Daniel e seus novos dons

29 2 2
                                    

DANIEL


-Desgraçado! – chuto novamente as costelas de Jason caído na minha frente, de punhos cerrados eu gritava freneticamente. Cheguei perto dele e o agarrei pela camisa, armei um soco e soquei sua cara umas duas vezes... Ele não reagia... Bati mais ainda, ate ver seu nariz escorrer um sangue tão vermelho quanto os olhos de um vampiro, o garoto estava ficando quase inconsciente em minhas mãos, até que reparei o que estava acontecendo... Oh não! Ele esta fazendo comigo o mesmo que fez com Camilly, ele esta se fazendo de vitima, olhei á minha volta e praticamente todos os campistas me olhavam assustados – Droga! –murmurei.

-Daniel?! – ouço ao longe a voz surpresa de Percy. Olhei para sua direção e o vi correr até mim com contracorrente em suas mãos, ele vinha com tanta precisão que fiquei com medo de machuca-lo ao tentar para-lo. Soltei Jason no chão e fui me defender.

-Não se intrometa Percy! – grito e ele me ataca, seu golpe cortaria meu pescoço caso eu não desviasse, ele fez um movimento baixo para acertar meus pés, pulei dando um mortal para trás – Percy para! – grito novamente, ele me olhava com tanto ódio, que cheguei a duvidar se tudo aquilo era pra proteger o amigo. Chutei sua espada para o alto, ela foi longe, por mais que tenha feito um corte em meu pé valeu a pena. Contracorrente caiu longe, ele me olhou e estendeu as mãos – Oh não! – ajoelhei-me no chão, deu pra sentir mais intensamente meu sangue percorrer meu corpo, aquilo era doloroso, Percy estava com um olhar demoníaco – PERCY!!!

Vi um feixe de luz e energia vir em minha direção, ao se chocar contra mim, uma energia tremenda percorria meu corpo, meu corpo se chacoalhava freneticamente. Permaneci deitado no chão, pude ver Jason e Percy lado a lado, pelo visto ele realmente não sabe o que aquele filho de Júpiter esta aprontando. Annabeth gritou com o namorado, ela tinha lagrimas nos olhos, ela veio em minha direção preocupada.

-Eu tinha te dito, certas coisas não foram feitas para serem controladas... – disse Annie segurando o soluço. Ela se abaixou ao meu lado, e colocou a cabeça em meu peitoral, ela olhou para mim com os olhos deprimidos – Seu coração esta acelerado, muito acelerado – ela arregala os olhos.

-Sai de perto Annie – falo quase num sussurro, ela queria questionar, mas se levantou e deu alguns passos para trás. Levantei-me meio cambaleando, ela ameaçava me segurar de vez em quando, meu corpo todo estava dolorido, minhas roupas estavam queimadas e de meu cabelo saia pouca fumaça – Eu to estranho... – murmuro.

-Daniel! – ouço um grito, me viro e vejo Janne apoiada em Alice, as duas estavam vindo em minha direção. Recuei alguns passos com dificuldades, meu abdômen parecia pegar fogo. Jason correu até elas, e tocou em Janne como se quisesse ajudar – Sai de perto de mim! – gritou Janne, ela tentava se afastar dele, mas por conta da perna machucada tinha dificuldades.

-VOCÊ! – grito para Jason e aponto para ele – O MEU ASSUNTO COM VOCÊ AINDA NÃO ACABOU... EU AINDA NÃO ACABEI COM VOCÊ.

-MAS EU ACABEI COM VOCÊ – riu ele em triunfo. Ele começou a sair flutuando do chão, estava a dois metros de altura quando sacou à espada, seu rosto ainda estava roxo e inchado – VOCÊ É UM MISERO FILHO DE APOLO, NÃO É TÃO FORTE COMO EU.

-AI QUE VOCÊ SE ENGANA. VOCÊ É CORAJOSO... EU SOU AINDA MAIS, VOCÊ SE ACHA BONITO, EU SOU MARAVILHOSO... VOCÊ SABE VOAR, E EU TAMBÉM – senti minhas costas rasgarem, uma dor infernal me fez gritar a ponto de meio mundo ouvir. As assas que Dor havia me falado, apareceram e eram negras como a noite. Todos ali me olhavam não sei se erra de surpresa ou espanto – E sabe o que eu mais tenho de diferente? – ele veio flutuando em minha direção – Eu sou filho de Apolo, o deus do sol... E se você estudasse, saberia que eu posso ficar invisível – digo me concentrando nos raios solares que em mim tocavam – Eu só preciso desvias os raios solares, e pronto... Ninguém me vê.

-Droga! – praguejou Jason – Isso é injusto, isso é covardia!

-COVARDIA?! – me aproximo dele já extremamente furioso, ele se virava de um lado há outro tentando me achar. Virei um soco forte em seu rosto, que ele quase perdeu a espada – COVARDIA FOI O QUE VOCÊ FEZ COM SUA IRMÃ – virei outro soco em sua face, mais sangue começou a escorrer de seu nariz.

-Dan! Pare, não vale a pena! – gritou Janne lá embaixo. Voltei à forma visível, e quando Jason me viu ficou com um olhar tão mortal quanto eu.

-Achou... – digo e ele vem me atacar, fiquei parado para receber seu golpe com liberdade, vamos dar um susto no povo. Ouvi reações surpresas, abri os olhos e vi a espada atravessada meu abdômen. Despenquei de lá de cima com aquelas enormes assas nas costas, o contato com o solo foi violento. Jason pousou ao meu lado, permaneci com os olhos fechados, a dor era infinita... O semideus se vangloriava, todos em volta estavam completamente assustados.

-Daniel... Não... – ouvi a voz de choro de Alice. Sentei-me normalmente no chão, tirei a poeira da calça tão calmamente, por mais que a dor era grande, aquilo me dava uma força tremenda. Levantei-me deixando algumas penas caídas no solo, limpei a garganta bem atrás de Jason que quase enfartou ao me ver.

-Eu devia ser ator, não acha? – digo com um sorriso falso. Antes que ele pudesse me atacar novamente, segurei na lamina de sua espada e a joguei para longe, minhas mãos estava todas ensanguentadas – Sabe o que eu quero Jason? – ele recuou alguns passos, fui mais rápido e agarrei sua camisa e o ergui á alguns metros do chão – Te matar...

-Mas... Como você não morreu? Era ouro imperial – ele estava horrorizado.

-Acho que você vai precisar bem mais do que ouro imperial para me matar... Posso te contar um segredo? – o segurei com firmeza para não escapar, por mais assustado que ele estivesse não deixava de me encarar com ódio, me aproximei a sussurrei em seu ouvido – Eu sou um demônio agora... – afastei meu rosto. De minhas mãos uma fumaça negra começou a se espalhar envolta de nós dois, eu estava decidido em mata-lo aquele momento, a fumaça começou a invadir sua boca, ele parecia querer gritar mais não conseguia – Vou drenar toda a sua vida, seu desgraçado. Você não precisa dela – o rosto de Jason começou a ficar mais magro e pálido, sua vida estava sendo sugada pela aquela fumaça escura.

-Daniel pare! – ordenou uma voz em minha cabeça, não era a Dor... Parecia, meu pai?! – Você não é assim, você precisa de ajuda.

Soltei Jason no chão com violência... Eu não preciso de ajuda! Eu preciso de liberdade. Não posso matar esse desgraçado, terei problemas sérios com os deuses.

-Digamos que você ira viver vinte anos a menos... – olho para ele aos meus pés – Eu ainda não terminei... – abri as assas e sumi na imensidão do céu.

Drenar a vida dele me ocupou muita energia, não conseguia nem voar direito. Despenquei do céu por falta de forças, aquelas assas pesavam um chumbo, imagine só ter que voar com elas. Cai num pouso violento, em uma floresta que aparentava ser normal, deitado naquele chão preferi descansar ali mesmo. A áurea negra que me rodeava sumia aos poucos, minha respiração estava mais acelerada do que o normal. Nem que Júpiter me mate, mas Jason ainda vai se ver comigo.

"Parabéns Daniel, você é um demônio agora"


The Vampire. Lubyts- 2ª TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora