Capítulo 24 - No Pressure.

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P.O.V. Justin Bieber

Abri a porta do quarto e me deparei com uma cena não muito comum: Claire falava ao telefone.
- Sim, é meu casamento. Mas não é obrigada a vir. Você já passou por tanta coisa, eu... Não quero que se sinta obrigada a se submeter a esse situação... Sim, eu te entendo que você queira. Mas entendo o que já passou. Ainda temos dias pela frente. Sei que marcamos o casamento bem em cima mas... São o que? 2 semanas? Você tem esse tempo para se convencer a ficar onde está. Não ouse pegar nenhum vôo para Atlanta sem me consultar antes, Am... Tira essa ideia da cabeça. É muito ruim pra você. É peri... - Coloquei as mãos na cintura da garota, a puxando para mais perto de mim, e depositei um beijo no pescoço da garota, fazendo Claire levar um susto. - Ok. Entendi. Depois a gente se fala. Tenho que desligar.
Ela desligou a chamada e bloqueou o celular, guardando o mesmo no bolso da calça jeans. Em seguida, sentou na cama que ainda estava bagunçada.
- Quem era? - Perguntei, segurando sua mão direita e entrelaçando nossos dedos.
- Am... Amélie.
- Amélie? Quem é... Amélie?
Claire suspirou.
- É uma... prima minha.
- Prima? - Perguntei, ainda segurando sua mão direita e passando a mão esquerda em seu rosto. Os meus dedos corriam suavemente pela bochecha avermelhada da garota.
- Sim, prima. Estávamos conversando sobre meu... sobre o nosso casamento.
Franzi a testa.
- Porque? Achei que não chamaria ninguém da sua família... Você sabe o quanto isso seria perigoso para nós, não sabe? - Me aproximei de Claire, tirando os fios do cabelo curto loiro do pescoço. aproximando meu rosto dali. Depositei um beijo atrás do outro, e Claire gaguejou um pouco antes de continuar.
- Eu sei, Justin. Ela só é uma prima distante minha. Meus pais acham que eu estou morta. Eu achei que tendo alguém da minha família aqui, mesmo que fosse um parente distante, me traria um pouco de... conforto, não sei.
- Ainda sim, Claire. É perigoso. Está colocando a nossa segurança em risco. - Encarei a garota, os olhos azuis gélidos me encarando de volta.
- Me desculpe. - Ela murmurou, e baixou o olhar.
Suspirei.
- Ok. Vamos abrir uma exceção. Mas ela não pode saber de nada, ok? É apenas um casamento. Nada fora disso.
- Os seus pais vêm? - Claire perguntou, passando a mão sobre a camiseta que eu vestia.
- Apenas meu pai. Ele baixou a guarda e decidiu vir. Já a minha mãe... a velha não quer me ver nem pintado de ouro, usando uma coroa de diamante. Se ela me ver na rua, capaz de mudar de calçada.
- Tudo isso porque o filho entrou para o mundo do crime. - Ouvi a garota suspirar, em seguida, Claire deitou na cama, se jogando um pouquinho para trás, e apoiando a cabeça no travesseiro.
- Compromissos hoje à tarde? - Claire perguntou, e neguei.
- Não. Resolvemos tudo que tinha para resolver agora de manhã. Dispensei os meninos. - Eu disse, me livrando do tênis e da camiseta de vestia, deitando sobre o corpo de Claire. A mesma meio que me abraçou, e começou a fazer cafuné em mim. - Chaz disse que tinha algumas coisas para resolver e carregou o Christian. Ryan almoçou e foi dormir. Falando nisso, já almoçou? - Perguntei, e Claire assentiu.
Ficamos naquilo por alguns minutos, e eu já estava quase dormindo por causa do carinho entre os meus fios de cabelo quando Claire chamou minha atenção.
- Justin, se eu te fizer uma pergunta, promete que vai ser totalmente sincero comigo?
Levantei o tronco do corpo e encarei Claire. Os olhos azuis me fitando, e o rosto inteiro numa expressão indecifrável. Uma mistura de medo com... angústia? Ou seria irritação e dúvida?
- O que foi, Claire?
Ela se desvencilhou de mim, sentando na cama e fazendo "perninhas de índio".
Ela baixou o olhar, e começou a "brincar" com o anel no dedo anelar da mão direita.
- Você ainda pensa nela, não é?
Franzi a testa.
- Nela quem, Claire? De quem está falando?
- Amanda. - Ela murmurou.
Engoli em seco. Fiquei ainda alguns segundos analisando a pergunta. Qual seria a resposta certa? Um "não" para fingir que Claire é a única mulher que domina meus pensamentos ou um "sim", para ser totalmente sincero com ela?
- Claire... - Murmurei.
- Justin, não vou brigar. Não vou gritar.  Não vou bater. Não vou querer te matar. Agora, a única coisa que eu quero é que você me diga a verdade. Seja totalmente honesto. Sem pensar duas vezes, sem pressão.
Baixei o olhar.
- Justin, eu não to aqui só pra ser chamada de sua mulher. Pra ocupar um dos lados da sua cama de casal, do seu guarda-roupa, da mesa de jantar enquanto você estiver sentado na ponta. Eu to aqui pra te ajudar, também. Pra te ajudar a superar traumas, esclarecer suas dúvidas, aliviar suas angústias. Mas pra isso, eu preciso que seja honesto comigo.
Esperei alguns segundos antes de responder. Pra falar a verdade, eu estava criando coragem para dizer. Não só para ela, mas para mim também.
- Sim. Eu... eu ainda penso nela.
Mantive o olhar baixo por mais alguns instantes, até que senti a mão de Claire em meu ombro.
Observei a menina, e ela me deu um sorriso amigável.
- Você não está brava ou... chateada comigo? - Perguntei, ainda esperando por alguns gritos dela, algo meio comum em Madison, ou Amanda, que eu só tinha visto fazer isso uma vez, mas Claire continuou no lugar que estava, com o mesmo tom de voz.
- Confesso que a ideia não me agrada muito. Mas isso é algo que vamos ter que... ajeitar com o tempo.
- Eu juro que estou dando o melhor de mim para ser um bom homem para você, Claire. Não quero que a história da Madison se repita, muito menos a de Amanda, eu...
- Justin, está tudo bem. Eu confio em você. Está tudo bem.
Claire me abraçou e passei os braços pela cintura dela, a abraçando de volta. Voltamos a deitar na cama, ainda abraçados, e ficamos ali por mais alguns minutos, com Claire passando as unhas de leve pelas minhas tatuagens nos braços.
- Está tudo bem, mesmo? - Perguntei, e ouvi uma risadinha dela.
- Está sim, Bieber. Pode ficar calmo. E outra, desde quando tem tanto medo assim das mulheres?
- Não é de vocês que tenho medo. É do que podem acabar fazendo por um erro meu.

