Capítulo 27 - I'm back. And the story ends here.

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P.O.V. Justin Bieber

Ofereci uma taça de champagne para Claire, que aceitou com um sorriso tímido no rosto. A festa estava movimentada, muita gente, muita música, enfim... muita festa. Claire parecia feliz, como se por uma noite, todos os problemas da casa tivessem sumido, e fosse apenas nosso casamento, e eu não estava diferente. Exceto pelo fato de que algo em meu peito me incomodava, uma sensação ruim, e angústia estava prestes a tomar conta de meu corpo. Céus, eu estava torcendo para não acabar tendo um infarto no meio da festa.
- Você está bem? - Claire disse, ficando de frente para mim, e me encarando. Nossos corpos estavam apoiados um no outro, e eu tinha os braços em volta do corpo dela. A mão na qual a garota segurava o champagne estava em minhas costas, e a mão livre dela foi até meu cabelo loiro, brincando com as mechas.
- Acho que... sim.
Ela franziu a testa, e continuou me encarando. O sorriso no rostou sumiu lentamente, e o no lugar uma expressão preocupada assumiu a face de Claire.
- Tem certeza? Você parece preocupado com algo.
- Eu não sei o que é. Só estou com uma sensação ruim. Só isso.
- Isso é o seu organismo pedindo por uma dose de whísque. - Ela disse e nós rimos.
- Eu até queria mas... tem muita gente importante aqui. - Eu disse, e foi minha vez de brincar com as mechas do cabelo loiro da garota.
- Justin, é seu casamento. Pelo amor de Deus.
- Eu sei, eu sei, Claire. Mas...
- Af, Bieber. Me poupe. - Ela disse e virou para o bar, posto à metros de nós. - Ô, Jake. Põe uma dose de whísque pro Bieber aqui. - Jake riu, e abriu uma garrafa de whísque na hora. Claire virou para mim com um sorrisinho.
- Claire...
- Nem vem, Bieber. É o seu casamento. É o nosso casamento. Ninguém vai ficar te julgando por uma dose de whísque.
Revirei os olhos e ela deixou a taça de champagne numa mesa próxima à nós.
- Vai, pega seu whísque e vamos falar com alguns convidados.

Claire havia sumido. Não, ela não havia sumido como... Amanda havia sumido. Christian me disse que viu a loira se dirigindo para a parte externa da casa. Então após interromper uma conversa com um casal muito influente no estado inteiro de Geórgia, fui atrás de Claire. Sozinho, saí do salão e me dirigi à uma parte externa da casa, que ficava próximo ao salão onde estava ocorrendo a festa pós-cerimônia. Por uma grande janela de vidro, que tomava do chão até o limite do primeiro andar, dava para ver a festa ocorrendo, do lado de dentro da casa.
Ela estava à alguns metros da grande porta que levava até a área externa da mansão, e parecia nervosa, discutia com alguém, o que era estranho, muito estranho.
- Claire? - A chamei, e ela parou de falar com a pessoa, se virando lentamente para mim. - O que foi? Com quem está discutindo?
- Justin, volte para o salão. Eu já estou indo. - Eu nunca tinha visto Claire falar daquele jeito. A garota alegre e sorridente havia sido substituída por uma menina agitada, nervosa, e Claire parecia a ponto de desabar em choro.
- Hey. - Me aproximei dela em passos calmos, e ao chegar perto dela a puxei lentamente pela cintura, numa tentativa de acalmá-la. - O que foi, babe? Porque está desse jeito? Com quem está... - Meus olhos pousaram na pessoa que estava atrás de Claire. O motivo dela estar tão nervosa, tão agitada, com tanto... medo.
Foi como se eu tivesse levado um choque. Como se meu corpo estivesse pegando fogo e de repente eu fosse jogado na água fria. Eu poderia comparar a mais um milhão de coisas. Mas prefiro comparar à todas essas coisas que a gente nunca espera, que vem de surpresa. Seja um susto, um tombo, uma festa surpresa de aniversário, uma prova surpresa na escola, uma música lançada "do nada" pelo ídolo ou a volta de alguém que foi muito esperado mas que não tinha nenhuma data confirmada.
Naquele momento, a volta de alguém que não era esperada foi a situação surpresa da noite.
Depois de meses ela estava de volta. Meses, meses e meses.
E eu realmente não sabia o que fazer ao rever Amanda Evans em minha frente.

P.O.V. Amanda Evans

Quando Justin colocou seu olhar sobre mim, foi como se eu nunca tivesse fugido daquela casa. Como se eu nunca tivesse ido embora. Como se eu nunca tivesse passado semanas escondida, sem saber ao menos o que fazer.
Mas o que importava era aquele momento. Eu estava de volta ao "Império Bieber". E iria acabar com toda aquela história.
- Sentiu minha falta, Bieber? - Perguntei, e um sorrisinho começava a surgir no meu rosto. Eu não iria me deixar abalar apenas porque estava reencontrando o responsável por todos meus pesadelos. Não. Eu tinha que ser forte, ou aquilo nunca acabaria.
Justin havia mudado de "água para vinho" completamente. Ele apenas me encarava. Não piscou. Não disse nada. Eu duvidava até que ele estivesse respirando.
- Justin? - Claire havia notado o mesmo que eu, e chamou o loiro, colocando as mãos nos ombros dele.
- Isso é impossível... - Ele murmurou.
- Eu até diria que você está com uma cara de quem viu um fantasma. - Respondi, à incredulidade dele. - Mas eu não sou um fantasma. Eu sou feita de carne e osso. E eu estou viva.
Justin mudou o seu olhar de Claire para mim. E então de mim para Claire, voltando a mim.
- Como você... - Justin parecia não conseguir terminar uma frase sequer. Ele colocou as mãos na cintura de Claire, tirando ela de entre nós e me alisou dos pés à cabeça.
- Não se faça de muito surpreso, Justin. Você nunca foi de se surpreender por pouco. Até parece que não esperou por esse momento durante semanas. Eu sei que sim. - Sorri para ele, mas Justin continuava sério, muito sério. - A volta da sua querida Amanda. A mulher do Bieber. A verdadeira rainha do Império Bieber. A docinho. Eu sei que tudo isso se passou pela sua cabeça, Justin. Ah, sim... Eu tenho certeza.
- Mas a Claire...
- A Claire te disse o que ela me convenceu a ser o "real ocorrido". Uma noite chuvosa. Pistas molhadas. Uma pobre Amanda sendo atropelada por um caminhão. Ela foi corajosa, eu tenho que admitir. Não é todo dia que uma pessoa faz isso pela melhor amiga. Quando vocês a pegaram, eu achei que seria o fim. Mas ela é uma mulher forte... - Eu disse, observando Claire a metros de nós. Justin fez o mesmo que eu.
- Você mentiu para mim. - Ele disse, num tom baixo, e então deu poucos passos até ela. - Você mentiu para mim! Me fez acreditar que a mulher da minha vida estava morta! - Ele gritava próximo do rosto dela, e Claire chorava. Não emitia nenhum som, mas já era o suficiente para as lágrimas que escorriam pelas bochechas da menina, que começavam a ficar vermelhas.
- Justin... - Ela murmurou.
- E para quê?! Para apenas se aproveitar?!
- Eu nunca fingi nenhum sentimento por você. Eu realmente te amo. - Ela respondeu, numa voz embargada devido ao choro. Ela encarava o chão, e aquilo me doeu.
- Eu não acredito em você. Eu não acredito em você! - Ele gritou mais uma vez, e não pûde deixar.
- Chega, Bieber. - Num movimento lento, ele virou o rosto na minha direção. - A Claire não tem culpa de nada. Não foi ela quem fugiu com a ajuda do..
- Justin, cara. Tá todo mundo te procurando. O que você tá... - Christian apareceu na área externa da mansão, e perdeu a fala completamente ao me ver. Nós três observamos o moreno por alguns segundos, e então terminei de falar.
