{Obs. 1 = Por favor não me odeiem. Obs. 2 = Ouçam a música enquanto lêem...boa leitura!}
Alice.
Eu - Era mentira! Eu não te odeio, - soluço - não quero que você morra! NÃO MORRE! - soluço - Por favor...fica comigo Felipe...você provou...eu acho que eu também te amo...fica...por favor...não vai...fica comigo...eu acredito em você! Eu preciso de você...por favor não me deixa...fica aqui...por favor, eu sei que você é forte, vai ficar comigo, eu acredito em você, você provou. Agora fica, por favor...
Xx - Moça, por favor afaste-se, precisamos levá-lo. - um enfermeiro fala.
Eu - Ele não pode morrer! - digo - Ele não vai morrer não é?
Xx - Faremos o possível para salvá-lo. - diz.
Eu - Eu vou junto. - digo.
Xx - Não moça, nesses casos é melhor que ninguém vá.
Fico observando a ambulância se distanciar, corro para casa, entro batendo a porta e vejo minha mãe, estou em choque, tremendo, desesperada.
Mãe - ALICE! - diz e corre até mim - Voc6e tá bem amor? Por que está chorando? Se machucou? O que fazia lá fora?
Eu - Eu preciso ir pro hospital! - digo alto, quase gritando.
Mãe - Por que? Se machucou?
Eu - NÃO MÃE! - ela se assusta.
Nisso meu pai entra com meu padrinho, os dois estão rindo.
Pai - Viu? O filhinho do TH se machucou. - gargalha - Tomara que agora eles aprendam que aqui quem manda sou eu.
Gean - Tomara que morra também. - ri.
Eu - CALA A BOCA! -mando gritando e o sorriso dos dois se desfaz.
Pai - Que isso Alice? Por que ta chorando?
Eu - TU SABE POR QUE ELE SE MACHUCOU?! PORQUE ELE SALVOU A TUA FILHA! ELE ME SALVOU! PORQUE O TIO DELE IA ME MATAR! PODIA SER EU NAQUELA AMBULÂNCIA BRIAN GOMES! TUA FILHA! MAS NÃO! ELE! ELE NÃO DEIXOU! - eles me encaram assustados - E AGORA ELE PODE MORRER SIM! POR MINHA CAUSA! E SE ELE MORRER HOJE, EU NÃO MORO MAIS AQUI, EU VOU SUMIR E VOCÊ NUNCA MAIS VAI ME VER! TUDO POR CAUSA DE UMA RIVALIDADE IDIOTA!
Pai - OLHA COMO TÚ FALA COMIGO ALICE!
Eu - EU FALO COMO EU QUISER! - grito transbordando raiva - QUEM TEM CORAGEM DE ALMEJAR A MORTE DE ALGUÉM, NÃO MERECE O MEU RESPEITO! - jogo as palavras em seu rosto.
Pai - MAS VOCÊ MESMA FAZIA ISSO ATÉ ONTEM! TAMBÉM NÃO TEM DIREITO DE ME PEDIR QUE MUDE A RESPEITO DISSO!
Eu - É MAS EU MUDEI! E AGORA EU ME SINTO SUJA POR ALGUM DIA TER FEITO ISSO, MAS EU POSSO APRENDER COM O MEU ERRO E MAIS, EU POSSO CORRIGIR, SE EU TIVER A OPORTUNIDADE, SE ELE FICAR, SE ELE DEIXAR. - afirmo e saio em direção a rua.
Pai - ALICE! - chama - ALICE VOLTA AQUI! - ouço ao longe.
Corro descendo, em pouco tempo chego ao hospital, nem sei como tive forças para correr até aqui e nem como pude chegar tão rápido. As lágrimas no meu rosto quase viraram gelo com a força do vento gelado. Entro ás pressas na sala de espera e meu casaco pende ao braço, ficando apoiado em apenas um dos ombros, me debruço no balcão ficando na ponta dos pé para enxergar a moça que irá me atender.
Moça - Como posso ajudar?
Eu - Felipe Torres! - digo desesperada.
