meu céu

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o céu que encontrei não é iluminado por luzes estelares,

há apenas penumbra densa que a tudo acizenta, e lua escondida entre nuvens estreitas.

minha abóbada celeste margeia rios perdidos,
na aurora de tempos incontáveis,

nela, deuses transfigurados criam imagens indeléveis,
donde brotam meus medos inconfessáveis.

no meu firmamento, tudo é estranhamente pessoal,
nele dialogo com seres que habitam meu imaginário,

como um útero fertilizado, onde o ser é germinado,
aí tudo é transformado.

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