Quase matei um semideus

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#Camilly.

Já estou ficando preocupada, não achei Kauã em lugar algum. Já rodeei o acampamento todo e nada dele, onde esse loirinho se meteu? Agora estou nos bosques, fazendo nada, apenas sentada em baixo de uma árvore tomando um pouco de folego, é cansativo caçar esse guri. O lugar estava lindo, vento fresco, o céu cheio de nuvens como eu gosto, e o silêncio, só ficou ruim quando vim um Peter Pan loiro pousando na minha frente á uns três metros.

-Oi sardinha, a quanto tempo nos te via por aqui -ele sorri, nossa que falsidade.

-Oi filho de borboleta, não esperava te ver aqui, e nem queria -cruzo os braços.

-Ah Camilly, não me diga que tem ódio de mim, o que te fiz? -diz ele colocado a mão nos bolsos da calça, seu sorriso fingido não me engana.

-Só o fato de você existir já me tira do sério, agora vai caçar sua namoradinha e me deixa em paz -falo e ele ri, o encarei friamente.

-Não precisa dizer mais nada, já sei por que tem tanto ódio de Piper, tudo porque ela é minha namorada. Vai Camilly, confesse que você é caidinha por mim -ele se aproxima, me levanto rapidamente.

-Qual é o seu problema garoto? E ainda por cima é convencido -falo furiosa- Eu nunca gostei de você e nunca vou gostar! Seu loiro cretino -cerro os punhos.

-Ah, só precisava saber disso mesmo. Agora posso começar meu trabalho -diz ele que logo vira um soco na minha cara, cai no chão com o rosto latejando. Não sabia que esse garoto era tão forte, mas também pude ver ele segurando a mão e gemendo de dor. Me levanto rapidamente, a dor ia passando aos poucos.

-Quebrou a patinha, é? -falo diante dele que bufou, e agarrou minhas pernas me jogando novamente ao chão, dessa vez minha cabeça foi muito forte no chão- Jason, qual o seu problema cara? Me solta! -chutei a cara dele que me soltou rapidinho, sai gatinhando mas ele puxou meu pé e me arrastou pra perto dele.

-Vou te levar pra ela, coopera por favor -ele me agarra fortemente, e prende minhas mãos pra trás como se eu fosse uma ladra.

-Me levar pra quem? Me solta seu pervertido -piso em seu pé, e ele da um grito doloroso me soltando rapidamente. Aquilo doeu até em mim, me afastei dele, realmente aquilo estava me assustando.

-Camilly, tua vida é tão incrível. Eu quero ser bem mais que um filho de Júpiter, quero ser um imortal. Eu era famoso nesse acampamento, eu era idolatrado por todos, o mais poderoso, ai de repente quatro pirralhos aparecem para estragar minha vida, e todos eles sobrenaturais. Todo mundo começa achar você e sua irmã as fodonas, ai eu me pergunto, e eu? Eu salvei o mundo, salvei o olimpo, eu mereço adoração eterna! E agora, com a sua morte eu vou ter tudo o que eu quero -Ele se endireita, ergue a mão pra cima e o céu se escurece, um raio quase cai em mim caso eu não desse um passo pra trás.

-Aff, mas um doido por poder. Olha Jason, eu não pedi pra ser assim, alias eu nem pedi pra nascer. E para de ser burro garoto, um imortal nem sempre é imortal, alguns morrem. Já até sei quem te pediu pra me matar, aquela vadia da Cathia, mas bem. Você não vai conseguir me matar caso eu te mate primeiro - estalo os dedos- Pode vim loirinho.

Peguei meu anel e já o acionei também. Jason esta muito estranho, ele realmente tem a intensão de me matar. Seus sentimentos confundiam a minha cabeça, chegava até doer um pouco. Recuei-me em alguns passos, segurei firme a minha espada. Eu não posso mata-lo, mas também não posso morrer. Ele correu até mim, até que o romano é rápido, sua espada vinha em rumo a minha garganta, me abaixei rolando para o lado, minhas garras começaram a crescer, porém me concentrei para não fazer burrada.

-Você quer achar ela, não quer? –diz ele se virando pra mim, seu olhar estava fixado em mim, apenas em mim- Então me deixe leva-la, você tem o que quer e eu também.

