Desculpe a demora Gente!!! Sorry

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 ERIK

 ***

 1924.

 Duas crianças completamente diferentes, dois amigos leais. Erik era o sério, o garoto mais frio do clã, bem parecido com o pai. Paulo, o divertido, simpático com todos. Os meninos estavam sentados na cama do quarto de Erik, apenas trocando olhares.

 - Erik, vamos brincar? -o pequeno Paulo se arrisca a perguntar.

 - De quê? -responde Erik estrelando os dedos. 

- De pega-pega? -sugeriu com um sorriso no rosto, o loirinho dos olhos claros realmente estava empolgado. 

- Não vai ter graça, sou mais rápido que você - Erik olha para a janela do quarto, admirava seriamente a escuridão da noite - Afinal, brincar é coisa de criança. 

 - Falou o adulto - o loiro cruza os braços - Você tem apenas vinte e quatro anos, não exagera.

 - Bem, já é um bocado - responde o moreno sorrindo - Não vejo a hora de chegar nos cinquenta e ir explorar o mundo, sair desse clã de uma vez só. 

 - Você quer crescer? -Paulo se levantou da cama, e foi para perto da janela.

- Lógico. Sair daqui logo, meu sonho. Deixar tudo, e começar a viver de verdade - o moreno se exalta. 

 - Hum... Entendo - Paulo ameaça pular da janela - Afinal, já está ficando tarde. E Bryan pode chegar a qualquer hora. 

- Ata... Tchau então -Erik se jogou na própria cama e ficou com um travesseiro sobre o rosto.

 Erik logo após notar a saída do amigo, se sentiu só novamente solitário, não se incomodava com isso, mas hoje estava diferente. O porta é aberta com violência, e Bryan apareceu super nervoso.

 - ERIK, O QUE VOCÊ FEZ? -grita ele se aproximando do menino que ficou extremamente assustado - VOCÊ SABE QUE NÃO É PRA FAZER SUAS TRAQUINAGENS! 

 - A culpa não foi minha, eu... Eu... Eu estava apenas brincando com o Paulo - gagueja o menino.

 - EU JÁ FALEI PRA SE AFASTAR DESSE GAROTO. VOCÊ NÃO NASCEU ONTEM, SABE QUE NÃO DEVE SE COMPORTAR ASSIM... 

- Não grita... Não grita... - Erik balançava a cabeça freneticamente com as mãos sobre a mesma. 

Bryan percebendo o olhar horrorizado no garoto, resolveu abaixar o tom de voz, mas isso não significava parará de dar a bronca. Respirou fundo e continuou.

 - Erik... O que os vampiros irão pensar de você? De nossa família? Sou o líder de tudo isso e depois será você... Você não sabe o quanto Lyn está decepcionada - Bryan estava de cara amarrada, encarava o filho mortalmente. 

 - Desculpa... Eu não faço de novo, eu juro - Erik segurava lágrimas, porém algumas escapavam. Bryan segurou envolta do rosto do menino e apertou, fazendo com que Erik sentisse muita dor.

 - NÃO CHORA! UM FILHO MEU NÃO CHORA - grita ele para o filho - SE EU TE VER DERRAMAR MAIS UMA LÁGRIMA SE QUER, TERÁ CONSEQUÊNCIAS DRÁSTICAS. UM LÍDER NÃO PODE SER FRACO - Bryan solta o menino com força no chão - Seja igual seu irmão, Allan sim merece ser meu herdeiro. 

Bryan se virou para sair do quarto, Erik enxugou as lágrimas com as mangas compridas da camisa, ficou sentado no chão com um olhar horrorizado. Uma raiva surgiu dentro do pequeno, era sempre comparado com o irmão mais novo, e era sempre o pior. Bryan olhou para o garoto e disse:

The Vampire. Lubyts- 2ª TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora