Paulo e seu ataque de ciume

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#Erik.

Senti o cheiro do sangue dele á quilômetros dali, ao tocar no solo era como se eu tivesse sua localização perfeita. Corri com velocidade extrema, acho que nunca estive tão rápido em toda a minha vida. Não posso deixa-lo sozinho, de novo não. Já cometi esse erro uma vez e não quero comete-lo de novo. Chego a um lugar desconhecido por mim, um lugar da floresta que nunca explorei, olhei ao redor e nada, os pássaros não cantavam e nem aquele som típico de floresta eu não consegui ouvir.

-Hhhhmm... Ai caramba, não to sentindo nada...

-Paulo? Onde você esta? –falo alto, e um silêncio total permaneceu- Paulo! Por favor, responde.

-Só agora você aparece Erik, obrigado pela consideração... –responde.

-Eu estou aqui, eu vim... Paulo, eu não sou tão bom rastreador... –falo andando de vagar seguindo o som de sua voz.

-Mas que bela desculpa, eu sei que você estava com ela. Da pra sentir o cheiro de cachorro vindo da sua roupa - diz ele indignado. Com apenas alguns passos acabei achando ele caído aos pés de uma árvore, suas roupas estavam rasgadas, seu corpo coberto do próprio sangue. Corri até ele, seu corpo estava mais frio do que o normal – Não toca em mim... Ta doendo...

-Calma... Eu vou te ajudar –me aproximo mais para pega-lo no colo.

-Não... Erik, eu não sou mais criança pra fazer isso. Eu sei andar sozinho –ele se move e com esforço consegue se sentar no chão. Olhei para o lado e vi duas flechas jogadas no chão. O ajudei a se levantar, porém ele ficou cambaleando, mais uma vez tentei segura-lo mas ele me impediu- Não... Eu consigo... – e assim ele desaba no chão. Finalmente o consegui pega-lo no colo, eu não acredito que vacilei de novo.

-Vou te levar pra minha casa...

Na mata sai correndo com ele nos braços, pulando por cima de rochas, desviando de arvores, e assim consegui chegar em uma casa velha e abandonada, onde eu passo meu tempo. Adentrei o local, os moveis ainda continuavam ali, porém estavam velhos e empoeirados.O sofá estava limpo devido minhas visitas anteriores, deitei Paulo ali com cuidado, ele realmente estava apagado. Fiquei sentado no outro sofá á sua frente, levei as mãos no rosto me perguntando o que havia acontecido com esse garoto. Meia hora se passou e já fiquei louco de preocupação, seu corpo ainda tinha características de que ele ainda estava vivo. De repente ele se levanta, me afastei desesperadamente a ponto de virar o sofá pra trás e cair junto, me levantei do chão em segundos.

-Paulo! Você esta bem? –pergunto me aproximando dele.

-Eu não falei que não era pra tocar em mim. Pra onde você me trouxe? –fala ele num tom revoltado- Por que não me deixou la pra morrer? Já que não se importa mais comigo –ele cruza os braços. Revirei os olhos e suspirei.

-Eu não vou te deixar, de novo não. Perdão por aquela vez. MAS VOCÊ SABIA, SABIA QUE EU TINHA QUE FAZER AQUILO – desvio o olhar dele, eu realmente estou arrependido pelo que fiz.

-MAS VOCÊ TINHA JURADO VOLTAR... ACHEI QUE NÃO SE ESQUECERIA DE MIM –grita ele revoltado.

-EU VOLTEI PAULO, E NUNCA TE ESQUECI... EU VOLTEI PRA SER SEU AMIGO, MAS VOCÊ JÁ ESTAVA COM OUTRO MELHOR AMIGO –me levanto daquele sofá, e chuto com força o outro que estava caído, que se chocou contra a parede com força.

The Vampire. Lubyts- 2ª TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora