Jogos de um sonho

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No cume do monte, onde brota a fonte,

uma melodia indigente desce entre ausentes...

Suave, resiliente, o vento cresce entre paragens,

vai despindo flores, potencializando sementes.

Meus olhos cerrados estão inquietos no sonho insistente,

que fecunda milhares de sinapses num terreno cinzento.

Não há dia ou noite, apenas uma sombra cortinada sobre um palco mal desenhado.

A costura do tecido se esgarça,

o que simula o real é aviltado:

o monte se desfaz; o vento estanca sob o céu parado do corpo letárgico.

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