Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
#Camilly.
Minha cabeça dói muito, meu corpo esta dolorido e mal posso me mexer. Minha vista começa a ganhar foco, quando passei a mão pelo chão assim encontrando apenas areia. O barulho das ondas por perto me acalmavam, porém não o suficiente por não saber onde estou. Ouço um coração bater calmamente, ao menos tem mais gente aqui. Me assusto ao ver uma faca ficar-se na areia bem perto do meu rosto, tão perto que chegou a cortar minha bochecha, me levantei rapidamente assim vindo o arrependimento depois. Dores, dores, somente isso a sentir. Sinto encostar-me a alguém, mas foi como se ela se esquivasse de mim e desabei ao chão.
- Quem é você e o que está fazendo aqui? – diz uma voz masculina, não era familiar a mim. Continuei deitada ao chão e nem ao menos abri meus olhos.
-Estou morrendo de certo... Bem, quase – tentei ser sarcástica mais a situação não era das melhores.
- Ainda bem que você sabe o que vai acontecer... –ouço um estralar de dedos.
-Oh estrupício, quem é você por um acaso? – pergunto tentando imaginar sua face.
- O seu pior pesadelo! –sinto uma mão pesada segurar meu rosto com força, coloquei minha mão por cima tentando tira-lo. Sinto o calor do diamante em meu bolso, maldita hora pra ficar vulnerável, mais ainda.
-Eu poderia ate rir se tivesse forças, mas fazer o que. Garoto eu não tenho medo de você, então vai caçar o que fazer e me deixar morrer em paz – Digo ainda me esforçando para escapar.
-Pois deveria ter medo, você não sabe quem eu sou! – ele me solta me empurrando ao chão.
-AI... E você não sabe quem Eu sou... –tento contrariar.
- Uma idiota que invadiu o território alheio.
-Idiota!? Olha aqui garoto... –me levanto apesar da dor, mas a raiva falou mais alto. Ao abrir os olhos vi uma divindade na minha frente, um belo garoto que mantinha a expressão séria, a brisa balançava seus cabelos escuros, eu podia ficar encarando aqueles olhos que pareciam feitos de gelo, porém ele me chamou de Idiota- Olha aqui pirralho... Eu não vim parar aqui pra ficar te ouvindo me fazer ameaças estupidas, estou com sérios problemas e você acaba de se tornar o mais irritante deles. Então, porque não vai estrangular um coelho e me deixa aqui? –grito furiosa.
-Pirralha aqui é você, tenho mais de dezoito. E você não vai ficar aqui, porque essa praia é minha propriedade! –ele agarra meu pescoço me erguendo a alguns centímetros do chão.
-Não quando se é uma filha do deus do mar! –dou uma joelhada em sua coxa e ele me solta, por falta de força não consegui parar de pé. Ele colocou as mão sobre a perna dolorida e rosnou para mim. Ele tirou uma faca no calcanhar e veio correndo até mim. Aquilo me deu um certo medo de morrer, apesar de eu estar desejando isso a poucos segundos.
Ele estava chegando certo cada vez mais rápido, eu tinha que fazer algo. Já faz tempo que não manuseio a água, mas essa é a única solução razoável. Olhei para o mar a minha esquerda e desejei que me ajudassem, logo uma figura parecida com uma mulher jovem se levantou da água e veio correndo contra aquele garoto, o que me chamou a atenção era que seu corpo todo era 100% água, eu sei que é meio obvio isso, porém ainda é fascinante. Ela segurou no pulso dele quando estava perto a me esfaquear, ele se assustou ao encara-la. Suzi, assim que vou chama-la, sério achei ela tão linda. Ela jogou sua faca para o mar, ele recuou alguns passos admirado com o que via, nas mãos de Suzi surgiu uma lança de água vinda de seu próprio corpo. Me sentei na areia, o sol já estava se pondo e a escuridão tomava conta de tudo. O garoto pegou uma rocha solta na areia e a arremessou com força na direção de Suzi, ela não teve tempo para desviar, me partiu o coração ao ver água caído pelo chão.
-Há há... Sua amiguinha não poderá te ajudar mais, garotinha - diz o garoto andando ate mim novamente. Levantei-me pra tentar uma luta corporal, porém sei que será uma derrota total. Ele parou na minha frente e deu um chute na minha canela.
-AAHHH! DESGRAÇADO - grito caindo sentada no chão. Doeu tudo, além da perna.
-Já chega de brincadeira... –ele arma um soco. Vejo uma mão pousar em seu ombro, e não era a mão de qualquer pessoa e sim a de Suzi. Ela surgiu atrás dele, pelo visto ele não havia percebido nada, ela o agarrou por trás colocando as mãos em sua boca, o garoto se debatia assustado, provavelmente estava se afogando. Já estava de noitezinha, era difícil acompanhar cada movimento deles. O garoto deu uma cotovelada em Suzi, que se desmanchou o malhando todo, ele cuspia aguá demais.
-Que cena mais ridícula! –ouço outra voz, porém bem parecida com a daquele garoto. De repente sinto algo pontudo em minhas costas e logo uma corrente de eletricidade vagar por mim. Me deitei na areia, e vim um garoto igualzinho ao primeiro... Não, espera, eram dois garotos igualzinho a ele, mesmo quase inconsciente um deles ainda pressionou uma arma de choque em minha barriga. O céu cheio de estrela começou a ficar completamente negro, e vazio...
