Kate Sulivan é uma jovem de 22 anos que teve sua vida virada dos pés a cabeça após o assasinato do seus pais e o suposto sumiço do irmão mais velho, o que resultou em viver sozinha na casa á qual tudo aconteceu. Kate acaba desenvolvendo uma consequ...
O despertador do celular apitava incessantemente fazendo Jake por as mãos ao ouvidos, enquanto dormia no sofá e Kate no outro.
— Kate! — disse levantando-se e cutucando a mulher. — Acorda. Hoje o dia vai ser corrido.
Kate se remexia no sofá. Não havia dormido direito, a tempos não tirava um bom sono.
— Que horas são? — perguntou se espreguiçando.
— Hora de você levantar, tomar um belo de um banho e procurar o doutor Clark. — a mulher respira pesadamente.
— Não posso adiar isso, não é?
— Não. — respondeu Jake apenas de calção encostado na porta do banheiro. — De hoje não passa. Você ira procura-lo e contara tudo o que sabe, eu estarei com você.
Kate não pode deixar de reparar no abdômen bem torneado do homem. Quando mais novo não tinha todos aqueles músculos. O cabelo negro bagunçado mostrando que havia acabado de acordar e seus olhos cinzas ainda sonolentos. Era um homem lindo. Afastou rapidamente os pensamentos do passado que ainda estava vivo em seu coração e pegou o celular que se encontrava na mesa de centro a sua frente.
— Jake! — gritou para que o homem dentro do banheiro pudesse lhe ouvir. — Vamos ligar hoje para central de telefonia, não vamos? — Jake abriu a porta com apenas uma toalha amarrada a cintura.
— Claro que sim. — disse passando a mão nos cabelos. — E também terminar de ler o seu diário. — Kate suspira fundo. — Sei que é difícil, mas não pode deixar isso passar, eu não preciso saber o que estar escrito, mas... — fez uma breve pausa. — Se eu soubesse poderia ajudar melhor e sem falar que tenho certeza que nesse suposto diário tem dicas de onde o James está. Ninguém some assim do nada sem deixar rastros.
Kate absorve atenta cada palavra dita.
— Eu sei, eu sei. Mas e se ele estiver morto?
— Então saberemos. — disse Jake — Acredito em você, vamos conseguir. — deu um meio sorriso a mulher a sua frente. — Ligue para ele.
— Agora? — perguntou ainda não querendo fazer tal ato.
— Sim Kate, agora.
Pegou o celular e digitou o número de Clark que estava salvo em seu celular.
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Brandon Clark olhava para a mulher ao seu lado da cama totalmente desnuda. Uma mulher jovem demais para a sua idade. O que ele estaria fazendo afinal?
— Mandy, você precisa ir. Preciso ir para o consultório. — beijou o braço da mesma ao seu lado. — E ainda preciso ligar para uma paciente minha que tem me dado bastante trabalho. — disse bufando.
— Você não se cansa? — perguntou Mandy com o lençol cobrindo os seios.
— Não canso do quê? — perguntou arqueando uma sobrancelha em desconfiança.
— Ah, sei lá. — exclamou mordendo o lábio. — De cuidar dessas pessoas doidas.
— Não são pessoas doidas Mandy. — o homem revira os olhos. — São meus pacientes, pessoas com problemas e amo meu trabalho.
— Tudo bem, não estar mais aqui quem falou. — levantou um dos ombros como quem não quer nada.
— Obrigada. Não fique chateada querida, são apenas meus pacientes. — puxou a mulher pelo braço cravando um cheiro em seu pescoço.
— Você tem paciente especiais e não gosto disso. — exclamou desconfortável. — Me sinto apenas mais uma.
— Não seja infantil Mandy. — o homem disse um pouco bruscamente. — Não tenho pacientes especiais, apenas uma.
— Qual? — perguntou enciumada fazendo o homem revirar os olhos mais uma vez. — Se não quiser falar, tudo bem. — seu tom era infantil, quase piedoso.
— É a Kate, Kate Sulivan. Ela tem vários problemas, coitada. Tenho um afeto especial por ela...
— Legal, Kate Sulivan, é? — perguntou pensativa, esse nome não me é estranho.
— Você não a conhece Mandy, ela nem nunca teve ninguém. Que tal parar com esse assunto? Não posso dizer nada a mais sobre ela.
— Para mim tanto faz. — disse ressentida. — Vou tomar um banho e ir para casa.
Clark respirava fundo com o ciúmes da mulher que nem sua namorada era. Apenas um caso como qualquer outro. Vestiu uma calça de algodão e um sobretudo preto, penteou os cabelos que já contia mexas brancas causadas pelo tempo e pegou o celular em seu bolso.
— Vamos logo, Mandy! Estou atrasado. — disse olhando o relógio em seu pulso. Quando seu celular tocou mostrando o número de Kate na tela.
Saiu do quarto fechando a porta de leve e foi até seu escritório.
— Kate? — disse em voz baixa.
— Doutor Clark... — respondeu a voz sem jeito do outro lado da linha. — Eu... bom, preciso falar com o senhor, quero falar tudo!
Clark ouviu a voz de um homem a encorajando.
— Claro Kate! — disse com um sorriso no rosto, mesmo que a mulher não pudesse ver. — Quer me encontrar agora, em minha casa?
— Sim, pode ser. — disse Kate.
— Então estou te esperando. Te enviarei minha localização por email. Até breve! — desligou o celular ainda com o sorriso no rosto. — Mandy! Sai logo dai, vou ter visitas. — gritou entrando no quarto enquanto a mulher se vestia.
— Não se preocupe Clark, já estou indo. — saiu pisando firme no chão de madeira do quarto. — Não me procure mais! — bateu a porta com tamanha força que por um momento o quarto pareceu tremer.
— Tudo bem Mandy, você que sabe.
Clark sentou na cama passando a mão pelos cabelos em um resultado cansado. Mal esperava a hora de Kate chegar em sua casa. Mal esperava...