Conversa com Apolo

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Daniel


Eu realmente não sei oque fazer. Como vou falar com Apolo? Nem sei o primeiro passo a dar, talvez eu devesse pedir ajuda a alguns de meus irmãos daqui, eles devem saber como fazer isso.

Imediatamente me dirijo até o chalé de Apolo, ali haviam alguns semideuses, logo reconheci uma garota baixinha dos cabelos curtos.

-Alice... - digo surpreso ao vê-la. Ela imediatamente se virou para mim, seus olhos ganharam um brilho diferente.

-Niel!? - ela se jogou em minha direção, agarrou se em meu pescoço- Eu senti sua falta.

Alice é uma das minhas irmãs daqui do acampamento na qual passei um bom tempo junto, após sair daqui perdi contato com ela. 

-Por onde andou? Sumiu daqui- murmurou ela ainda me abraçando. Acaricio seus cabelos.

-Eu tive alguns problemas, sinto muito não ter voltado - respondo. Ela se soltou um pouco para olhar em meus olhos, lágrimas escorriam em sua face, as enxugo rapidamente- Olha, não precisa ficar assim...

-Alice, eu preciso de uma ajuda sua - digo mudando de assunto- Preciso falar com Apolo, mas não faço ideia de como fazer isso.

-Oh! - ela ficou pensativa. Percebi que não tinha medo, ao contrário de outros semideuses que me olhavam com receio - Geralmente é difícil ter um contato com ele... Mas tente chama-lo, vá para um lugar calmo e o chame, talvez ele fale com você.

-Okay... - respondo confuso - Daqui a pouco nos falamos mais, eu realmente preciso falar com Apolo.

Alice sorriu, pude sentir que ela me entendia. Me dirijo até a colina mais calma, onde eu podia ver Atena Partanos com um brilho extraordinário. Me sento na grama, olho de um lado a outro, muito confuso, Apolo não apareceria com apenas um chamado, a não ser que eu fosse um bom filho. Respiro fundo, minhas mãos tremiam, sei lá ainda é estranho pra mim pensar em ficar na presença de um deus.

-Apolo, sou eu seu filho Daniel... Eu preciso de ajuda pra salvar a vida de uma garotinha, eu não sei como fazer pra ajudá-la. Eu te peço que me ajude, por favor... - digo tenso. Não ouvi nada além da brisa bater nas folhas das árvore. Suspiro - Apolo... Pai?

Abaixo a cabeça, decepcionado. Não consegui uma resposta, após ficar sentado esperando durante dez minutos ou mais, desço a colina e volto para a enfermaria. Lá Léo e Alice me esperavam ansiosos, ao me verem já logo vieram falar comigo.

-Alice me contou. E como foi com seu pai? - Léo estava ansioso.

-Como você já deve ter passado por isso, é horrível precisar de ajuda e ninguém te ouvir - suspiro.

-Te entendo... Vamos tentar achar outro jeito de conseguir essa resposta - Léo se senta em uma cadeira próxima e fica quieto, realmente pensativo.

-Ah Niel. O pai deve estar ocupado com as coisas dele, deve vir te ver mais tarde - Alice caricia meu rosto, me viro para o lado, estou bem chateado.

-Duvido que ele venha. Afinal os deuses só precisam dos filhos pra resolver os próprios problemas - suspiro.

Alice tenta tocar minhas costas, me afasto brutalmente. A partir do momento em que virei demônio, as minhas asas são o ponto mais delicado que tenho, como se fosse um ponto fraco. É desconfortável sentir elas sendo tocadas.

The Vampire. Lubyts- 2ª TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora