Do barro trago aquilo que aguardava silente:
a mais pura vontade de criatura,
a sede infinita, na secura nossa de amar a água implícita: amor sem conta.
No sono e no sonho, entre céu e terra,
sentimos o espetáculo do mundo, o ser amoroso,
feito de mar, memória e primitivas chuvas,
quando em sinal de beleza fora do tempo,
fomos testemunhas, desatentas, do mais profundo instinto de existir.
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Vida Interior
PoetryA poesia, ato criativo, o ato da vida, ato sexual arquetípico. Cuidado com as palavras. Apesar da aparente fragilidade, elas são armas poderosas. Das criações humanas, talvez seja a palavra a que carrega sobre si o peso maior de nossas ambiguidades...