The Vampire. Lubyts- 2ª Temporada

Conhecendo Ramilla

Thalles.

Percy já havia ido, pois a mãe precisava dele. Gostei de conhecê-lo. Andando pela alcatéia Ingrid se aproxima de mim. Ela não me olha nos olhos, o motivo não sei, ela também não falava muito comigo, era misteriosa. Não sei se ela realmente gosta de mim, ou se só me atura por aturar.

-Ham... Thalles, quero que conheça uma pessoa - diz ela de frente comigo.

-Opa, mais um irmão? - questiono sorrindo.

-Não... - ela arqueia a sobrancelha confusa - Irmã. Agora venha!

Pela primeira vez a vejo se transformar em uma leoa, linda, os pelos dourados, forte. Me transformo em lobo, confesso que fiquei meio desajeitado.

Corremos pela floresta, o chão estava puro barro por conta da recente chuva. Depois de alguns minutos correndo, chegamos num lugar onde parece ser um acampamento.

Já na entrada ficamos na forma humana novamente, vários garotos sem camisa e suados de aproximaram de nós. Todos tinham cheiro de cachorro molhado.

-Ingrid - um dos garotos da um passo a frente e cumprimenta com um balançar de cabeça.

-Caio - ela se aproxima. Olha ao redor coo se procurasse alguém - Ramilla, onde ela está?

-Com Julia, uma garota Nova que chegou- responde ele - Estão no quarto.

Ingrid assenti, e saímos andando rumo aos quartos. Chegamos no quarto da garota, Ingrid segura a massaneta.

-Ela é apenas uma garotinha - diz Ingrid olhando para mim - Ela não sabe de nada, está aqui por segurança. Cuidado com o que irá falar.

E assim ela abre a porta. Adentramos o local, vejo uma menininha sentada na cama brincando com bonecas, uma garota um pouco maior brincava com ela.

-Olá... - minha voz falha quando meus olhos se encontram com os da menininha.

Os lindos cabelos na pequena me chamaram atenção, são de um tom de chocolate brilhante, um rosto fofo demais, seus olhos castanhos transmitiam inocência. Me aproximo em passos lentos. A garotinha percebeu minha aproximação e correu até Ingrid.

-Olá Ramilla... - Ingrid se abaixa para falar o com ela.

-Oi - sua voz é tão fofa quanto o rosto - Quem é ele?

-Um amigo. Ele veio conhecer você - Ingrid se levanta.

Ramilla se vira pra mim e vem ao meu encontro. Me ajoelho em sua frente. Ela sorri pra mim.

-Você tem mechas azuis igual os da minha irmã - Ramilla ri.

-Oh, é. Você gosta? - pergunto sorrindo. Ela concorda.

Os tempo foi passamos, eu já havia conquistado a amizade da pequena. Ramilla me mostrou todos os seus ursos e bonecas, não eram poucos. Brincamos bastante, foi gratificante passar a tarde com ela. Me deito no chão recuperando o fôlego, Milla sobre em meu peito e fica pulando.

-Taly vamos, você não pode cansar agora - ela ri.

-Morri - mostro língua e fico estirado no chão. Ambos começamos a rir.

Ouço um uivo distante, me levanto imediatamente, deixo Milla parada ao meu lado. Ela continuava rindo. Ingrid abre a porta do quarto, sua expressão já dizia tudo.

-Vamos! - murmura ela. Concordo com a cabeça.

-Você tem mesmo que ir? - Ramilla segura minha camisa.

-Sinto muito, pequena - digo. Ela abraça minhas pernas o com força - Eu volto pra continuarmos a brincar.

-Vou ficar esperando... - ela me solta.

Saio junto a Ingrid, juntos começamos a correr para a saída do acampamento. Olhei para trás enquanto corria, Ramilla estava na porta do quarto me olhando.

-Ela é irmã de Camilly, de consideração, mas ela cuidou dessa garotinha como se fosse uma filha, quando podia ficar perto - diz Ingrid sem desviar o olhar do caminho.

Agora eu entendeu o porquê de eu ter ficado tão fascinado por aquela criança, era Camilly que sentiu falta da irmã.

Ao ficarmos longe o suficiente do acampamento, nos transformamos e seguimos nosso caminho. Ingrid estava muito a frente era difícil visualiza-lá. Ouço um choro de criança, paro de imediato. Viro humano e começo a procurar, não demorou muito para eu achar uma menina sentada aos pés de uma árvore, parecia ter uns cinco anos. Sei corpo possuia cortes fundos, ela chorava desesperada.

-Meus deuses! - a pego no colo - Eu vou ajudar você criança.

Seu coração batia num ritmo anormal. Olho no fundo de seus olhos, pude ver o tom avermelhado tomando conta de tudo. Em seu braço consegui visualizar uma mordida, meu coração acelerou com a preocupação.

Ajeito a menina em meus braços e corro para o acampamento. Em pouco tempo cheguei, coro até a enfermaria. A deito em uma maca. Toco em sua mão, sugando para mim a dor que ela sentia.

Ingrid quase quebra a porta ao entrar, estava séria.

-Sinto um cheiro estranho. O que houve? Está ferido? - pergunta ela se aproximando.  Ingrid logo encarou a criança na maca.

-Eu encontrei ela na floresta, parece que alguém a mordeu....

Ingrid olha fixamente nos olhos da criança. De repente começo a ouvir sons de combustão, como se algo fosse explodir a qualquer momento. Ingrid arregalou os olhos.

-Droga! Se abaixa! - Ingrid se joga encima de mim. Ambos caímos com força no chão.

Nesse exato momento o corpo da pequena garota explode, jorrando ácido por todos os lados. Alguns respingos atingiram meu braço.

-AAAAHHHH! - grito segurando meu braço machucado.

-Você está bem? - Ingrid olha pra mim.

-Argh! Não - minha pele começa a se regenerar aos poucos. Minha mão começa a sangrar.

-Me de sua mão- diz ela, e assim faço. Suas mãos ficaram em chamas, eu quis gritar em pânico, mas ela sabia o que estava fazendo.

Durante alguns segundos ela segurou minha mão, e quando soltou não havia vestígios de nada, nenhuma ferida, meu braço inteiro havia sido curado.

-Incrível... - murmuro admirando minha pele. Ingrid se levanta e começa a observar o local.