Moça - Está na sala de cirúrgia. Pode aguardar na sala de espera, seguindo aquele corredor. - mostra uma porta.
Não tenho a paciência de agradecer, corro passando pela porta, paro na sala de espera, aquela sala vazia, com tantas cadeiras, me sento e abaixo a cabeça, passo algumas horas alí chorando, mas se passam como anos. Enfim vejo o médico adentrar o local, pulo da cadeira.
Eu - Doutor! - chamo e ele me olha, tem uma prancheta nas mãos, não parece contente - Felipe Torres, como ele tá? - pergunto com desespero e a voz falhando.
Doutor - Ás vezes infelizmente... - corto-o.
Eu - Por favor, seja direto. - peço quase implorando.
Doutor - Infelizmente as notícias que trago não são as melhores, - meu mundo gira e cada palavra dele possui um impacto gigante em mim, todas ecoam, como um grito no vazio - a cirúrgia foi delicada...
Eu - Como ele tá?? - interrompo e as lágrimas parecem ficar pesadas.
Doutor - Ele não resistiu. - minha boca fica entreaberta e minha reação não podia ser pior.
Eu - Não. - nego pra mim mesma - Não, não! - começo a aumentar o tom - NÃO! - grito.
Doutor - Lamento. - diz e nego com a cabeça inúmeras vezes - Acontece, fiz o que pude mas...
Eu - VOCÊ NÃO ENTENDE?! - grito e seguro seus ombros o chacoalhando - VOCÊ NÃO CONSEGUE ENTENDER NÃO É MESMO?! - pergunto ainda gritando e começo a ficar rouca, minha garganta dói, mas não consigo ficar quieta - ELE SE FOI! ELE NÃO VAI ESTAR MAIS AQUI! ELE NÃO PODE ME OUVIR! NÃO PODE ME VER! ELE NÃO SABE...- soluço - ele se foi sem saber. - afirmo - eu não disse! Eu não disse que era verdade! Não admiti! Eu não pude dizer que amava ele! Ele se foi sem saber! Ele não sabe e nem nunca vai saber a verdade! Eu não disse que amo ele! Você consegue entender?! NÃO! NÃO CONSEGUE ENTENDER! - grito.
Os olhos do médico marejam e ele parece engolir em seco, se contendo para não se emocionar.
Doutor - Desculpe... - abaixo minha cabeça.
Saio do hospital e corro para a praia, caminho por aquela areia fofa e enfim chego no mar, paro enquanto a água vem de encontro ao meu tênis, fecho os olhos forte e penso nele, como me disse que me amava mais cedo e no seu corpo frio em meu colo, com todo o sangue e agora como pode estar, longe, muito longe, eu o perdi. Por orgulho, orgulho e uma rivalidade idiota. Caminho em passos lentos e com dificuldade até o mar, começo a perder a noção da profundidade, indo cada vez mais longe, me viro e vejo algué me fazendo sinais para voltar. Meu pai me odeia, minha mãe não pode fazer nada, não sei onde estão meus amigos, e ele, ele se foi. Faço um sinal de "capitão" para o homem na areia me chamando e continuo indo mais fundo, a água gelada, já não consigo mais tocar o chão, lembro mais uma vez de seu rosto e afundo naquele mar. Fecho meus olhos e fico por um tempo sem dificulade em baixo da água, até meu ar começar a faltar, já estou afundando e não consigo mais voltar, as ondas dificultam o processo e começo a me debater, abro meus olhos e me desespero...
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(1118 palavras, desculpa gente....)
Eai? O que vocês acham que vai rolar? Será que a Alice vai morrer também? O que será que tá rolando? Gostaram? Kkk, tenho certeza que estão querendo me matar rsss.
Comentem por favor. Tá tenso...
Bjú!
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Patricinha do Morro ( Vol.2 )
РазноеAlice, agora com dezesseis anos, já jurou matar Felipe e Thiago, sem perdoar Heitor também. Vingativa, procura atingir seus objetivos à qualquer custo, mais marrenta do que a própria Bianca, desafia a mãe e todos os outros, menos seu pai, por quem t...