Quantas mulheres amadas em espelhos, atrás de pupilas...Desejos avivados entre unhas e sombras...
Frutos prematuros esborrachando no chão,
que enfeitiçam como um grande peixe vermelho.
Sacodem a cabeça, misturam braços, bocas e sexos em carícias de intenso carmesim.
Um cego querendo enlaces no meio da praça, buscando dirimir o irrefreável...
Um mero corpo inflamado no ar, em invisível correnteza,
vivendo de carne furtada, qual fera acuada.
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Vida Interior
PoetryA poesia, ato criativo, o ato da vida, ato sexual arquetípico. Cuidado com as palavras. Apesar da aparente fragilidade, elas são armas poderosas. Das criações humanas, talvez seja a palavra a que carrega sobre si o peso maior de nossas ambiguidades...