O louco

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Na praça, o alarde.

O louco, entre uma palavra tola e outra, vocifera:
- Onde está o riso?

Aquele que brota daquilo que se esconde entre quatro paredes.

Apenas silêncio.
Movediço, silêncio.

Ainda mais inquieto, grita o louco:
- Onde está a alegria?

Sinal da vitoriosa e bela natureza.

Toda a gente tontea.
Nos rostos, o peso dos dias.

Ainda um pouco mais, lamenta o alienado:
-Pobre povo sofrido, tão pouco são seus dias.

Triste sina de maldizer, nas entrelinhas da ausência, a vida e sua riqueza.

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