As vezes na chuva noturna, há um silêncio que acabrunha as idéias.Como perdigueiro farejo o ar a procura daquele poema escondido.
Qual coelho matreiro os versos entram toca a dentro, e ai aguardam, quietos.
Os sons e imagens se esgueiram, ganham paragens estranhas.
Me acomodo a margem das páginas brancas de meu caderno, adormeço,
nos sonhos despertos cores vivas se alinham, e trazem dos campos abertos o poema travesso.
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Vida Interior
PoetryA poesia, ato criativo, o ato da vida, ato sexual arquetípico. Cuidado com as palavras. Apesar da aparente fragilidade, elas são armas poderosas. Das criações humanas, talvez seja a palavra a que carrega sobre si o peso maior de nossas ambiguidades...