Criatura

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Do barro trago aquilo que aguardava silente:

a mais pura vontade de criatura,

a sede infinita, na secura nossa de amar a água implícita: amor sem conta.

No sono e no sonho, entre céu e terra,

sentimos o espetáculo do mundo, o ser amoroso,

feito de mar, memória e primitivas chuvas,

quando em sinal de beleza fora do tempo,

fomos testemunhas, desatentas, do mais profundo instinto de existir.

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