O amor é cego

Capítulo 56 - Cupida

- Pelo seu sorriso, posso garantir que fez as pazes com o namorado – chutou Sai assim que viu Sakura sair do dormitório sorrindo sozinha
- Não fizemos as pazes, porque sequer brigamos, mas ele respondeu meu e-mail. – disse feliz e Sai então se ofereceu para carregar os livros de Sakura
- Que bom então, quer que eu carregue? – se ofereceu e ela então entregou os livros
- Claro, eles são muito pesados.
- Sakura, você não desistiria da sua faculdade se ele te pedisse? – perguntou curioso
- Claro que não, Sasuke sabe o quão importante é pra eu conquistar minha independência agora, eu vou fazer 27 anos.
- Não parece, você parece ter menos que 27.
- pareço?
- Aham, parece ter 22 assim como eu. – sorriu
- Você tem 22 anos?
- tenho, por que eu mentiria?
- Não é isso, eu não acho que esteja mentindo, acho que me assusto porque meus amigos têm em média minha idade.
- Você já perguntou a idade da Tenten? Você vai se assustar então...
- Quantos anos a Tenten têm?
- 19. – falou e Sakura então pensou
- Será que eu sou a mais velha daqui?
- Não, mas você tem a idade que os veteranos têm.
- Sai você é de onde?
- São Francisco e você?
- Nova York.
- Eu quero me mudar para Nova York depois que terminar a faculdade, lá tem excelentes galerias, quero procurar alguma para expor meu trabalho.
- Eu conheço donos de uma galeria, posso te apresentar a eles.
- Eu adoraria – sorriu e continuaram seu caminho até a aula.

[...]

- Você bem que poderia me apresentar ao Sai, não é Sakura? – pediu Tenten enquanto se arrumava para dormir
- Mas vocês já não se conhecem? – perguntou confusa
- Nos conhecemos, mas nunca passou daquele 'oi tudo bem?' sabe?
- Sei e você quer conhecer mais do que isso estou certa?
- Aham. Sabe eu estou a fim dele e quem sabe com a sua ajuda eu consiga que ele também se interesse por mim?
- Vou tentar ajudar, quem sabe eu seja uma boa cúpida – Tenten então abraçou Sakura
- obrigada, obrigada e obrigada – disse feliz
- de nada. É o mínimo que eu poderia fazer por uma amiga...
- Ai Sakura, ele é tão lindo, tão fofo, tão educado... Eu me imagino namorando ele.
- Ia ser ótimo que vocês namorassem, ele parece mesmo ser um bom partido.
- Com certeza ele é. Sakura, você está com saudade do seu namorado, não é?
- Morrendo, e uma pena que o feriado mais perto é a páscoa e é em abril, ainda estamos em fevereiro.
- Mas passa rápido, você vai ver...
- Será que nem no meu aniversário eu vou poder vê-lo?
- Seu aniversário é quando?
- Em março...
- Bem, mesmo que você não consiga visitar seu namorado a gente dá um jeito e faz uma festa aqui – prometeu animada e depois passaram horas conversando não só sobre a universidade, mas sobre namorados, família, amigos, gostos, lugares preferidos...

[...]

- Sai – Sakura hesitou por um instante, estava procurando as palavras certas para dizer a Sai que Tenten estava interessada nele, mas como faria? Eles eram amigos, mas não eram íntimos, e se ele não quisesse sair com sua amiga? Como daria a resposta a Tenten? Não queria que ela ficasse triste ou magoada e tudo isso era tão complicado.
- O que foi? – perguntou estranhando a demora para Sakura falar o que queria.
- Bem, você acha a Tenten bonita? – perguntou do nada e Sai riu
- Sim, ela é bonita, por quê? – perguntou
- Por que riu? Eu falei algo engraçado?
- Não, mas foi engraçada a forma como perguntou, mas me diga, por que quer saber se eu acho Tenten bonita?
- Queria saber se você sairia com ela – falou casualmente e desviou o olhar
- bem, nunca tinha me passado isso pela cabeça.
- mas você sairia? – insistiu na pergunta
- Ela pediu para você perguntar isso pra mim?
- Talvez – disse sem querer entregar a amiga e Sai apenas sorriu e olhou ao céu. Eles estavam sentados no campus de Yale lendo um pouco e pararam de repente para entrar naquele assunto de paquera.
- Por que você não diz a ela para me perguntar isso pessoalmente? – arqueou uma sobrancelha e sorriu.
- Você não vai mesmo me dizer isso? – insistiu
- Não, que tal nós voltarmos a estudar? – sugeriu gentilmente
- Tudo bem. – concordou e voltaram a estudar. Sai de vez em quando olhava para Sakura de soslaio e sorria consigo mesmo. Aquela menina tinha cativado-o de uma forma única.

[...]

- E aí como foi com o Sai? – perguntou Tenten completamente ansiosa
- Ele desconversou quando eu toquei no assunto – falou e notou Tenten murchar completamente
- Então ele não está afim – a morena falou já começando a roer as unhas
- Ainda é precipitado dizer que não, por que você mesma não o aborda? Se aproxime. – Sakura disse com jeito.
- Talvez você tenha razão. Eu devo me aproximar dele, ficar mandando recado não é legal.
- exatamente. Tenho certeza que ele se não está interessado em você vai ficar, porque você é linda, inteligente, uma mulher maravilhosa para se ter como namorada. Seja confiante. – Sakura colocou esperança no coração de Tenten, mas não sabia se era certo fazer isso, vá que Sai a dispensasse? Mas pensava que era bom incentivar o amor.
- Isso mesmo... O Sai vai perceber que eu sou tudo que ele sempre quis – Tenten falou confiante e depois entrou no banho. Enquanto isso Sakura lia um e-mail de Sasuke e ouvia Tenten cantarolar alto demais do chuveiro.

De: uchihasasuke@hotmail.com
Para: sakura.haruno@hotmail.com

Sakura,
Não se preocupe amor. Tenha certeza que no seu aniversário eu darei um jeito de ir para aí. Não vou deixar você passar essa data especial com estranhos. Você tem que passar seu aniversário comigo, nem que eu tenha que te raptar daí, entendeu? Aqui todos estão bem e morrendo de saudade. Konan ontem me perguntou por você, ela me disse que não respondeu seu último e-mail por causa da galeria que anda uma loucura com apenas ela e Sasori no comando. A gravidez de Hinata anda bem caso queira saber, nosso sobrinho está cheio de saúde e Hinata já sabe que é um menino. Falta escolher o nome, ela me disse que seria bom que nós escolhêssemos. Bem, fique com deus e sonhe comigo. Eu sonho com você todas as noites. Eu te amo.
Com amor Sasuke.

Sakura suspirou fundo ao terminar de ler, apesar de saber que era para o seu bem estava sentindo muita falta de Sasuke. Era como se faltasse parte de si. Ao mesmo também sentia falta de seus amigos, de seu cachorro e de todos os lugares por onde andava. Por mais que o Campus de Yale fosse lindo, e seus novos amigos adoráveis; estaria sempre faltando algo.