- Então você conversou com ela? - Perguntou Ryan. Nós estávamos na cozinha, apenas bebendo cerveja, enquanto eu falava sobre minha conversa com Claire hoje à tarde. - Quer dizer, falou sobre Amanda? Disse que ainda pensa na morena?
Observei Chaz acender um cigarro, e respondi.
- Nós não ficamos falando e falando sobre Amanda. Claire me perguntou se eu ainda pensava na Amanda, e eu disse que sim.
- E qual foi a reação dela? - Christian perguntou.
Dei de ombros.
- Ela disse que não é muito fã da ideia, mas que é uma coisa que vamos ter que mudar com o tempo.
- Quanto tempo? - Ryan perguntou, jogando a garrafa de cerveja no lixo e pegando outra na geladeira, abrindo a mesma.
- Não sei. Quem sabe logo após o casamento?
- Me surpreende que ela não tenha surtado. - Disse Chaz, dando um trago no cigarro antes de continuar a falar. - Qualquer outra mulher, talvez a Madison, impossivelmente a Amanda, teria começado a gritar e quebraria um vaso na sua cabeça.
- Talvez ela tenha meio que compreendido porque era amiga da Amanda.
- É uma possibilidade. - Disse Christian.
- Sendo uma possibillidade ou não, tenha certeza de uma coisa, isso só vai dar certo se você quiser que dê certo. A Claire trabalhando num processo onde tem que substituir uma pessoa não vai ser fácil. Você também tem que querer, né? Não adianta passar uma hora transando com uma pra depois virar pro lado, dormir, e sonhar com a outra. Amanda só irá desaparecer quando você quiser que ela desapareça. - Chaz disse.
Cruzei os braços sobre o balcão da cozinha e apoiei a cabeça no mesmo. Todo mundo ali parecia mais interessado em meus relacionamentos do que eu. Bem, exceto por Christian. Nos últimos meses o garoto estava tão indiferente pra tudo. Até Ryan havia ficado preocupado. O Beadles tinha matado um cara no último assalto. Perdeu a paciência e atirou na cabeça do homem. Nem parecia o mesmo Beadles de meses atrás, que havia reclamando porque tínhamos dado um fim no Carter.
Christian se manifestou, interrompendo a conversa de Ryan e Chaz.
- Bem, querendo ou não, se queremos mesmo que Amanda se torne um assunto inexistente tanto nas nossas conversas, quanto na nossa mente, não vai ser falando sobre a garota que isso vai acontecer, não é? - Chris levantou do banco e caminhou até a geladeira. - Caralho, vocês acabaram com o todo o bolo?
- Foi o Ryan. - Chaz disse, apagando o cigarro no cinzeiro.
- Fui eu mesmo! - Ryab questionou. - Quem comprou a merda do bolo fui eu.
- Que bolo? - Perguntei, não entendendo nada da situação.
- Ryan encontrou uma confeitaria que fica aberta praticamente o dia inteiro. Pegou mania de comprar bolos de aniversário. - Chaz explicou.
- Sério? Do nada? Vai ficar diabético.
- Larica da porra. - Christian murmurou, recebendo uma cotovelada nas cotelas do loiro.
- Parece que já sabemos quem vai querer acompanhar o Justin e a Claire pra escolha do bolo do casamento. - Chaz brincou, e Ryan fez uma cara feia.
- Falando em casamento... - Ryan começou. - Tem certeza de que vai... de que vai conseguir fazer isso?
- Isso o que? - Perguntei.
- Casar, Justin. Casar! Vai mesmo conseguir casar com a Claire com toda essa situação da... - Amanda. Mais uma vez.
- Acho que sim... Quer dizer, tenho quase certeza. Eu não me sinto sob pressão, pra mim é algo normal. Não acho que essa história da Amanda vá acabar tão cedo mas... uma hora vai ter que chegar ao fim.

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Oi, meus amores. Olha quem tá viva. Sorry pela demora. O capítulo tava ficando horrível e não conseguia escrever. Só consegui esse pouquinho,  desculpa por não ser tão grande comparado à outros capítulos aqui da fanfic, q chegam a ter 4.000 palavras. Mas enfim. Fanfic acabando. E ainda tem muita coisa pra resolver. Vou ver se consigo postar capítulo novo na terça, mas eu nunca faço o q falo q vou fazer, não sei quando sai capítulo novo. Enfim, votem, comentem, me xinguem, façam o q quiser. Perdão por qualquer erro ortográfico. Amo vcs.
XOXO, G

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