#Erik.

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O dia havia amanhecido. Nico estava na enfermaria, e eu tive que ficar aguardando do lado de fora. Sentado no chão abraçando meus próprio joelhos, encostei meu rosto em meus braços, pensando de Nico estaria bem.

Tudo que aconteceu la foi tudo muito estranho. Devon apareceu, Paulo esta revoltado, e ainda disque sou o garoto da profecia. Qual profecia?

Já cansei de reclamar sobre meu pai, nem ligo mais, só porque sou um vampiro ele quer que eu seja um assassino. Sinto muito, não serei o orgulho de meu pai.

Sinto mãos puxarem meus cabelos, contive a raiva e fui olhar quem eu queria tanto matar, la estava Clarisse revoltada ainda agarrada ao meu cabelo, assim me fez levantar bufando de ódio.

-Seu idiota! - ela vira um forte tapa em meu rosto, o estalo foi alto, e a dor quase nenhuma.

-Argh! - contive minhas pressas - O que eu te fiz agora?

-Por sua culpa eles voltaram! - ela me empurra - Agora todo o acampamento esta em perigo por sua culpa! Sem contar que Nico pode morrer!

-Seja la o que for que você esta me acusando, eu não fiz nada! - cerro os punhos.

Ouvi gritos vindo do Pavilhão, vozes de semideuses desesperados, senti cheiro de sangue... E duas vozes que eu jamais queria ouvir nesse momento.

-Melhor aparecer aqui logo, senão mais um semideus será ferido - diz um deles.

-Argh! Já entendi o que aconteceu - saio correndo para o Pavilhão, ouvi os passos de Clarisse atrás de mim.

Chegando no Pavilhão, era realmente o que eu havia imaginado. Os dois estavam ali parado me observando com aqueles olhos ardente de ódio, ambos olharam pra mim.

- Jack, Dhiego - cerrei os punhos.

-Uou, olá Erik - diz Dhiego jogando uma campista no chão, e se tratava de uma garotinha de uns oito anos.

Ela se levantou e veio em minha direção, se escondeu atrás de mim abraçando minhas pernas. Aquele foi o único momento que não me senti o monstro da história, passei a mão nos cabelos cacheados da garotinha.

-Amoleceu o coração? Vampiro inútil - diz Jack com um olhar horripilante.

-O que querem com o acampamento? Não lhe devemos nada! - berrou Clarisse ao meu lado.

-Vocês não, mas ele sim - Jack apontou para mim, Clarisse logo me observou com um olhar de acusação.

-Como eles passaram na barreira? - murmurou a garotinha ao meu lado.

-Oh criança. A barreira já foi envenenada uma vez, mas dessa vez foi apenas um simples feitiço - Dhiego sorriu mostrando as pressas.

-Desgraçado, será que vou ter que matar um de vocês é? - mostro minhas pressas.

-Quero ver conseguir - disseram os dois em uníssono.

Peguei a garotinha no colo. Clarisse ao meu lado há estava armada.

-Clarisse sai daqui! - digo a encarando.

-Não! - retrucou ela.

-Você não vai aguentar... - lhe entreguei a garotinha.

Jack e Dhiego já estavam estralando pescoço e dedos, eles realmente queria brigar. Não me admiro se eles estiverem trabalhando para Cathia.

Jack veio em velocidade me dando um chuta na barriga, fui jogado em direção as mesas do refeitório. A mesa em que caí se rachou no meio. Os gêmeos caminharam em minha direção. Me levanto resmungando de dor.

-Tadinho, Ta fraco - Jack vem se aproximando, assim joga uma das mesas para longe.

-Argh! - cerrei os punhos - Me responde uma coisa, por que obedecem a Cathia? O que ganharão ao me matar?

-O trono de seu pai foi oferecido, acha mesmo que recusariamos todo esse poder? - diz Dhiego com um fraco sorriso.

-A pedra de Sangue?! Mas, somente herdeiros podem usá-lo - digo recuando alguns passos.

-Exatamente. Se não existir mais nenhum Devon, nenhum Dylan e nenhum Erik, não havera herdeiro algum. Assim, pedra ficará livre, e sob a posse de quem pegá-la - Dhiego vem em minha direção pronto para atacar, com rápidos movimentos, desvio o fazendo se chocar contra algumas das mesas do Pavilhão.

Imediatamente fui até Jack, que reagiu, seu golpe não me atingiu. Minhas garras rasgaram sua pele, o sangue de seu braço escorria, ele urrava com a dor. Sinto mãos me puxaram, caí no chão, era Dhiego, que logo veio me batendo. Subiu em mim, e começou com a sequência de socos, segurei suas mãos, mas não foi a suficiente, levei uma cotovelada no rosto assim seguido por um corte feito por garras, parte de minha boca estava ferida, cuspi sangue antes de voltar a atacar.

Minhas mãos por alguns segundos, estavam livres. Enfiei minhas garras nas coxas de Dhiego, pelo grito deu pra saber o quanto havia doido, logo seu sangue começou a sujar suas roupas e até mesmo pingar no chão.

A vontade de matar veio a tona, meu ódio fluindo por todo meu, me deu a certeza de que eu podia não aguentar, eu iria matar um vampiro novamente.

Jack gritando veio ao meu encontro, joguei Dhiego para o lado, me preparando para o ataque de Jack, me ajoelhei e armei minhas garras.
Quando ele chegou perto o suficiente, meu movimento foi rápido, me levantei fazendo um movimento com as mãos semelhantes a de um gancho.

Quando percebi, minhas garras já estavam cravadas no pescoço de Jack, ele cuspia sangue, e estava desesperado por oxigênio.

-ERIK, NÃO! - berrou Dhiego caído no chão.

O ignorei, ali pra mim só estavamos eu e Jack. O olhei nos olhos, ele não desfazia a cara de ódio, por mais que sabia o que ia acontecer, ele não se mostrou arrependido nem se quer um minuto.

-Adeus Jack - com uma das mãos, girei rapidamente sua cabeça, e quando ouvi o barulho de seu pescoço quebrar, só fiz fechar os olhos. Seu corpo amoleceu, o sangue escorreu por todo meu braço, o soltei, e assim seu cadáver desabou no chão.

-Seu desgraçado! - gritou Dhiego, olhei em sua direção, lágrimas tomavam seu rosto.

Vi campistas nos observarem de longe, Leo Valdez se aproximou.

-Leo, poderia...? - mesmo sem deixar que eu terminasse, ele compreendeu, uma bola de chamas foi lançada no corpo de Jack, que imediatamente queimou.

Dhiego gritou mais uma vez, parecia pronto a revidar, quando do alto da colina um rugido o fez parar. Todos os campistas olharam surpreso para o topo da colina, segui os olhares curiosos, e assim encontrei um leão com uma pose toda majestosa, aos poucos seu corpo foi se reduzindo, até que tomou a forma de um rapaz ajoelhado.
O rapaz se levantou, estava de apenas de short. Não pude deixar de abrir a boca, quando notei que o rapaz era Carlos. As palavras de minha boca não saiam, Carlos estava ali, vivo.

-Vocês têm apenas três luas - disse ele sem gritar, talvez, para que somente eu ouvisse. Não demorou muito para ele voltar a ser um leão, e sumir novamente.

Fiquei parado, pois não me parecia certo ir atrás dele, talvez porque eu sabia que não o veria tão cedo. Olhei para trás, Dhiego já havia sumido, e só restará as cinzas de Jack.

-Carlos está... Vivo - murmurei.

The Vampire. Lubyts- 2ª TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora