Confissão

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Quando tudo e silêncio, me condenso,

me torno memória, medos, desejos;

mas, acima de tudo, presença.

Sob a força da gravidade
desço ao centro de minha matéria estanque,

imagens fortuitas brincam com o instante:

debulham-no, como a uma cebola, em partes;

o que resta e essa sensação amorfa do não-vivido,

das entrelinhas não preenchidas.

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