Quero a música libertina,aquela arrancada do descompasso,
do estampido, do rosnado, ou mesmo do grito.
Entoar com o batuque o salve,
e mandar chamar lá de dentro o divino.
No gingado de Angola pisar a terra batida por tantos que se foram.
Como é doce o aroma das ervas de meu Pai.
Na pedra que sustenta, no sal que desencanta,
tudo é força que alimenta;
mas é no vento que vem notícias de matas nunca visitadas.
Que venha alegre minha gente,
fazendo ecoar, simplesmente, a força que liberta de todas as cadeias.
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Vida Interior
PoetryA poesia, ato criativo, o ato da vida, ato sexual arquetípico. Cuidado com as palavras. Apesar da aparente fragilidade, elas são armas poderosas. Das criações humanas, talvez seja a palavra a que carrega sobre si o peso maior de nossas ambiguidades...