Folião

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Quero a fantasia, o adereço, ser mestre sala junto à porta estandarte.

Quero a rua congestionada: repleta de odores libidinosos

Quero um céu em brasas, corpos transpirando:

inundando os becos de suores festeiros.

Se não for possível, me de sossego junto ao peito de minha negra amada.

Contento-me com as batidas aceleradas de seu coração folião,

com a cadência rítmica de sua respiração.

Assim, desfilar na terça entre a multidão de nossos desejos urgentes,

e na quarta de cinza repousar despidos, silentes.

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