6° Capítulo

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6 - Sobre o passado.

8:00 P.M

Jake acordava cansado, não havia conseguido nada no dia anterior, quem ele estava tentando enganar?! Ele não arranjaria um emprego, ele não esqueceria seu passado e o de Kate mantendo seu tempo ocupado. Sua falta de coragem o havia atrapalhando por longos anos. As vezes parecia mais jovem que o irmão. Queria Kate de novo, queria te-la de novo...

Saiu de casa as 08:40 preparado para mais um encontro. Ele não podia desistir na primeira tentativa, ele não seria mais um fracote, ele não queria isso. Tomou uma dose de bebida a caminho da casa de Kate achando que o álcool lhe daria mais coragem e foi o que aconteceu. Chegou na porta da mulher, suado e com um olhar cansado, parecia que havia corrido uma maratona.
Tocou a campainha diversas vezes e mais uma vez parecia não haver ninguém em casa. Gritou o nome da mulher e nada.

— Se o senhor está procurando pela Kate, ela não está. — disse a vizinha Sidney saindo de sua casa.

— Que susto! — exclamou estranhando o aparecimento da mulher. — Você passa o dia inteiro olhando a vida dos outros?

— Mais respeito com os mais velhos, garoto! — disse a senhora apontando o dedo em sua direção.

— Ei, eu conheço a senhora...

—  Deve está me confundindo com alguém. —  disse a mulher sem graça.

— Não! A senhora mora aqui a anos e deve me conhecer também... Você vivia conversando com os pais da Kate, não era?

A mulher ficou claramente nervosa, seus olhos verdes pareciam que ia saltar da sua face.

— Eu já disse que você está me confundindo! Nunca tive relação com essa família louca, entendeu? Nunca!

A mulher entrou batendo a porta com força, fazendo um vaso de plantas cair do pequeno muro da casa.

— Que louca... — Jake murmurava a si mesmo. 

Ele conhecia aquela mulher, sabia que ela e os pais de Kate viviam conversando.

Ele conhecia aquela mulher, sabia que ela e os pais de Kate viviam conversando

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Kate havia saído de casa as 6:00, havia marcado com o doutor Clark. O medo lhe atingia. Ainda não acreditara que tinha um transtorno. Ela sempre foi uma criança normal, seu único problema era a família conturbada. Enquanto ia para o encontro de Clark, Kate carregava consigo o diário, ainda não havia lido mais páginas. Primeiro procuraria ajuda, mesmo que a curiosidade estivesse lhe corroendo por dentro. Durante a manhã sentiu a mesma vontade de se machucar, ela não estava sendo tão forte como prometera a si mesma.

Chegou no consultório quê havia marcado um dia antes e esperou na sala de espera o homem chama-la. Batia seus pés no chão impacientemente, roía suas unhas como se fosse ajudar a passar o tempo.

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