Em busca do Anjo

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No dia seguinte, Léo e eu acordamos cedo. Logo ele veio ao meu encontro na enfermaria, sua expressão sonolenta e seu cabelo bagunçado chegava a dar graça de olhar.

Após me arrumar, me aproximo de Ramilla e assim depósito um beijo em sua testa.

-Milla, eu vou sair um pouquinho - digo num sussurro. Alice adentrou o local, estava tão sonolenta quanto Léo- Alice, você poderia...?

-Claro, pode ir - Alice sorri, me abraçou rapidamente - Ela ficará segura.

-Vamos Daniel, tempo está passando - chama Léo já saindo do quarto. Rapidamente o segui - Acho melhor pegarmos um Pégaso para irmos mais rápido...

-Que Pégaso o que - agarro seu pulso e juntos levantamos vôo, nos primeiros segundos ele gritou apavorado.

-Se você me deixar cair eu te mato! - gritou ele agarrando firmemente meu pulso. Cai na risada, e assim rapidamente voamos para a alcatéia.

Juliano

Abro os olhos lentamente, a claridade da luz encomodava meus olhos. O dia começava calmo, até os pássaros cantavam, coisa difícil de acontecer por aqui. Passo a mão ao meu lado na cama, e não sinto ninguém, imediatamente me levanto.

-Kauã... - murmuro ainda sonolento. Olho de um lado a outro, o quarto estava vazio e silêncioso - Isso está muito estranho - me direciono até o meio do quarto, minha visão ainda estava embasada por conta do sono, mas senti um negócio estranho embaixo de meus pés, olho para o chão assim encontrando penas brancas espalhadas - Meus deuses!

Por todo o quarto haviam respingos de sangue, marcas de mãos na porta e nas paredes. A porta estava entreaberta, corro para fora imediatamente, a destruição continuava a se espalhar, árvores quebradas ao meio e manchas de sangue para todo o local. Alguns garotos estavam ali, suspresos com o que viam. Bruno chegou ao meu lado, imóvel não consegui ao menos o cumprimentar.

-O sangue é dele - diz ele preocupado. Saio andando rapidamente para a floresta, Bruno me segue e segura meu braço me impedindo de prosseguir - Aonde vai?

-Alguém o levou, então irei atrás dele - respondo sério.

-Mas, como fará isso sozinho?

-Eu não estou sozinho, você vai comigo - me solto. Bruno me observou por alguns segundos.

-Tudo bem... Sobe - ele se transforma. Subo em suas costas, e sem muita enrolação adentramos a mata.

Bruno não corria muito rápido, e chegou um momento em que ele apenas andava em passos lentos. Ele rosnava e olhava ao redor.

-Aconteceu alguma coisa? - questiono preocupado. Ele apenas parou, desço cauteloso, minha mão coçava para pegar a faca em meu calcanhar.

Olho ao redor, tudo muito quieto. De repente Bruno encosta ao meu lado e rosna, os galhos das árvores começaram a se quebrar, e gritos de dores a ecoarem. Próximo a nós, Daniel e Léo despencaram de uma árvore, folhas e penas voaram para todos os lados.

-Argh droga! - Daniel resmunga de dor. Léo se arrasta pelo chão e fazia várias caretas dolorosa.

-Nunca mais vôo com você - Léo se senta, amassageava sua cabeça

-Eu não mandei você ficar brincando, eu disse que ia te soltar se continuasse - Daniel se levanta, parecia mais zonzo que um bêbado.

-Mas, eu não achei que você ia me soltar de verdade!

-Eu não te soltei... Ah cara, escapo - Daniel abriu os olhos e se surpreendeu ao me ver com Bruno, que agora estava como humano - Sabia que ia te achar.

-O que estão fazendo aqui? Parece até coincidência termos nos encontrado - Léo se aproxima de nós.

-Kauã sumiu, acordei hoje de manhã e ele não estava lá, no quarto havia sangue por todos os lados, sinais de lutas... - respondo.

-Oh, e o que estamos esperando? Vamos atrás dele - Léo sai andando sem destino.

-Volte aqui - ordenou Bruno - Temos um problema, não estou conseguindo acha-lo, o cheio dele some a partir deste ponto. Não faço ideia do que pode ter acontecido ou que o levou.

-A resposta é bem óbvia, não é? Cathia - diz Léo - Afinal ela vive infernizando a vida de vocês.

-Isso já está me tirando do sério, quando essa mulher irá nos deixar em paz? - cerro os punhos.

-Só quando conseguir matar cada um de nós - murmura Daniel.

-Okay, seja lá o que fizeram com Kauã, temos que ir atrás dele agora, pode ser que esteja ferido ou em apuros - diz Bruno.

-E acho melhor vocês irem logo, Kauã precisa muito de ajuda - ouvimos uma voz de uma mulher. Rapidamente nos viramos e encontramos Helena nos observando. Daniel rosnou e tentou ataca-la, mas aquilo era só uma imagem feita pela névoa.

-O que fez com ele? - grito revoltado.

-É só um pequeno aviso, um susto na verdade. Mas acho melhor o procurarem imediatamente, antes que ele se afogue no fundo do oceano - Helena ri se sentindo vitoriosa - Cathia está vindo, se preparem!

-DESGRAÇADA! - imediatamente pego uma pedra do chão e arremesso na imagem, a névoa se desfez e o silêncio pairou no ar.

-Daniel vá atrás de Thalles, ele pode nos ajudar a localizar Kauã se realmente estiver no mar - ordenou Bruno. Daniel rapidamente obedeceu e levantou vôo - Léo e Juliano, subam! Vamos voltar para a alcatéia, podemos ter deixado alguma pista passar.

The Vampire. Lubyts- 2ª TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora