Paulo se revela

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(Achei a imagem fofinha)

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ERIK

-Nãoooo! Para com isso! –grito. Sinto suas garras saírem de minha nuca, uma dor infernal.

Abri os olhos desesperado, puxei os braços com força fazendo com que as correntes se romperem. Um suor frio escorria no canto de meu rosto, minha pele estava mais fria do que o normal. Ainda me deparei com Paulo parado em minha frente, seus olhos vermelhos estavam reluzentes, ele estava com a expressão bem abatida. Minha respiração estava pesada, minhas presas enormes, sinto a adrenalina percorrendo meu corpo, a vontade de matar veio a tona.

-ERA ISSO QUE VOCÊ QUERIA?! FAZER-ME LEMBRAR DE TUDO ISSO – grito furioso – EU NÃO TIVE CULPA. EU NÃO O MATE! ELE MORREU.

-VOCÊ ACHA MESMO QUE ME IMPORTO COM A MORTE DE ALLAN, ELE MORREU, ACABOU! – diz ele em um tom alto, nunca ouvi gritar desse jeito.

-ENTÃO POR QUE ME MOSTROU ISSO? – digo não tendo a mínima vontade de ficar calmo.

-SÓ UM TROUXA PRA NÃO PERCEBER O QUE ESTA ACONTECENDO... O QUE VOCÊ FEZ COM ALLAN ESTA PRESTES A SE REPETIR, E COM SEUS AMIGOS – responde ele ficando cada vez mais irritado – QUE IDEIA ESTUPIDA É ESSA DE QUERER MATAR OS SEUS AMIGOS? QUAL É O SEU PROBLEMA? VOCÊ ESTA LOUCO? – ele virou um soco em meu rosto, ardeu muito mesmo. Contive a vontade de ataca-lo, virei o rosto para ele que me deu outro soco. Abri a boca para protestar quando ele me interrompeu – CALA BOCA! – ele chuta fortemente minha perna, ouvi os ossos estalarem.

-AAAHHH... DESGRAÇADO – praguejei de dor. Ele virou o rosto de lado, colocou a mão sobre a boca de forma pensativa, estava muito agitado, assim puxou os cabelos com força para trás.

-Achei que você estivesse amadurecido... – diz ele se virando pra mim, estava bem mais calmo, enquanto eu ainda suportava a dor infernal em minha perna – Matar os próprios amigos por inveja... Inveja do que agora? O que eles têm que você não tem? – ele se aproxima de mim, seus cabelos caiam sobre seu rosto o deixando mais medonho ainda – Todos são semideuses, assim como você. Todos são sobrenaturais, assim como você... Me fala, o que te incomoda tanto?

-Tudo me incomoda... – olhei nos olhos dele, bem no fundo a ponto de me ver como reflexo.

-Me fala Erik, o que te incomoda? – ele me olhava com tanta intensidade, que do nada comecei a falar.

-Não suporto ser um inútil, se for pra comparar nossos poderes eu sou o mais fraco. Ingrid controla o fogo, pode fazer varias coisas com isso, Camilly manuseia a água, e Carlos é o filho de Apolo, o cara que pode fazer qualquer coisa com a luz. E eu? Um filho de Ares não tem nada, nenhuma habilidade a mais... Pensei que se eu matasse todos eles eu... Eu me sentiria superior de novo.

-Sério isso? – Paulo cruza os braços e arqueia a sobrancelha.

-Isso o que? – pergunto confuso.

-Todo esse drama por causa de poder – diz ele com desgosto – Não me importo. Mas que fique bem avisado... – ele segura meu pescoço com força – Se você machucar aquela garota, Ingrid, ou qualquer um, você vai se ver comigo – ele me solta violentamente me fazendo socar as costas na grade – Lembra quando éramos mais novos? Que seu pai disse que você teria dois rivais, e um deles você já sabia quem era.

-O que isso tem haver com a história? – pergunto.

-Lembra-se do nome dele? – pergunta ele, e nego com a cabeça – Que bom... Mais saiba que ele esta na cidade, e esta a procura do pai... Se ele souber onde você esta, se considere um Erik morto... Por isso vou te manter aqui, assim poderei te proteger – ele da às costas pra mim, parecia querer falar algo, mas não tinha certeza.

-Eu sei quem ele é... É meu primo, Devon Swan. Ele deve estar caçando Dylan por ai – digo pensativo – Tantos anos se passaram e eu ainda não sei quem é o meu outro rival, o cara que se diz mais forte, mais rápido que eu. Todos do clã sabiam que eu sou o mais rápido dos vampiros, mas disseram que havia outro, e é isso que fiquei curioso agora.

-Vou facilitar o seu trabalho... Eu sei quem é o vampiro superior á você – Paulo cruza os braços.

-Quem? Quando eu por minhas mãos nele, ele vai se arrepender de ter se metido com os Swan... Fala logo quem é o cara! – falo já me irritando.

-Sou eu – ele sorri.

-Você? – questiono.

-E porque não?

-Você é fraco - falo.

-Já ouviu falar que o mais fraco, é o que mais evolui – ele sorri vitorioso, é tão difícil acreditar nisso.

-Então se você realmente é o cara, por que não me matou ainda? –pergunto sem o mínimo de interesse em ouvir mentiras.

-Eu não escolhi isso... O meu dever não é te matar, meu dever é te proteger... Não achei que fosse tão lerdo assim – ele olha pra mim com certa tristeza nos olhos. Explodi com tanto suspense, pra mim as coisas tem que ser na cara.

-POR QUE FAZ ISSO PRA MIM? FALA! TEM MEDO DE QUE? DIZ-ME O PORQUÊ DE SE IMPORTAR TANTO ASSIM COMIGO – grito o provocando – NÃO TEM CORAGEM DE ME DIZER ISSO, VOCÊ É FROXO MESMO.

-Eu faço isso pra te proteger... – ele fica cara a cara comigo, me olhava com ódio intenso – Eu gosto de você, não como amigo... Passei cento e dezesseis anos aqui, esperando que você reparasse em algo, que você notasse a minha preocupação.

-V-você é... ? Gosta de mim...? Eu... – na hora eu travei, porém por poucos segundos. Ele colocou a mão no rosto – Agora está explicado o motivo de você gostar de rosa – sorri.

-Cale a boca... – diz ele constrangido.

-Então quando você disse que queria outra coisa, é que você queria um beijo meu? – ele estava muito envergonhado. Tentei amenizar a situação fazendo graça, mas estou tão surpreso com tudo isso.

-Eu não queria um beijo seu, eu quero – ele inclinou o rosto para frente e me beijou, seus lábios eram frios... Uma sensação estranha tomou conta de mim, eu não sei se o deixo continuar ou se viro o rosto. Aquele beijo surpresa não durou muito tempo, Paulo logo me soltou, fiquei boquiaberto com o que tinha acabado de acontecer.

-Uau... – foi essa minha reação.

-Não se preocupe isso ficara só entre mim e mais ninguém... – ele estende a mão sobre o meu rosto – Não é só o Antony que apaga a memória...

-Mas você não tem o dom da persuasão? –questiono.

-Tem vampiros que recebem mais de um dom – de suas mãos uma fumaça negra saia... – Não vai doer nada.

-O quê?! – digo ao reparar no que ele ia fazer- Não apaga minha memoria não! Temos assuntos a tratar... Você me deve explicações – começo a me debater naquela grade.

-Não... Não lhe devo nada...

The Vampire. Lubyts- 2ª TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora