13° Capítulo

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13 - O que faz aqui?

Kate entrava no carro de Jake se sentindo extremamente nervosa. Estava disposta a contar tudo, tiraria um peso de suas costas e graças ao apoio dele.

— Não precisa ficar assim. — disse Jake concentrado na pista a sua frente. — Vai dar tudo certo. Estou com você. — Kate sorriu sem jeito.

Olhava pela janela do carro a rua movimentada. Mulheres bem vestidas indo para seus empregos, crianças sorrindo.  O tempo estava parcialmente nublado, do jeito que gostava.

Depois de algum tempo chegam ao local marcado.

— Chegamos. — exclamou Jake abrindo a porta do carro. — Nossa... Não esperava uma casa assim. — disse admirado. 

— Caramba! — exclamou Kate — Isso não é uma casa e sim uma mansão. — olhou a casa enorme a sua frente de dois andares, com azulejos bem desenhados deixando a casa parecer mais antiga do que deveria aparentar. Olhou o jardim ao lado da casa, cercado por flores amarelas que Kate deduzio serem girassois. — É tão linda...

— Sim, até de mais para um psicólogo.   

— Ele não é só psicologo. — disse Kate por fim. — Vamos logo antes que eu perca a coragem.— subiram os poucos degraus que davam até  a porta de madeira maciça e tocaram a campainha.

— Kate! — exclamou Clark assim que abriu a porta. — Fico tão feliz em vê-la tomar uma atitude. — olhou para ela e em seguida para o homem a seu lado.

— Prazer, sou o Jake. —falou com um sorriso nervoso estendendo a mão.

— Prazer Jake, seja muito bem - vindo. — disse Clark apertando a mão do homem com firmeza. — Entrem, entrem.  

Adentraram a casa e perceberam que por dentro era mais bonita que por fora. Um longo sofá vermelho ocupava a grande sala, que em sua frente continha uma lareira moderna e uma mesa de centro de vidro.

— Vamos, sentem-se — convidou Clark apontando o sofá para se sentarem. — Gostariam de alguma coisa? Uma café, um chá...

— Ah, não. Obrigada. — respondeu Kate sem graça. Toda aquela riqueza em forma de casa a deixava sem jeito. — Bom... — falou olhando para Jake. — Eu resolvi falar porque talvez o senhor possa me dizer o que devo fazer... O Jake me ajudou muito, sabe... 

— Esse é o cara que te deixou anos atrás? — perguntou Clark deixando Jake desconfortável.

— Sim, sou eu. Não vou embora, estou aqui para ajuda-la. — disse Jake com firmeza. — Além do mais, eu que fiz ela vir aqui falar com o senhor, já que parecia que você não ligava muito para ela estar aqui.

— Jake! — exclamou Kate de olhos arregalados. — Não fale assim. — Clark não mostrou surpresa, continuava com o mais belo sorriso no rosto.

— Eu lhe entendo. — começou olhando para Jake. — Mas Kate não é uma criança, é uma mulher madura que tem direito as suas próprias escolhas, não sou seu pai para obriga-la a vim até mim. Estive sempre aqui e ainda estou, esse é meu trabalho. Fico feliz por ter a feito tomar essa decisão, só quero o melhor para ela desde o começo. — finalizou ainda sorrindo enquanto Kate mostrava certa vermelhidão no rosto.

— Eu sei doutor Clark, me desculpe pelo Jake... — disse o fitando. — Bom, será que podemos começar? 

O clima estava tenso e Kate percebeu isso, não entendeu o porquê da grosseria de Jake, não havia necessidade para aquela cena desagradável.

— Claro... — respondeu Clark. — Vamos para o escritório, é melhor para você poder desabafar.

— Não! — exclamou Kate fazendo o homem erguer uma sobrancelha. — Aqui estar bom, prefiro, porquê me sinto mais normal... — Jake apertava a sua mão em sinal de proteção.

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