Paulo em perigo

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#Erik.

De tanto ninar Ramila em meus braços a pequena acabou pegando no sono. Camilly não voltou mais da hora que foi ver o Kauã, espero que não tenha acontecido nada com ela. 

" Erik... Me ajuda! Por favor... "

Olhei de um lado para outro, tudo normal. Ramila dormia tranquilamente em meus braços, que estranho. Aquela voz parecia a de... Paulo!? Ele não pode... Ai chega, cade ele? Preciso ir atrás dele. Me levanto, ajeitei Ramila no colo e corri até o quarto de Camilly, se é que ainda é dela, sorte a porta estar aberta, deitei a pequenina na cama. Ela se mexeu um pouco mais não chegou a acordar. Camilly deve desconfiar que ela estará aqui, sai do quarto com velocidade.

-Ai Paulo. Como vou te encontrar criatura? -murmuro a mim mesmo, percebi o quanto estou preocupado com esse estrupício de garoto.

#Paulo.

Meu corpo dói muito, e minha vida agora esta nas mãos de um loirinha estupida. Estou caído no chão, com uma garota por cima de mim, com uma faca no meu pescoço, rodeado de tramazeira, e rodeado de uns dez caçadores com grandes armas miradas na minha cabeça. O que eu fiz? NADA. Por que eu mano? Espero que Erik tenha ouvido meu pedido de socorro. Se você não entendeu, vamos voltar lá atrás.

Alguns minutos antes:

-Carai, finalmente consegui fugir dessa porra de clã, e ainda vivo. Ah muleque, sou foda! -dou um pulinho de alegria. Os esquilos que subiam nas arvores se encolheram entre as folhas- Ah, vai com calma animalzinho. Não precisa ter medo de mim, não mato animais pequenos e indefesos...

-Mas eu mato... -me viro rapidamente para trás, e bem na hora vi uma garota loira jogando um pó para o alto. Quando aquilo ia tocando o chão me veio ta cabeça.

-Tramazeira... -sai correndo, mas era tarde. Bati com tudo naquela barreira. Só se viu Paulinho voando contra a outra parede e depois pro chão- Ah... Acho que quebrei um braço... -digo tentando erguer meu corpo, quando sinto um pé nas minhas costas me forçar contra o chão- Argh, virei tapete por um acaso? -protesto, olho pra cima com um pouco de dificuldade e vejo a maledita loirinha pisando em mim.

-Ora, ora, o que temos aqui? Um vampiro, que olhos vermelhos lindos  -ela da um sorriso sedutor. Quanta falsidade, cruzes.

-Paulo Lima, O vampiro, agora tira tu pé de mi costas -me levanto com brutalidade quase a jogando no chão, ajeitei minha camisa e estralei o pescoço, me virei para a garota que rapidamente me aponta uma faca na garganta- Opa.

-Bem, Paulo. Você vai me fazer um grande favor... -ela da um passo atrás me soltando, com a mão direita ela estala os dedos.

-Mas num vou mesmo, da pra me soltar. Não te devo nada! -grito. Acho que até me encolhi quando vim uns dez caçadores ao redor da tramazeira, todos com armas apontadas pra mim- Agora pegou pesado... O que quer? Ai eu penso no seu caso -encaro a loirinha que sorria.

-Quero que me morda -diz ela sem o menor problema.

-Humm. Já pensei, e não, não vou te morder -chego perto dela e coloca minhas duas mãos em seus ombros, ela queria recuar mas exitou- GAROTA QUAL O SEU PROBLEMA? NÃO ESTRAGUE SUA VIDA...

-Ai não, já ouvi muito isso -ela se afasta, e gira a faca nos dedos- Você vai me transformar.

-Não mesmo.

-Vai sim...

-Não.

-Paulo...

-Nem vem -lhe dou as costas fazendo birra, cruzo os braços.

Sinto ela passar o braço na minha garganta, e me joga com força no chão. Quando vou revidar já me vejo no chão com ela prendendo minhas pernas com as suas, ela coloca o pulso em minha boca.

-Vai, Morde! -grita ela. Nego com a cabeça. Com a outra mão ela vira um tapa na minha cara, ardeu pra caralho. Eu nunca achei que fosse bater em mulher, mas agora, vou rufar a cara dessa puta. Me segura!

The Vampire. Lubyts- 2ª TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora