Carta de um pai

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Filhos, como é doloroso o amor que preenche a alma paterna quando vocês crescem, e aquela criança tão cuidada não existe mais.

Apenas as fotos nas paredes guardam os resquícios daquela meninice querida, quando tudo era simples e pequeno: como as perninhas ligeiras dos primeiros passos.

Aí, tudo se acomodava num abraço forte e suave, e nos gratuitos gestos de carinho.

Mas derrepente os espaços se abrem para vocês, e num silêncio intranquilo observamos os primeiros passos de um jovem sedento de vida.

Nesse momento, entre dores de um novo parto, as mãos de um pai se elevam, e invocam a benção sobre aquele que parte numa nova jornada.

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