De profundis

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A superfície não é suficiente, aí tudo é estéril,

grãos escassos que não germinam,

apenas dia a dia, o vozerio interminável da vegetação rasteira,

suores intranquilos.

Quero o que está guardado, o não cultivado,

o som das águas de chuvas que nunca caíram,

a floresta móvel, porque o verdadeiro sábio não repousa,

observando o solstício,

e a escrita das paredes, recheadas de sinais ancestrais.

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