontroladamente e ele me acompanha. Felipe me dá um beijo em cada bochecha. Ele distribui beijos em todo meu rosto e quando chega em minha boca, morde meu lábio e o puxa de leve. Eu rio e ele sorri maliciosamente, Felipe me beija com intensidade. Ele parece ter o melhor beijo do mundo. Meus braços que estavam ao lado de meu corpo, se dirigem á nuca dele e o puxa pra mais perto aprofundando o beijo. Sua mão contorna meu corpo sendo guiada pelas minhas curvas e quando paramos por falta de ar, terminamos o beijo com selinhos.