A Prometida

Uma surpresa desagradável

>> Manuela <<

No dia seguinte pensei em como fazia um tempo que eu não comia um sanduíche. Resolvi ir na Subway, pedi que o motorista me deixasse lá e Christian iria resolver uns problemas com seu pai que estava na cidade. Quando cheguei la me admirei pois encontrei Marcos.

- Marcoos??

- Manu, quanto tempo! - ele disse me abraçando. Fiz meu pedido junto com ele e sentamos na mesma mesa.

- Como você está? - Ele disse me perguntando enquanto dava uma mordida no seu sanduíche.

- Estou ótima. E você?

- Não muito bem, morar sozinho é horrível.

- Imagino que seja.

- E o casamento?

- Está bem kk.

- Isso tudo aconteceu rápido né? Você mal saiu da escola e se casou, você não comentou nada sobre algum namoro. Não que eu me lembre.

- Naquela época eu já o conhecia. Foi tudo bem rápido. - Eu menti pra ele, não ia falar como tudo aconteceu, se não ele iria se assustar.

Conversamos sobre muitas coisas e eu percebi que não tinha notado em como o Marcos era na escola, ele amadureceu mais, continua extrovertido, o que me fez rir bastante enquanto conversávamos. Eu olhei a hora e eu vi que já estava ficando tarde.

- Ei toma meu número. Qualquer dia vamos encontrar a galera e sair. - Ele disse, arrancou um pedaço do guardanapo que estava na mesa e pegou uma caneta em seu bolso, anotou e me deu.

- Tudo bem, obrigada Marcos. - Ele me abraçou e logo em seguida sai de lá.

>> Marcos <<

Eu sempre fui interessado em Manuela, ela sempre foi uma garota meiga, um pouco tímida e diferente das outras que se ofereciam pro primeiro que vissem. Não éramos tão próximos na escola, ela ficava um pouco na defensiva mas andávamos juntos. Eu ouvi dizer que seus pais eram bem rígidos e por consequência ela era assim, eu dei meu número pra ela hoje na intenção de realmente sairmos algum dia com o pessoal, é bom ver que apesar do amadurecimento ela não perdeu aquele jeitinho dela que sempre me encantou. No passado eu tentei várias vezes me declarar, não gostava de ficar com mais ninguém. No dia do aeroporto quando vi ela, fiquei feliz, mas quando ela apresentou o cara do lado dizendo que era seu marido, meu coração realmente se partiu, eu queria encontrá-la depois da escola mas a última opção que eu queria era vê-la feliz com outra pessoa. Espantei meus pensamentos assim que acendi um cigarro na tentativa de relaxar um pouco.

>> Christian <<

Eu estava em uma reunião com meu pai, a empresa estava enfrentando alguns problemas e ele veio para cá resolvê-los, me alertou e me ofereci para ajudá-lo. Eu estava lá, mas minha cabeça estava em Manuela. Eu estava profundamente feliz por estarmos finalmente bem, pensei que em pouco tempo já enfrentamos muita coisa, não queria de jeito nenhum que passássemos por coisas tão ruins novamente. A reunião durou bastante, mais do que eu imaginei. Peguei minha pasta e meu pai se aproximou.

- Obrigada pela ajuda meu filho.

- Não foi nada. A próxima reunião será quando?

- Não sei exatamente, irei te ligar avisando.

- O senhor tem lugar para ficar?

- Não se preocupe, ficarei em um hotel. Reencontrarei alguns amigos, há muito tempo não sei o que é diversão.

Ele disse e logo em seguida me despedi o deixando pra trás. Cheguei no estacionamento e entrei no meu carro, eu estava do outro lado da cidade. Avancei, e com 20 minutos finalmente cheguei em casa. Eu estava exausto e com a cabeça doendo. Vi a empregada de aproximando.

- Sr. Grey uma moça chegou e está lá na sala, eu disse que o senhor e nem a sr. Manuela não estavam, mas ela insistiu que ficaria pra esperar.

- É alguma colega da Manuela? - Eu disse um pouco curioso.

- Não. Ela disse que queria falar diretamente com o senhor.

Caminhei até a sala imaginando que seria uma pessoa qualquer, quando cheguei lá vi a última pessoa que eu queria encontrar.

- Olá Christian.

- Oi Amanda.

>> Manuela <<

Depois que sai do Subway. Resolvi dar uma ligada pro Christian pra ver se ele já tinha chegado em casa e se planejava algo pra hoje. Liguei duas vezes e estava desligado, imaginei que a reunião ainda não tivesse encerrado, dei uma olhada em algumas lojas durante o caminho mas nada que me interessasse. Resolvi então ir pra casa, se Christian não estivesse lá eu o esperaria mesmo assim. Liguei pro motorista que em poucos instantes chegou, entrei no carro e apreciei o caminho até chegar em casa.

Cheguei e a empregada me olhou um pouco desconfiada, não entendi o motivo pela qual ela agiu daquela maneira. Entrei em casa e logo que entrei na sala vi a cena que nao desejaria. Amanda estava próxima à Christian, estavam quase se beijando, o mesmo não a afastou, ela se aproximou e selou seus lábios, o mesmo foi um pouco pra trás empurrando-a assim que me viu. Eu olhei a cena e sai correndo. Ele me seguiu, fui mais rápida que ele e pedi que o motorista me levasse embora dali. Deixei que as lágrimas caíssem no meu rosto, pensei que se eu não tivesse os interrompido ele tinha continuado. Me senti usada, ele mentiu quando disse que me amava e o pior de tudo era que eu estava sendo sincera, diferente dele. Não tinha mais ninguém que eu pudesse ligar, eu não tinha mais amigos. Vi então o número do Marcos e disquei esperando que o mesmo atendesse:

- Alô? -Ele disse assim que atendeu.

- Marcos é a Manuela. - Eu disse tentando disfarçar minha voz de choro.

- Manuela você está chorando?? Onde você está??

- Me encontra no parque do centro por favor.

- Tudo bem estou chegando lá.

Me despedi e desliguei, lembrando novamente de Christian beijando Amanda, pensei no porquê ele tinha feito aquilo, depois de tudo ele fez isso. Por que não me deixou ir embora de uma vez? Por que ficou insistindo se não estava sendo sincero? Eu espantei meus pensamentos assim que o motorista avisou que tinha chegado ao parque. Sai do carro e vi Marcos andando rapidamente em minha direção, ele me abraçou e eu desabei em seus braços.

- Manuela, ei, vai ficar tudo bem. - Ele disse enquanto me abraçava fortemente em seus braços.

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Notas finais:

( Marcos na multi mídia )