>> Christian <<
Eu estava na reunião com meu pai quando recebi uma ligação de um número restrito, atendi e uma voz masculina disse na linha.
- Estamos com sua esposa. E não a devolveremos até você assinar o divórcio.
Desliguei e achei que fosse uma brincadeira de mal gosto, a reunião terminou e fui rapidamente até o hotel, subi para o quarto e Manuela não estava. Desci, e pedi que o motorista me levasse até o shopping que ficava à 10 minutos dali. Chegando lá, procurei Manuela em todos os cantos. Todas as lojas de roupas, de beleza, fui na praça de alimentação e pedi até informações de pessoas que estavam lá mostrando a foto dela. Eu estava nervoso, saí do shopping e pedi pro motorista me levar até o hotel. Eu simplesmente estava desesperado, sabia que algo ruim iria acontecer e só de imaginar que fosse com a Manuela, eu ficaria completamente louco.
>> Manuela <<
Abri meus olhos, minha cabeça estava doendo, eu estava algemada à um ferro e estava deitada em um colchão velho, não tinha ninguém lá, parecia um lugar abandonado, como se fosse um porão. Uma luz no canto fazia o péssimo trabalho de iluminar o local. Eu lembrei do que havia acontecido, tentei me livrar das algemas, foi em vão. Eu estava presa. Antes que gritasse ouvi o barulho de uma porta sendo aberta e um homem entrou lá. O mesmo homem que deu a pancada na minha cabeça. Eu me apavorei.
- Calma princesa. Ele disse se aproximando. Eu gritei, pedi que me soltasse, mas ele não fez isso. Consegui mordê-lo assim que ele se aproximou de mim, o mesmo se irritou e me deu vários socos, eu senti o gosto de sangue e tinha parado de resistir, ele deu uma risada e saiu de lá. Eu estava apavorada, senti que não conseguiria sair de lá. Christian já deve ter sentido minha falta, espero que ele me encontre logo.
***
Já tinham se passado horas e eu estava machucada deitada naquele colchão, meu braço estava doendo pois a algema estava o apertando, quando de repente ouço barulho da porta sendo aberta novamente. Quando olhei, tinham dois homens, um era o que tinha me batido e o outro era o que havia me trazido até aqui fingindo ser o taxista.
- Por favor, eu imploro, me soltem. Me deixem ir embora! - Eu disse em meio à soluços, o desespero tomou conta de mim e os dois homens começaram a dar risada do meu desespero. Um deles pegou uma barra de ferro que estava jogada num canto e fez menção de me bater, me assustei e eles deram mais risadas. Eu estava totalmente apavorada quando eles começaram a me chutar, os chutes leves foram aumentando e eu já estava gritando de dor, quando eles rasgaram minha roupa me deixando apenas de calcinha e sutiã. Começaram a fazer piadinhas maliciosas e eu estava com medo do que viria a seguir. Não tinha como escapar dali, não tinha nenhum jeito.
>> Christian <<
Ás 21h00 da noite pedi que rastreassem a ligação. Indicou um terreno baldio, eu fui até lá, chamei os policiais e denunciei um sequestro. Viaturas me seguiram até lá. Quando cheguei vi um Táxi estacionado na frente do local. A polícia arrombou o local e iniciou um tiroteio com dois homens que logo se renderam. Vi um porão com a porta entreaberta e quando entrei lá, Manuela estava algemada, deitada em um colchão com as roupas rasgadas e cheia de machucados. Corri até ela, vê-la naquele estado me deixou profundamente apavorado.
- Manuela. Acorda. Manuela, sou eu Christian.
- Christian? - Ela disse sorrindo com os olhos marejados, eu a abracei e meu coração se aliviou por encontrá-la, mas eu queria saber quem fez aquela brutalidade com ela. Eu a tirei de lá, e a levei pro hotel, ela disse que não precisava ir ao hospital pois não tinha se ferido gravemente e só queria ficar no hotel. Chegando lá eu dei um banho nela, tentei não tocar no assunto, ela estava muito apavorada. Fiz alguns curativos. Eu a alimentei, fiz ela sorrir e logo em seguida deitei na cama junto com ela, eu a abracei, eu não queria mais ficar longe dela, ela estava com medo, eu mais ainda. Se algo mais sério tivesse acontecido, eu me culparia a vida inteira. Mas eu não deixaria barato, iria até o fim pra descobrir quem estava por trás disso, quem foi o monstro que fez mal à minha Manuela.
- Christian, Obrigada por me salvar. Eu amo você. - Quando ouvi aquelas palavras, apesar do momento estar sendo difícil senti uma felicidade imensa, eu a amava, tinha certeza disso.
- Eu te amo Manuela. Irei te proteger de tudo! - Quando eu disse isso, eu a beijei lentamente, e prometi que no dia seguinte voltaríamos para casa, assim que ela assentiu, fiz carinho em seus cabelos por alguns instantes até vê-la adormecer. Logo em seguida, peguei no sono também.
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A Prometida
FanfictionAntes de nascer, os pais de Manuela tinham uma dívida pendente que não podia ser paga, sofrendo ameaças acabaram fazendo uma promessa ao inimigo de seu pai, o homem que estavam devendo, o Sr. Grey. Prometeram entregar a primeira filha que tivessem...