- Não foi a Claire quem fugiu com a ajuda do Christian. Fui eu. Se você for gritar, grite comigo. Mas eu sei que você não vai fazer isso... - Eu disse, redirecionando meu olhar de Christian para Justin. - Você tem muitas perguntas a fazer. E, felizmente, eu tenho todas as respostas.
Justin fechou suas mãos em punhos, e suspirou, encarando o chão.
- Porquê? - Ele começou a falar. - Porquê foi embora? Porquê fugiu? Amanda eu... - Eu iria interrompê-lo, mas achei que deixar ele falar seria o melhor. Eu precisava ouvir também. Ter, mais ou menos, uma noção do estrago que eu havia causado. - Eu posso não ter sido a melhor pessoa do mundo. E hoje eu tenho a completa noção disso. Mas desde que você foi embora, a única coisa que eu me pergunto é o que eu fiz de errado para você fugir daquele jeito. Naquele dia. Eu ia... eu ia pedir você em casamento. Eu... eu amei tanto você. Eu amo tanto você.
Suspirei.
- É realmente inacreditável que você realmente acreditou que eu te amava, Justin. Que um dia eu te amei. Só um cego por amor nunca teria visto que eu nunca tive um pingo de afeto por você, apenas tolerância. Para, no momento certo, eu acabar indo embora. Isso não é difícil de perceber. Pergunte ao Ryan. Pergunte ao Chaz. Pergunte ao Christian. - Dirigi meu olhar ao moreno, que parecia não acreditar que eu estava ali. Deus, tudo aquilo estava me matando. - E bem, o que você fez de errado? Hm, dizer que nasceu seria meio clichê, não é? Você é todo errado, Justin! Tudo que faz é errado. Tudo que vive é errado. Você é todo errado!
Observei uma lágrima descer pela bochecha do loiro, e foi como se eu estivesse levando vários tiros ao mesmo tempo. Justin Bieber estava chorando por uma mulher. Inacreditável. Surpreendente. E me causava dor ver aquela cena. Vamos pular logo para a parte em que Amanda Evans é uma mulher sem sentimentos.
- Mais alguma pergunta? - Eu disse, mas não havia nenhum sorriso no meu rosto. Eu não conseguia debochar da cara do Justin.
- Como... como você fugiu?
- Christian me ajudou. - Eu disse, juntando minhas mãos atrás de meu corpo. - Eu vinha planejando há dias e no dia do jantar foi a minha deixa. O vestido de noiva. O anel de noivado. Eu não esperaria para ver tudo aquilo acontecer. Eu não podia. Mais alguns minutos e eu estaria presa à você para sempre, mas desconectada de mim mesma.
- Porquê voltou? Porquê voltou justo hoje? Justo hoje, Amanda?
- Eu precisava vê-la. Não poderia deixar Claire passar por isso sozinha.
- Mas a prima dela veio. Uma prima distante. Ela não estaria sozinha.
Soltei um riso, mas não foi deboche nem nada. Eu estava rindo da inocência de Justin mesmo. O Justin Bieber, fodedor de novinhas inocentes, chefão do tráfico de drogas e armas de Atlanta, o temido por todos, agora parecia uma criancinha de 6 anos.
- Amélie e Amanda são nomes bem parecidos, Justin. Mas não são iguais. Uma Amanda se passa por uma tal de Amélie e cria uma identidade completamente diferente num lugar na qual costumava ser muito conhecida. Incrível isso. E bem, se nem os seguranças me reconheceram, não seria um convidado que faria isto, não é?
Justin pareceu me analisar mais vez. Eu não havia mudado muito desde a minha última noite aqui. O cabelo eu havia pintado de mais escuro, e a maquiagem estava mais pesada. Eu devia ter emagrecido um pouco, mas ainda era a Amanda de sempre.
Suspirei.
