12° capítulo

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12 - Quero falar tudo!

10:00 da manhã...

O despertador do celular apitava incessantemente fazendo Jake por as mãos ao ouvidos, enquanto dormia no sofá e Kate no outro.

— Kate! — disse  levantando-se e cutucando a mulher. — Acorda. Hoje o dia vai ser corrido.

Kate se remexia no sofá. Não havia dormido direito, a tempos não tirava um bom sono.

— Que horas são? —  perguntou se espreguiçando.

— Hora de você levantar, tomar um belo de um banho e procurar o doutor Clark. — a mulher respira pesadamente.

— Não posso adiar isso, não é?

— Não. — respondeu Jake apenas de calção encostado na porta do banheiro. — De hoje não passa. Você ira procura-lo e contara tudo o que sabe, eu estarei com você.

Kate não pode deixar de reparar no abdômen bem torneado do homem. Quando mais novo não tinha todos aqueles músculos. O cabelo negro bagunçado mostrando que havia acabado de acordar e seus olhos cinzas ainda sonolentos. Era um homem lindo. Afastou rapidamente os pensamentos do passado que ainda estava vivo em seu coração e pegou o celular que se encontrava na mesa de centro a sua frente.

— Jake! — gritou para que o homem dentro do banheiro pudesse lhe ouvir.  — Vamos ligar hoje para central de telefonia, não vamos? — Jake abriu a porta com apenas uma toalha amarrada a cintura.

— Claro que sim. — disse passando a mão nos cabelos. — E também terminar de ler o seu diário. — Kate suspira fundo. — Sei que é difícil, mas não pode deixar isso passar, eu não preciso saber o que estar escrito, mas...  — fez uma breve pausa. — Se eu soubesse poderia ajudar melhor e sem falar que tenho certeza que nesse suposto diário tem dicas de onde o James está. Ninguém some assim do nada sem deixar rastros.

Kate absorve atenta cada palavra dita.

— Eu sei, eu sei. Mas e se ele estiver morto?

— Então saberemos. — disse Jake — Acredito em você, vamos conseguir. — deu um meio sorriso a mulher a sua frente. — Ligue para ele.

— Agora? —  perguntou ainda não querendo fazer tal ato.

— Sim Kate, agora.

Pegou o celular e digitou o número de Clark que estava salvo em seu celular.

Pegou o celular e digitou o número de Clark que estava salvo em seu celular

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Brandon Clark olhava para a mulher ao seu lado da cama totalmente desnuda. Uma mulher jovem demais para a sua idade. O que ele estaria fazendo afinal?

—  Mandy, você precisa ir. Preciso ir para o consultório. — beijou o braço da mesma ao seu lado. —  E ainda preciso ligar para uma paciente minha que tem me dado bastante trabalho.  — disse bufando.

— Você não se cansa? —  perguntou Mandy com o lençol cobrindo os seios.

— Não canso do quê?  — perguntou  arqueando uma sobrancelha em desconfiança.

— Ah, sei lá. — exclamou mordendo o lábio. —  De cuidar dessas pessoas doidas.

— Não são pessoas doidas Mandy. — o homem revira os olhos.  — São meus pacientes, pessoas com problemas e amo meu trabalho.

— Tudo bem, não estar mais aqui quem falou. —  levantou um dos ombros como quem não quer nada.

— Obrigada. Não fique chateada querida, são apenas meus pacientes. — puxou a mulher pelo braço cravando um cheiro em seu pescoço.

— Você tem paciente especiais e não gosto disso. — exclamou desconfortável. — Me sinto apenas mais uma.

— Não seja infantil Mandy.  — o homem disse um pouco bruscamente. — Não tenho pacientes especiais, apenas uma.

— Qual? —  perguntou enciumada fazendo o homem revirar os olhos mais uma vez. — Se não quiser falar, tudo bem. — seu tom era infantil, quase piedoso.

— É a Kate, Kate Sulivan. Ela tem vários problemas, coitada. Tenho um afeto especial por ela...

— Legal, Kate Sulivan, é?  — perguntou pensativa, esse nome não me é estranho.

— Você não a conhece Mandy, ela nem nunca teve ninguém. Que tal parar com esse assunto? Não posso dizer nada a mais sobre ela.

— Para mim tanto faz. — disse ressentida. — Vou tomar um banho e ir para casa.

Clark respirava fundo com o ciúmes da mulher que nem sua namorada era. Apenas um caso como qualquer outro. Vestiu uma calça de algodão e um sobretudo preto, penteou os cabelos que já contia mexas brancas causadas pelo tempo e pegou o celular em seu bolso.

— Vamos logo, Mandy! Estou atrasado. — disse olhando o relógio em seu pulso. Quando seu celular tocou mostrando o número de Kate na tela.

Saiu do quarto fechando a porta de leve e foi até seu escritório.

—  Kate? — disse  em voz baixa.

— Doutor Clark...  — respondeu a voz sem jeito do outro lado da linha. — Eu... bom, preciso falar com o senhor, quero falar tudo!

Clark ouviu a voz de um homem a encorajando.

— Claro Kate! — disse com um sorriso no rosto, mesmo que a mulher não pudesse ver. — Quer me encontrar agora, em minha casa?

—  Sim, pode ser.  — disse Kate.

— Então estou te esperando. Te enviarei minha localização por email. Até breve! — desligou o celular ainda com o sorriso no rosto. — Mandy! Sai logo dai, vou ter visitas. — gritou entrando no quarto enquanto a mulher se vestia.

— Não se preocupe Clark, já estou indo. — saiu pisando firme no chão de madeira do quarto. — Não me procure mais! — bateu a porta com tamanha força que por um momento o quarto pareceu tremer.

— Tudo bem Mandy, você que sabe.

Clark sentou na cama passando a mão pelos cabelos em um resultado cansado. Mal esperava a hora de Kate chegar em sua casa. Mal esperava...

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