Kate Sulivan é uma jovem de 22 anos cuja vida foi virada de cabeça para baixo após o assassinato de seus pais e o suposto desaparecimento do seu irmão mais velho. Isso resultou em ela viver sozinha na casa onde tudo aconteceu. Kate desenvolveu uma s...
Jake acordava cansado, não havia conseguido nada no dia anterior, quem ele estava tentando enganar?! Ele não arranjaria um emprego, ele não esqueceria seu passado e o de Kate mantendo seu tempo ocupado. Sua falta de coragem o havia atrapalhando por longos anos. As vezes parecia mais jovem que o irmão. Queria Kate de novo, queria te-la de novo...
Saiu de casa as 08:40 preparado para mais um encontro. Ele não podia desistir na primeira tentativa, ele não seria mais um fracote, ele não queria isso. Tomou uma dose de bebida a caminho da casa de Kate achando que o álcool lhe daria mais coragem e foi o que aconteceu. Chegou na porta da mulher, suado e com um olhar cansado, parecia que havia corrido uma maratona. Tocou a campainha diversas vezes e mais uma vez parecia não haver ninguém em casa. Gritou o nome da mulher e nada.
— Se o senhor está procurando pela Kate, ela não está. — disse a vizinha Sidney saindo de sua casa.
— Que susto! — exclamou estranhando o aparecimento da mulher. — Você passa o dia inteiro olhando a vida dos outros?
— Mais respeito com os mais velhos, garoto! — disse a senhora apontando o dedo em sua direção.
— Ei, eu conheço a senhora...
— Deve está me confundindo com alguém. — disse a mulher sem graça.
— Não! A senhora mora aqui a anos e deve me conhecer também... Você vivia conversando com os pais da Kate, não era?
A mulher ficou claramente nervosa, seus olhos verdes pareciam que ia saltar da sua face.
— Eu já disse que você está me confundindo! Nunca tive relação com essa família louca, entendeu? Nunca!
A mulher entrou batendo a porta com força, fazendo um vaso de plantas cair do pequeno muro da casa.
— Que louca... — Jake murmurava a si mesmo.
Ele conhecia aquela mulher, sabia que ela e os pais de Kate viviam conversando.
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Kate havia saído de casa as 6:00, havia marcado com o doutor Clark. O medo lhe atingia. Ainda não acreditara que tinha um transtorno. Ela sempre foi uma criança normal, seu único problema era a família conturbada. Enquanto ia para o encontro de Clark, Kate carregava consigo o diário, ainda não havia lido mais páginas. Primeiro procuraria ajuda, mesmo que a curiosidade estivesse lhe corroendo por dentro. Durante a manhã sentiu a mesma vontade de se machucar, ela não estava sendo tão forte como prometera a si mesma.
Chegou no consultório quê havia marcado um dia antes e esperou na sala de espera o homem chama-la. Batia seus pés no chão impacientemente, roía suas unhas como se fosse ajudar a passar o tempo.