P.O.V. Justin Bieber
Tirei o celular do bolso da calça ao ouvir o toque, percebendo que era uma chamada. Ao olhar a tela, percebi que era uma ligação de Claire.
- Alô? - Disse assim que coloquei o celular próximo ao ouvido.
- Oi. Sou eu. - Ela disse.
- Está tudo bem, aí? - Perguntei.
- Sim. O spa é maravilhoso. Está me deixando menos nervosa para hoje à noite.
- Ansiosa? - Perguntei.
- Ansiosa é pouco para o que estou sentindo. Acho que me coração vai sair pela garganta.
- Vai ficar tudo bem.
- Que vai ficar tudo bem, eu sei, Justin. Mas ainda estou com medo. Tem outras coisas que vêm me preocupando.
- Outras coisas? Como assim? - Perguntei, olhando a hora no relógio de pulso. Eu não poderia me atrasar.
13:47
- Am... Não, nada. Nada muito importante. Como estão as coisas aí?
- Quando eu te mandei para esse tal spa, foi justamente para você não ficar se preocupando Claire.
- Eu sei. Eu sei. Mas estou nervosa. E se tentarem alguma coisa contra nós, Justin? Justo hoje? Eu não queria que vocês ficassem carregando armas durante a cerimônia. Por favor.
- Claire...
- Só hoje. Eu ouvi você no telefone outro dia. Estava vendo coisas da segurança, não estava? Sei que dobrou o número de seguranças da mansão para esta noite. Eles tudo bem. Mas vocês não.
Suspirei.
- Ok. Só hoje. Apenas os seguranças estarão com armas.
- Onde estão os meninos? Chame eles.
Fiz um movimento com a mão, chamando a atenção dos meninos, que estavam na sala conversando. Os 3 caminharam até mim e esperaram por alguma coisa.
- Eles estão aqui. - Disse à Claire.
- Coloque no viva-voz. Por favor. - Ela pediu.
Tirei o celular de próximo ao rosto e apertei na tela, fazendo o que ela havia pedido.
- Eles estão te ouvindo... - Eu disse.
- Chaz? Ryan? Christian? Quero que me façam um favor. - Ela disse, e aguardou.
- Pode falar, Claire. - Chaz disse. Ele parecia realmente interessado no que Claire iria dizer, e Ryan parecia meio indiferente à situação. Apenas Christian que parecia com um pé atrás na situação. O mais novo parecia tenso, como se estivesse pronto para recusar. Não me surpreenderia. Ele pareceu nunca ir muito com a cara de Claire, e também nunca foi proximo dela.
- Sem armas hoje à noite, meninos. Por favor. É um casamento. Sei que é uma data que chama atenção, e algumas pessoas tem seus motivos para tentar alguma coisa contra nós, esta noite, mas é a única coisa que peço. Não vou conseguir subir no altar sabendo que estão com armas na cintura, no meio de um casamento, a metros de mim.
- Dobrei a segurança da mansão para esta noite. Todos os seguranças estarão com armas. Se estivéssemos com armas seria para caso algum ataque e ficássemos encurralados, defesa própria. - Expliquei.
- Por favor. - Claire suplicou, e os meninos olharam para mim. Assenti, sem dizer algo.
- Ok, Claire. Mas só hoje à noite, ok? - Disse Chaz.
- Muito obrigada, meninos. Sério, obrigada mesmo... Vou desligar. A massagista chegou. Até mais tarde.
Desliguei a chamada e Chaz fez uma cara de desdém para mim.
- Sério isso?
Dei de ombros.
- Foi ela quem pediu. Eu não posso fazer nada.
Christian bufou, voltando a se jogar em um dos sofás da sala.
- Que tal usar aquela palavrinha mágica? Mais conhecida como "Não"?
- Deixem a garota, ok? Serão mais ou menos 30 minutos de cerimônia. Apenas isso. Depois podem voltar a segurar as queridas armas de você.
Ryan tirou a arma do cós da calça.
- Ela é como uma filha para mim.
- Seria uma pena se ela acabasse disparando acidentalmente e acertando seu rosto. - Christian murmurou.
- Jesus. Sem mortes hoje, ok? Já basta eu casando. - Disse, passando as mãos pelo rosto.
- Verdade. Achei que isso nunca aconteceria. - Chaz disse, sentando ao lado de Christian. - Pensei que teríamos cabelos brancos e o Justin ainda estaria colocando dólares e dólares em calcinhas de strippers.
Ryan e Christian riram, e Chaz fez uma cara de vitorioso.
- Calem a boca. Hunf. Ridículos. - Revirei os olhos, e coloquei as mãos nos bolsos da bermuda enquanto caminhava até a cozinha.
Tirei uma garrafa de cerveja da geladeira e abri a mesma, me apoiando no balcão da pia. Ryan apareceu e fez o mesmo que eu.
- Está pronto? Em poucas horas você vai ter uma aliança no dedo anelar da mão esquerda e Claire vai passar a usar seu sobrenome. E então passarão a ser vistos como um casal. Isso até ela engravidar e vocês terem filhos. E então você só vai perceber que tudo isso aconteceu quando ver 3 crianças loirinhas correndo pela mansão e te chamando de "papai".
- Está falando sério? - Falei, mas Ryan me ignorou e apenas continuou falando.
- Nos primeiros anos vai ter que esconder de seus filhos que é um criminoso. E então, quando eles ficarem mais velhos, ou você não contará e eles viverão uma mentira pelo resto da vida ou eles irão saber e entrar para o mundo do crime.
- Ryan, para.
- E aí você e a Claire não transarão mais. Você vai enjoar dela e quando perceber estará passando o menor tempo possível dentro de casa. Voltará a colocar dinheiro em calcinha de strippers. E se dedicar cada vez mais ao crime.
- Ryan, chega.
- Vamos lá, Bieber. Todo mundo sabe que você não quer isso. Que não ama Claire. Que ainda pensa em Amanda.
- Isso é mentira. - Retruquei. Mentira era o que eu estava falando.
- Porra, Bieber. Te conheço desde que a gente tinha 7 anos. Tu não me engana não.
- Eu tô tentando, ok? Tô tentando fazer com que tudo dê certo. A Claire é bem compreensiva, coopera comigo. Ela sabe do que vivi com Amanda. Sabe que não vai sumir assim, de uma hora para outra. Mas a paciência dela também tá acabando. Eu estou tentando não estragar tudo. O casamento vai ajudar nisso. Quando menos percebermos, não haverá mais Amanda. Aliás, já não tem. Ela tá morta mesmo.
- Bieber... - Ryan me advertiu. - Não fala assim...
- É a verdade, Ryan. Dessa vez eu me superei. Eu guardo sentimentos por uma pessoa que já morreu. Um cadáver.
- Uma menina. Uma garota. - Ryan me corrigiu. - Que você amava.
- Que eu ainda amo. - Foi a minha ve de corrigi-lo. - Claire é legal, e eu gosto da loira. Mas se nada daquilo tivesse acontecido, e Amanda entrasse nessa cozinha agora, nesse momento, descalça, usando um shorts e uma camiseta minha perguntando o que vamos querer almoçar, não seria a primeira vez nem a última que meu coração daria um pulo só de ver a garota.
- Tem certeza de que vai continuar fazendo isso?
- É a minha única saída, Ryan.
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Sirens // j.b
FanfictionSua boca era o lugar onde eu encontraria o sorriso mais lindo de todos. Seus olhos, o endereço de um mar cor-de-mel brilhante. Seu corpo, cheios de tatuagens, algumas estranhas, outra lindas, de hipnotizar o observador. Mas suas mãos... elas estavam...