-Jason, não sei se aprendeu isso, mas vingança é um prato que se come fria. Não estou com tanta pressa – ajeito minha blusa tirando a poeira dela- Eu posso te dar um poder sobrenatural –minto- Você não precisa tentar me raptar, eu posso te transformar, com apenas uma mordida.

-Você esta louca, eu não quero ser um vira-lata gigantesco –protesta indignado.

-Argh, não somos vira-latas... Olha, eu já to com raiva, não me provoque garoto –faço com que minha espada vire um anel e o coloco no dedo, quero ver se esse garoto aguenta na força, é lógico que não.

-Ah é, então são o que? Pulguentos? –ele ri, cerrei os punhos- Vocês ao menos são vacinados? Não to a fim de pegar raiva ou alguma doença que vocês possam transmitir.

Fechei os olhos, eu só conseguia pensar em... Morte, sangue... O que esta acontecendo comigo? Cambaleei para o lado, porém consegui me apoiar numa árvore. Tudo escuro, tudo estranho. Minha vontade é... de matar... Argh... Me vejo despencar no chão. Minha visão envermelhada, meu coração batendo a mil, respiração ofegante, audição aguçada... Tudo me irritando.

-AAAHHHH AAAHHH AAAHHH!!!! –aqueles gritos eram distantes, de um garoto, logo em seguida ouvi algo se quebrando – AAAHHH AAAHHH AAAHHH.

-CAMILLY PARA! –abro os olhos aponto de ver um Percy correndo na minha direção, ele estava mais baixo, ou eu havia crescido. Até que de repente minha consciência volta, e me vejo como um lobo gigantesco com a perna de Jason Grace na minha boca. Percy puxou com força os pelos da minha nuca, doeu, mas me fez soltar o garoto quase desacordado.

Annabeth também estava ali e veio correndo ajudar Jason, Percy estava parado na minha frente com a espada nas mãos, sua expressão era séria. Ingrid e Kauã também estavam ali, deu pra sentir suas emoções, vejo Kauã ajudar uma garota caída ao chão, e era uma loirinha que eu conhecia, Janne. Ingrid me olhava com um sorriso satisfeito no rosto, porém seu olhar transmitia certa preocupação com minha ação, mas eu não lembro o que aconteceu. Me vi encarando Jason mortalmente, como se eu não tivesse terminado o que tinha feito, senti que meu objetivo era vê-lo morto, e não respirando ainda. Uma mão balançava freneticamente na minha frente, olhei pra baixo ainda bufando de raiva e vejo minha baixinha preferida, Ingrid estava séria agora, seu rosto não transmitia emoção alguma. Aquele movimento me fez sentir-me zonza, meu corpo começou a balançar conforme o ritmo da mão dela, até que ela a inclinou demais me fazendo deitar no chão. Meu corpo ficou mais leve, eu era uma garota novamente.

-Menina, o que foi aquilo? –diz ela de braços cruzados. Percy já não estava mas ali, mas ajudava Jason a se levantar.

-Vamos conversar... –murmura Percy saindo do local junto há Annabeth e Jason, provavelmente vão para a enfermaria. Não me importei, levei as mãos no rosto e continuei deitada no chão.

-O que foi que eu fiz?-pergunto quase como num sussurro.

-Além de tentar matar um romano, nada demais- responde Ingrid sorrindo- To orgulhosa...

-O que?! Eu quase matei um garoto e você diz que esta orgulhosa?! –sento no chão rapidamente.

-Olha aqui, acho que eu nunca vi você atacar alguém assim, tipo ter tanto desejo de sangue. R pra falara verdade ele bem que merecia depois daquelas provocações, não acha? –ela me estende a mão, a seguro me levantando- Sei que teve motivos pra fazer aquilo, e você vai me contar.

-Camilly... –Janne se aproxima, em seu braço pude ver um pouco de sangue escorrer.

-Ah não, Janne eu... Eu fiz isso com você? Desculpa, desculpa mesmo, eu não... –digo mas ela me interrompe.

-Calma, foi Jason. Tentei apartar a briga, porém ele me jogou pra longe contra o chão –ela faz uma careta de dor ao se mexer- Ai, nada que ambrosia não resolva... Mas eu preciso saber o que aconteceu?

-Também estou preocupado, você nunca ágil assim, não que eu saiba – diz Kauã ao meu lado.

The Vampire. Lubyts- 2ª TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora