14° capitulo

501 82 32
                                    

14 - Sumiu!

Jake andava de um lado para o outro na casa de Kate, o acontecimento das horas anteriores fervilhava em sua mente.

— Eu odeio aquela vagabunda! — gritava.

O nervosismo que Kate mostrava era explicito, toda aquela confusão ainda não fazia sentido.

— Jake, por favor... Se acalme. — disse em um tom calmo. — Não sei o que ta acontecendo direito, mas por favor... Se acalme.

Jake respirava fundo, passou a mão nos cabelos e se sentou no sofá a sua frente.

— Me desculpa... Eu não deveria ter gritado com você daquele jeito, nada disso é sua culpa. Só não acho que seja um simples mal entendido.

Levantou-se do sofá e foi em direção a mulher a sua frente, a abraçou com força sentindo o cheiro do perfume suave que exibia o corpo de Kate.

— Não tem problema. Estamos todos um par de nervos. — disse aceitando o abraço do homem.

— Estamos tão cansados... Precisamos acabar com isso logo.

— Sim, precisamos. — disse Jake se afastando e pegando o telefone sem fio em cima do sofá. — Pegue o diário, vamos ler tudo agora e ligar para o sistema de telefonia.

A palidez começava a ser exibida no rosto de Kate, o medo e a insegurança era evidente.

— Estar bem... — disse em voz baixa. — Irei pegar o diário lá em cima, deixo sempre embaixo da cama.

— Enquanto isso irei ligar e achar respostas.

— E se não der certo...? — perguntou Kate entrelaçando uma mão na outra. — E se a gente estiver se metendo em uma enrrascada?

— Ou você acaba com o medo ou ele acaba com você. — e com essa frase final, Kate subiu em busca do diário.

 — e com essa frase final, Kate subiu em busca do diário

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

— Isso não vai acontecer novamente... — dizia Clark com o celular em mãos. — Eu sei... Eu sei, eu quase ferro com tudo, me desculpe... — fez uma pausa dramática. Obrigada por me dá mais uma chance... Estar bem... Tchau.

Desligou o celular o jogando em cima da cama. Passou a mão nos cabelos em tons preto e branco em sinal de cansaço. Abriu a grande janela de quarto que tinha como visão panorâmica o jardim cercado de flores. Olhou como o jardim era belo mesmo sem os cuidados devidos, toda aquela visão o fazia esquecer de quem era por um instante. Amava seu trabalho exercido a anos, mas os estresse e o cansaço já o consumia a um bom tempo.

Pegou uma foto amassada que se encontrava no bolso da sua calça social e a olhou atentamente. Queria ter a certeza de que estava fazendo a coisa certa, de que era aquilo mesmo que ele queria. Nunca se sentiu tão em dúvida olhando a foto que segurava em suas mãos.

 Nunca se sentiu tão em dúvida olhando a foto que segurava em suas mãos

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

— Alô. — disse Jake a mulher que havia o atendido. — Eu quero o endereço de um número que ligaram para a residência de uma... Da minha casa. — Era um número desconhecido... Ah, sim, sim... Não, não tenho inimigos... Bom, eu sei que trotes são comuns... — respondia cada pergunta tentando manter a calma. — Por favor minha senhora, é muito importante! Eu posso estar correndo risco de vida... Não, não quero chamar a polícia... Eu poderia falar com seu chefe ou sei lá quem acima de você? Tudo bem, eu aguardo...— Respirou fundo diante de toda aquela enrolação, sabia que não era a culpa da mulher, mas mesmo assim queria respostas. Ouviu por uns cinco minutos uma musica irritante do outro lado da linha até ouvir uma voz grossa o trazendo de volta a ligação. — Eu só queria saber a localização de onde ligaram, apenas isso. Por favor senhor, é muito importante para mim. Pode ser minha... — fez uma pausa pensando no que iria dizer. — Pode ser a minha irmã, ela sofre de perda de memoria recente igual a Dory daquele filme... Sim, ela é bem complicada, não a vejo a alguns dias... Ah, sim, claro. Muito obrigada! — falou em um suspiro pegando uma caneta para anotar o tal endereço. — Ah, certeza que é deste lugar? — perguntou confuso, bom, claro. Obrigada, irei achar sim...

Desligou o telefone ainda confuso com o local em que o homem havia dito e se perguntou porquê Kate demorava tanto para pegar o diário. Subiu as escadas e ouviu o barulho de algo sendo jogado no chão. Adentrou o quarto da mulher e viu tudo jogado de um lado para o outro como se tivesse passado um furação no lugar.

— Sumiu! — gritou Kate em total desespero. — sumiu, sumiu, sumiu Jake! — levantou mais uma vez o colchão.

— An? Como assim? — perguntou confuso.

— O diário, não está mais aqui. — disse com a respiração falha. — Estava aqui, bem aqui! — apontou para a cama.

— Kate... — disse Jake com calma... — Acho que esse não é o maior dos nossos problemas... — A mulher o olhou com um ar interrogativo. — Conseguir descobri da onde é o número de quem ligou.

— Como assim esse não é um dos nossos maiores problemas? — perguntou indignada. — Alguém entrou na minha casa e roubou algo que é meu! E da onde é o lugar? Anda, diz logo! Está me deixando nervosa! — disse colocando uma mexa de cabelo atrás da orelha que caia em seus olhos.

— Foi do Texas.

A confusão era mostrada no rosto de Kate. Pingos de suor se formavam em sua têmpora e o nervoso deixava suas mãos trêmulas.

— Texas... Atlanta... — repetiu pensativa. — Minha tia Amelia é do Texas

Jake a olhou como se fosse algo óbvio demais.

— Então ótimo. Arruma suas malas, vamos para o Texas!

DesesperadaOnde histórias criam vida. Descubra agora