- Senti sua falta, Beadles. - Eu disse, à Christian. Ele não havia dito nada desde que havia me visto. Pelo contrário, havia acendido um cigarro e agora caminhava de um lado para o outro no jardim, como se estivesse prestes a enlouquecer. Quando o chamei, ele se virou para mim e me observou, do mesmo jeito que Justin havia feito. Mas não havia ressentimentos. Era como se dois amigos estivessem se reencontrando depois anos de contato perdido.
- Eu achei que você estava morta. E fiz a mim mesmo acreditar que a culpa era minha.
- A culpa nunca seria sua. Nós dois sabemos disso. - Eu disse, e ele sorriu.
- Adorei o vestido. - Ele comentou, e puxei o tecido na região das coxas.
- Gostou? É um dos meus favoritos. - O vestido que eu usava naquela noite, era um presente de Christian. Ele havia me dado na vez que havia me levado ao shopping, e era como um presente de boas vindas à mansão. Hoje, o vestido vermelho tomara-que-caia de tecido brilhoso parecia se encaixar perfeitamente ao meu corpo, mas não à ocasião.
Caminhei até Claire. A loira ainda se mantinha quieta e havia parado de chorar, mas ainda estava bem nervosa.
- Não precisa chorar. Nada aqui é culpa sua. Nós duas sabemos disso, Claire.
- O Justin tá certo... - Ela murmurou. - Eu me aproveitei.
- Justin está tudo, menos certo. Amar alguém não é tirar proveito de nada. E isso aconteceu bem depois de eles te encontrarem. Amar alguém não é errado. Às vezes, o que é errado é a pessoa pela qual nós nos apaixonamos. E você se apaixonou pela pessoa errada. É por isso que estou aqui hoje. Para consertar isso.
- O que quer dizer com isso? - Ela me perguntou e eu estava prestes a respondê-la quando Justin chamou minha atenção.
- Amanda. - Me virei para ele, e o mesmo havia suas mãos nos bolsos, não sabendo ao certo como me encarar. - Não posso deixar que isso aconteça.
- Isso o que, Justin?
- Não posso deixar que apenas pegue Claire e vá embora. As coisas não são tão simples assim.
Suspirei.
- Eu não vou fazer isso.
- Então...? - Ele me encarou, sem nenhuma expressão no rosto.
Suspirei.
- Você tem noção de que o que faz é errado, Justin. Mas continua fazendo, fazendo e fazendo. Pegar na mão de Claire e sair pelo portão de frente da mansão não iria me ajudar em nada. Eu ainda continuaria com medo, como se a qualquer momento você fosse arrombar a porta da minha casa e me trouxesse para esse lugar de novo. - Eu o encarei, mas ele parecia não estar entendendo nada do que eu dizia. - Para as coisas darem certo na minha vida, Bieber... Eu preciso consertar a sua.
- E o que vai fazer? Me matar? Entrar no meu escritório e quebrar tudo? Colocar todos os kilos e mais kilos de drogas que tem nessa casa na beira de uma estrada e fazer uma denuncia anônima à polícia? Começar a me levar ao culto todo domingo para que eu "aceite Jesus"? Sabe que nada disso vai dar certo, Mandy. Eu te amo, mas eu sou um monstro. E não há nada que mude isso.
- Se é mesmo um monstro, porque acredita que vou ficar com você? Isso aqui não é "A Bela e a Fera", Justin. - Fiz uma pausa, e ele continuava me ouvindo.- Porque no final, a Fera se revela como um príncipe, uma pessoa boa... E você acabou de me dizer que é um monstro e nada vai mudar isso.
Ele soltou um riso sarcástico.
- Ah é? Então qual é o seu plano, docinho? Porque eu estou pronto para ouví-lo.
Respirei fundo antes de prosseguir, e então caminhei lentamente até Justin.
- Pense o que quiser, Bieber. Que eu me revelei uma vadia, que eu sou uma vagabunda, o que quiser. Mas eu nunca me rebaixaria a seu nível para me vingar por tudo que fez. A vida é assim. Faça as coisas com classe. Mate os outros com bondade. E sairá ganhando.
- Pode ser mais clara? Porquê se continuar falando desse jeito tão perto de mim por mais alguns segundos e eu vou precisar beijar você.
- Você é nojento. Nem respeito por Claire consegue ter. Talvez seja por isso que a Madison acabou recorrendo ao Carter, não é? - Soltei um sorrisinho. Os olhos de Bieber foram do mel ao chocolate, mudando completamente. - O que eu estou querendo dizer Bieber, é que você vai pagar pelo que fez com Madison. Comigo. Com Claire, mesmo ela amando você.
- Ah, é? - O olhar dele vacilou para a loira, atrás de mim. - E como, docinho?
Coloquei minha mão no rosto dele, apertando as bochechas como uma única mão só. Eu estava prorrogando o momento que iria acontecer em instantes há minutos.
- O que foi que eu escrevi no bilhete que deixei para você antes de fugir, hein Biebs? - Olhei no fundo dos olhos dele, e tirei minha mão de seu rosto para ele me responder.
- Três palavras. - Ele foi curto e grosso. - "Eu sinto muito." - Ele complementou e continuei falando.
- Eu até repetiria essa frase agora, Bieber. Mas estou cansada de pedir desculpas pelas merdas que você faz. Até algum dia, Justin...
Justin pronunciou meu nome mais uma vez, mas foi completamente em vão, contando pelo fato de que o momento seguinte foi como um borrão. As pessoas no salão começaram a gritar e policiais invadiram toda a mansão. Havia viaturas por todo o perímetro e as luzes brancas vacilavam entre azul e vermelho.
Justin continuava me observando, os olhos arregalados num terrível espanto. Christian estava estático, no mesmo lugar onde estava há minutos.
Os policias invadiram todo o jardim, gritando ordens para que todo mundo se mantesse onde estavam com as mãos onde pudessem ver. Em passos curtos e rápidos, me pûs ao lado de Claire, e juntei nossas mãos entrelaçando nossos dedos. Um helicóptero sobrevoava toda a área de mansão, com um grande feixe de luz que iluminava alguns pontos de toda a casa.
Em questão de segundos, o salão havia sido esvaziado e os convidados direcionados até a entrada da mansão, com alguns deles até sendo presos. Pelas janelas abertas do segundo andar, podíamos ver a polícia revirando tudo. Tudo mesmo.
Mas... aquilo era o de menos.
Eu confirmei a mim mesma que o vestido que usava, presente de Christian, havia sido uma má ideia quando o observei à metros de mim. O olhar frio, o rosto sem expressão, as mãos para trás enquanto era algemado. E por um momento, me arrependi, ao lembrar do tanto que ele me ajudou, e de quando o vi pela última vez. Dele falando que se Justin fosse preso, ele seria também.
Mas eu esperava que ele me entendesse. Do fundo do meu coração, eu esperava que ele me entendesse.
E quanto à Justin... Os policiais não tiveram nenhum pingo de dó com o garoto, visto que ele era o motivo de estarem ali.
Justin bem que tentou se soltar quando dois policias o agarraram pelos ombros, mas do que adiantaria? Claire mesmo havia me dito que pediu para que os meninos não usassem armas durante a cerimônia.
Então olhei para o rosto dele pela última vez em semanas. A surpresa misturada com a raiva, enquanto era algemado. Nesse momento, Claire se soltou de mim e correu até ele, tentando impedir a polícia que o levasse, mas nada adiantou.
Então eu fiquei sozinha, no meio de todo aquele jardim, enquanto o caos acontecia ao meu redor.
Vendo o estrago que havia causado, me proibi de me arrepender. Não adiantaria. Christian já estava dentro de uma viatura. Justin já havia sido algemado. Claire já chorava e gritava, mesmo todo mundo sabendo que seria em vão.
Eu havia conseguido o que tanto queria, mas viver toda aquela situação parecia insuportável. Pressionei as mãos sobre as orelhas, tentando abafar os sons à minha volta: o choro e os gritos desesperado de Claire à Justin, os gritos de Justin, chamando o meu nome e, por fim, o barulho das sirenes.


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