Ser anjo ou não ser

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DANIEL

Léo e eu chegamos no refeitório, pegamos nossas comidas, ofertamos aos deuses e nos sentamos para comer. Léo se sentou junto a mim na mesa de Apolo.

-Parece perturbado, aconteceu alguma coisa? - questiona ele me observando.

-Enquanto eu dormia, Apolo falou comigo. Me deu algumas dicas para curar Ramilla, mas claro que tinha que ser em enigmas - respondo.

-Oh, e o que ele te falou?

-Que eu era capaz de ajuda la, porém preciso de alguém para me ajudar, alguém que seja o meu oposto.

-Mas, oposto em que sentido? Você é várias coisas, um felino, um semideus, um anjo... Do que ele está se referindo exatamente? - ele parecia mais confuso que eu, mas nem essa dúvida o impedia de devorar o prato de comida em sua frente.

-Eu não sei, mas algo que diz que tem haver com esses demônios que possuíram o pessoal e a mim. Apolo disse algo sobre essa pessoas oposta, exercer um papel na qual eu não consigo mais fazer. Tem que ser alguém com um sangue puro ele disse, pois o meu foi contaminado pelo demônio que habita em mim - digo.

-Então precisamos ir atrás dê...? - questiona Léo, fico em silêncio por não saber a resposta - Ham... Okay. Vamos analisar algumas outras possibilidades, talvez devêssemos tentar usar seus poderes divinos, esse na qual te transformou em anjo.

-Léo, anjos não existem - resmungo.

-Então o que você está fazendo aqui?

-Não sou um anjo! - cerro os punhos - Acho que o par de asas negras nas minhas costas demonstra muito bem isso.

-Pensa comigo. Um demônio é aquela criatura do mal, que só quer ver sangue e fazer as pessoas sofrerem. Você não é assim, você ajuda as pessoas, e a prova disso está aqui, está tentando salvar a vida de uma garotinha - Léo falava  esperançoso - Acho que o que devemos fazer é usar algo de você que represente essa sua divindade.

-Acho que ser um anjo de "consideração", não conta - murmuro. Léo fez cara feia logo em seguida.

-Que falta de fé homem. Não acha que vale a pena tentar todos os recursos que temos para salvar Ramilla? - concordo rapidamente - Então por que não tentar?

-Porque isso só funcionaria caso eu fosse um anjo de verdade!

-Você é um anjo de verdade - Léo falava com a voz firme - O que define um anjo de verdade são asas brancas e auréola na cabeça? - gritou ele exaltado. Alguns semideuses na mesa nos observaram, enquanto outros nos ignoraram.

-Não! - cerro os punhos.

-Então, você é um anjo, você tem caráter. Você tem uma alma bondosa...

-Não! Não tenho uma alma boa, não sou um anjo!  Eu sou Dhaniel, o demônio da dor! - dou um soco na mesa por conta de um surto de raiva, assim a fazendo quebrar. Todos do Pavilhão me olharam, Léo recuou alguns passos.

-Seus olhos... - murmurou ele com uma expressão de medo. Imeditamente olho para meus braços, veias grossas apareciam em minha pele, minhas garras cresciam - Daniel o que está acontecendo? - de repente ele ficou apavorado.

The Vampire. Lubyts- 2ª TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora