Erik e Nico se encontram

26 2 0
                                    

ERIK

***

-Você não pode fazer isso... É meu filho – Ouvia-se uma voz doce, a voz de Lynda.

-Você não pode dar a luz a essa criança. Ele é perigoso, não vou deixar uma aberração dessa nascer! – berrou o homem em sua frente. Um cara estranho, cabelos negros em que a luz lunar se refletia em prateado, ele era alto e parecia um militar, a cicatriz em seu rosto o deixava com cara de assassino.

-Essa aberração é o seu próprio filho! – disse Lynda já ficando assustada. Ela era uma vampira diferente, não desejava sangue humano, só queria viver entre eles e ter uma vida como a deles.

-Foi um erro ter me apaixonado por você. Eu nunca deveria ter deixado o Olimpo por sua causa! – o homem já muito furioso pisa forte o chão – Me deixe logo matar essa criança, será melhor para todos os mundos.

-Não! Você não vai matar meu filho – Lynda corre com alta velocidade. Estava grávida de um menino, uma aberração, como o pai da criança dizia. Ela estava com medo, medo de morrer e de perder o primeiro filho, não se importava se o pequeno fruto de seu sangue seria um monstro ou algo pior, ela só queria saber como era ser mãe.

O maior erro de sua vida não foi ter ficado gravida, mas sim, ter se apaixonado por um deus, o deus da guerra. Ares nunca a deixaria dar a luz á àquela criança, se é que seria assim. Tinha medo de Bryan descobrir que foi traído. Depois daquela discussão, Ares voltou varias vezes até que a criança nasceu, não era um monstro como todos esperavam, era um bebe normal, de pele mais morena, olhos vermelhos e cabelos negros. Erik nasceu em 18 de fevereiro de 1916, o semideus filho de Ares mais forte que já existiu. Erik Swan uma espécie de vampiro, humano, e semideus. O menino foi crescendo com o passar das décadas, teve um irmão chamado Allan, coisas drásticas aconteceram em sua vida, a morte de seu irmão, e também o fato de nunca ter conhecido o próprio pai, e depois a morte da mãe e de Bryan... Ele mudou muito, era um assassino da própria espécie antes de conhecer seus amigos, Carlos e ele se conheceram quando eram pequenos... Acho que por causa da nevoa, Carlos sempre acreditou que no dia que se conheceram Erik tinha apenas oito anos. Ingrid, uma garota fofa, a menina que ele não tinha vontade de fazer nenhum mal, alegre, porém fria quando se é necessário, uma amiga pra toda vida. E Camilly, a segunda loba por quem ele já se apaixonara.

***

-Abra os olhos! Vamos Erik... Eu tenho que tirar você daqui... – ouço um murmuro distante. Minha consciência voltava aos poucos, uma sonolência tomava conta de todo o meu corpo – Perdão, mas vou ter que fazer isso...

-Fazer o que... ? –pergunto com voz de quem esta com sono. Sinto uma mão se chocar contra meu rosto, uma mão leve, que fez o maior estalo. Abri os olhos rosnando, quando a mesma mão, que me bateu, tampou minha boca.

Vi Nico com os olhos assustados, parecia aterrorizado. Minhas presas fizeram um corte em sua mão quando ele tampou minha boca, dava pra sentir um sangue doce escorrer em meus lábios. Aquilo era viciante, um sangue que eu nunca havia provado antes, eu queria mais, bem mais. Minha vontade naquele momento era de me jogar na direção dele, mas me contive para não ficar louco. Nico estava como sempre, camisa preta, calça jeans escura e tênis, sua pele era tão pálida como a de um vampiro, seus olhos tão negros como os cabelos... Mas o que aquele garoto estaria fazendo aqui?

-Não diga nada... Vou te tirar daqui – diz ele cortando aquelas correntes com sua espada, as correntes parceiam papel sendo cortado, sempre quis saber do que ela é feita, pois é escura também. Na hora de tirar as correntes que seguravam minhas mãos, foi engraçado vê-lo ficar nas pontas dos pés, ele ficou bem perto de mim, o que me deu algo desconfortante, sua áurea era realmente bem sombria – Você não pode ficar aqui, tem uma profecia por vir... E você e seus amigos estão nela...

-Como veio até aqui? – pergunto já com as mãos livres, Nico se afastou enquanto eu quebrava as correntes de meu pé.

-Viagens nas sombras... – diz ele olhando para a porta de aço, o porão em que estávamos estava frio e meio escuro, consegui ver os braços de Nico arrepiados. Fiquei de pé normalmente, com o corpo todo doloroso, mas inteiro. Era difícil raciocinar, parece ate que levei uma paulada na cabeça.

-Temos que sair daqui agora... O inverno chegou, e você vai acabar morrendo de frio com essas roupas – pego minha camisa e jaquetas do chão e as entrego para Nico – Vista isso aqui, te protegera do frio e disfarçara o seu cheiro... Se eles notarem sua presença, se é que já não sabem, teremos sérios problemas.

-Mas podemos sair daqui rápido... – diz ele segurando a camisa que lhe dei.

-... – vi um pingo de sangue escorrer de sua mão e cair no chão, a sede logo bateu. Ignorei qualquer coisa que pudesse tirar o meu foco – Não vou deixar que se arrisque assim, eu sei o que pode acontecer com essas suas viagens nas sombras, sua irmã Hazel me disse uma vez... Eu vou tirar a gente daqui, mesmo que só você volte vivo, mas eu não vou deixar nada acontecer - digo e ele parece ficar sem graça - Afinal, por que veio atrás de mim? Nem nos conhecemos direito...

-Teve uma vez que você me ajudou... Quando aqueles gêmeos apareceram, você apareceu e me ajudou. E no natal quando os ciclopes e górgonas apareceram, se você não estivesse me tirado de la... Aquele ciclope teria me esmagado - diz ele meio envergonhado.

-Eu num fiz tudo isso, fiz? - falo não me recordando muito bem.

-Fez sim, e agora eu vim te ajudar - ele sorriu.

-Valeu baixinho... Mas agora eu tenho que te tirar daqui - um alto barulho ecoou no local, me viro para aquela porta de aço, que do outro lado alguém a bateu - Droga! Cathia esta... - puxei Nico para trás de mim,  ele agarrou-se em meu braço. A porta foi aberta e lá estava Cathia e Bianca, lado a lado.

(Nico: -Deuses!? Eu vou morrer... Ai caramba, como eu vou tirar a gente daqui? Não vou ter forças pra fazer uma viagem nas sombras tão rápido, e no desespero...)

The Vampire. Lubyts- 2ª TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora