Vida nova

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Para onde foge minha alma, quando se ausenta?

Naqueles estranhos momentos, em que o corpo-casca, parece ceder ao insustentavel vazio.

Velhos sabios falam do deserto da alma, ou da noite escura.

Eu sinto sua fuga pela estrada estranha, para longe de toda Verdade: presa as sombras da parede.

Mas, eis que, de uma sarca que nao se consome, uma voz ecoa; junto com a luz vem a Palavra:

- Vem para fora.

Me torno barro, humus fertil. Novo sopro invade minhas narinas, e anima meus ossos descarnados.

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