Pequena morte

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Guardo no armário o que olhos alheios não devem ver,

seus pulsos atados, pernas arqueadas,

meus grunhidos guturais vomitados, frutos de açoites e odores,

o espelho que reflete minha cara lambuzada, contornandos suas pernas,

a pele peluda fustigando a fímbria bainha dos lençois encharcados.

O solo cheio de migalhas e cera suja, velas gastas, as nádegas emergindo do fundo,

olhos dilatados, pálpebras imergindo, inconsciente treva.

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